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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Palmeiras x Atlético não decide taça, mas pode mostrar quem está mais perto

Este jogo não decide taça, e os pontos perdidos não são irrecuperáveis. Já contra adversários que não disputam o título, a perda de pontos pode ser fatal no fim


05/06/2022 04:00 - atualizado 05/06/2022 08:27

Abel Ferreira, treinador do Palmeiras
Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, um dos candidatos ao título brasileiro (foto: Giuseppe CACACE AFP)
Atlético Mineiro e Palmeiras fazem hoje uma espécie de final antecipada, embora o Campeonato Brasileiro esteja apenas em sua nona rodada e seja por pontos corridos. O time paulista é o líder, com a mesma pontuação do Galo, 15 pontos, mas ganha no saldo de gols.

Como esperado, os dois melhores times do país desde a temporada passada não decepcionam e mostram que vão brigar tanto pela taça, desta competição e das outras que estão disputando. Outra equipe que deve entrar nesse bolo é o Flamengo, que está a 3 pontos deles.

Vejo o Palmeiras mais forte do que seus concorrentes, mas confesso que não gosto do estilo de jogo do técnico Abel Ferreira, embora eu seja fã dele.

Vejam o contraditório: não gosto de jogo de retranca, mas foi assim que ele ganhou duas Libertadores e uma Copa do Brasil. Porém, admito, o Palmeiras tem evoluído e marcado mais gols, o que me agrada muito. Gosto de equipes que se insinuam, como o Galo de Cuca, ano passado. Marcava 1 gol e não se contentava, queria muito mais. O Flamengo de JJ, em 2019, que revolucionou o futebol brasileiro e abriu espaço para os técnicos portugueses.

O Atlético vive dias de paz, com a aprovação da venda do restante do shopping Diamond Mall, que lhe pertence. Será um dinheiro muito útil, pois a ideia é quitar dívidas com os credores e pagar, à vista, àqueles que derem desconto de 50%. Vale lembrar que os credores principais, os mecenas, não entrarão nesse pacote. Eles não querem receber nada agora e continuam apoiando todas a decisões para que o Atlético se estabilize. Isso é muito bom, pois a obra do estádio vai de vento em popa, e esse dinheiro poderá ser usado para a conclusão das obras, já que a previsão inicial era de X, mas vai ficar em X+Y, como em toda construção.

No gramado, o time, questionado por alguns de nós por não praticar o mesmo futebol do ano passado, vai ganhando confiança, corpo e alma. Hulk continua sendo o dono da companhia, e alguns jogadores ainda podem render mais do que estão rendendo. Alguns não voltaram à forma da temporada passada, mas isso pode ser questão de tempo. 

O treinador tem apenas cinco meses de trabalho e implanta sua filosofia, embora não tenha mexido muito na estrutura do time. Mas é sempre um novo desafio quando uma equipe muda de mãos.

A torcida tem feito o seu papel, lotando o Mineirão, quando o jogo é em casa, mostrando aquele velho e grande amor. Uma paixão quase incomparável. E quando o time ajuda, a torcida joga com ele.

Normalmente, o Galo sai do estádio vencedor. Foi assim na temporada passada, quando não perdeu no Mineirão, e nesta a derrota aconteceu apenas uma vez, pela Libertadores. Quando os adversários vão jogar contra o Atlético, sabendo da força do adversário, se resguardam para perder de pouco.

O clássico de hoje tem o apelo apenas pela moral que o vencedor terá para a sequência da competição. Será absolutamente normal derrota do Galo, como será também normal uma derrota do Palmeiras no jogo de volta, no returno, no Mineirão. 

Este jogo não decide taça, e os pontos perdidos não são irrecuperáveis. Já contra adversários que não disputam o título, a perda de pontos pode ser fatal no fim da competição. Vencer adversários menos qualificados e que não são do tamanho de Atlético e Palmeiras é o que dá a certeza do caneco. 

Enfim, que tenhamos um grande clássico, pois os dois melhores times do país têm condições de mostrar um belo futebol. E que vença o público, que poderá se deliciar com um belo espetáculo. Quem sabe um 4 a 3, de preferência para o Galo?

Diego Costa


A declaração do ex-jogador em atividade Diego Costa, de que "o vestiário da Cidade do Galo é uma merda", mostrou o despreparado desse cidadão e a ingratidão. Ele estava jogado às traças quando o Atlético o trouxe da Europa, na temporada passada. Fez algumas boas partidas, mas se lesionou muito. No fim do ano, pediu para sair, apostando numa ida para o Corinthians. Se deu mal, pois o Timão não o quis. Sem mercado na Europa, está sem clube e, para ser lembrado, falou tamanha besteira, mesmo tendo se desculpado depois. O CT do Galo é apontado como um dos mais modernos do mundo, em nível dos clubes europeus. Diego Costa perdeu uma grande chance de ficar calado e de mostrar seu agradecimento a quem o tirou do ostracismo. Ingrato!

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