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coluna do jaeci

Os precipitados ainda querem a demissão do Turco, técnico do Atlético?

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Atlético e Flamengo viraram a chave e se enfrentam esta noite, novamente no Mineirão, agora pela Copa do Brasil, competição milionária, que dá ao campeão mais de R$ 70 milhões. Se o Galo jogar como no domingo, em que considerei uma partida quase perfeita, as chances do time carioca são zero. A equipe mineira não deixou o Flamengo jogar ou esboçar qualquer reação. Marcou bem, dominou amplamente o adversário e pôs duas bolas na rede, o que é mais importante. O rubro-negro parecia um pugilista nas cordas, sem entender bem o que estava acontecendo. Não teve a menor capacidade de reação, haja vista que Everson fez duas defesas apenas, no começo do jogo. Depois, foi um espectador privilegiado.



A parada hoje é eliminatória. Jogo de ida, na casa do Galo. O de volta, em 13 de julho, no Maracanã, e só para lembrar: 13 é Galo! O Flamengo de hoje não mete medo nem mesmo em adversários de segunda linha. É um time sem corpo e alma, que vive das conquistas de 2019, quando sobrou no Brasil, e do Brasileiro de 2020, quando se sagrou bicampeão, consecutivamente, e octacampeão na somatória de títulos. De lá para cá, só derrotas e vexames nas decisões. Contra o Atlético, então, o Flamengo virou um freguês de caderno. Não consegue vencer, e quando vence, como no Brasileiro do ano passado, no jogo no Maracanã, é no sufoco, sem convencer.

Já o Galo era apontado pela crítica como um time diferente daquele do ano passado, com uma “defesa ruim”. São os apressados, que elogiam na vitória e jogam tudo no lixo na derrota. Continuo achando o Galo regular e uma das duas equipes confiáveis do país. A outra é o Palmeiras. Ambos têm tudo para disputar e dividir as taças, desde que o Atlético tenha a maturidade e a regularidade que teve no domingo. Tudo pode ir por água abaixo, caso vá mal esta noite. Sim, o futebol é imprevisível, mas, normalmente, a melhor equipe vence. Normalmente! Não é regra.

Turco Mohamed estava na berlinda e não prestava. Agora já é o maioral, na visão daqueles que analisam jogo a jogo. Ganhou, é o melhor. Perdeu, não serve para nada. Ele não é Cuca, nem Telê Santana, é apenas Antonio Mohamed, um bom treinador, conhecendo o futebol brasileiro de perto, que foi contratado após minuciosa entrevista feita por Rodrigo Caetano, um craque no que faz. Tanto assim que é o dirigente que o banca. Não fosse ele e o Turco já teria caído. E, cá pra nós, não há treinador de qualidade disponível no mercado. Trocar o Turco, ainda que o Galo seja eliminado da Copa do Brasil, será um desastre maior e indicará que o ano está perdido. Ele é bom treinador, que tem apenas seis meses de trabalho. Mineirão lotado, outra vez. Se o Galo jogar como fez domingo, não tenho dúvidas de que poderá repetir o placar e praticamente se garantir na próxima fase da Copa do Brasil. Só não pode subestimar o adversário, pois o Flamengo encontra forças de onde não tem, e pode virar esse jogo. Dizem que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Porém, se o Atlético vencer, e por 2 a 0, cairá de novo, no Mineirão. É esperar para ver.





Sem vergonha

O São Paulo vencia o Palmeiras até os 45 minutos do segundo tempo. Tomou a virada nos acréscimos. O torcedor, que estava amando o time, o chamou de “sem vergonha”. Como é passional o torcedor! Uma equipe com vários desfalques, que jogou mais que o Palmeiras, nos dois tempos, mas que sofreu dois gols em cinco minutos, não é sem vergonha. São contingências de uma partida e, vale lembrar, que estava enfrentando o melhor time do país. A derrota, portanto, não é vergonha nenhuma! Rogério Ceni faz um bom trabalho, sem o material humano de qualidade que o São Paulo sempre teve.

“Toca 3”

Se há uma coisa que o Cruzeiro não precisa neste momento, e muito menos lá na frente, é de estádio. O Mineirão, ou “Toca 3”, como chamam os torcedores, está atendendo maravilhosamente bem as necessidades do time azul. Sempre lotado, recebendo público gigantesco, tem sido o palco da redenção azul. Não há mais dúvida de que o Cruzeiro vai subir. Com 31 pontos, faltando 25 jogos, tem sobras e mais sobras. Pela média dos últimos cinco anos, faltam 31 pontos para voltar à elite. Portanto, esqueçam estádio, ainda que de graça. Foquem no campo, nas vitórias e na volta à Primeira Divisão. Depois de organizado e entre os seus pares, aí sim, o Cruzeiro pode pensar em algo próprio. Por enquanto, a “Toca 3” é a casa do time azul.

Coluna on-line e Blog

Após o jogo do Galo, leia a minha coluna on-line no nosso site, só para assinantes, e assista meu comentário no meu Blog, no Superesportes. Espero vocês.