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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Racismo é crime hediondo em qualquer esfera

"O futebol só tem razão de ser com alegria, amor, paixão (com limite) e diversão"


25/08/2022 04:00 - atualizado 25/08/2022 00:22

Jogadores da Escócia e da Irlanda protestam contra o racismo antes de partida pela Liga das Nações da Europa
Jogadores da Escócia e da Irlanda protestam contra o racismo antes de partida pela Liga das Nações da Europa (foto: Paul Faith / AFP - 11/6/22)


Temos acompanhado, com muita tristeza, casos de racismo em todas as esferas da vida, tanto no Brasil quanto na Europa, principalmente no futebol. A CBF realizou um debate sobre o tema para tentar conter essa onda terrível que assola o país.

Vale lembrar que racismo é crime inafiançável e um absurdo em pleno século 21. Gente sem alma, sem Deus no coração, sem compaixão. A cor da pele não define o caráter de ninguém. Somos todos iguais perante Deus e perante a lei. Precisamos de menos ódio, sem preconceito de qualquer gênero. Chega, basta! Na Europa, principalmente nos países do Leste, o racismo é descarado e humilhante.

Já vimos monstros – sim, racista tem que ser chamado de monstro – jogando bananas para atletas, imitando macacos e coisas nojentas desse tipo. O que falta é uma autoridade de verdade que mande identificar os racistas, prendê-los e aplicar-lhes penas duríssimas, como, por exemplo, prisão perpétua. Sim, não estou exagerando.

Um racista, homofóbico ou coisa desse tipo não pode conviver em sociedade. É um sociopata e lugar desse tipo de gente é na cadeia, apodrecendo lá.

Brasil e Estados Unidos, principalmente, têm uma dívida muito grande com os negros por causa do período da escravidão. O filme “12 anos de escravidão” mostra muito bem o que os negros viveram e sofreram. A gente imaginava que com o tempo o ódio das pessoas por alguém de pele escura sumisse da Terra, mas o que temos visto são cenas terríveis.

Outro dia, uma mulher branca, no metrô, desacatou todos os negros do vagão. O que aconteceu com ela? Com certeza, nada. Deve estar em casa, se preparando para cometer outro crime dessa natureza. Tivesse a Justiça posto as mãos nela, condenando-a com os rigores da lei, e garanto que nunca mais ela teria a chance de ser racista.

Tenho um grande amigo, quase irmão, negro, que passou por uma situação semelhante. Religioso que é, e um cara super do bem, não reagiu, chegou em casa aos prantos e me contou sobre sua dor. E essa dor não pode ser só dos negros. Tem que ser de todos nós. A indignação tem que ser geral, ampla e irrestrita.

Como diz o ditado: “Não é apenas não ser racista, temos, todos, que combater o racismo”. Temos que estar irmanados no combate a essa crueldade. Eu tenho nojo de racista, de homofóbico, de gente dessa laia. Espero que o Congresso vote penas mais duras, daquelas em que o racista nunca mais saia da cadeia.

Outra coisa que acho importante destacar é que agora estamos vendo mais negros no jornalismo, nas novelas, nos comerciais, ocupando cargos importantes. Isso é muito bom, pois se a pessoa é talentosa e capaz, não importa sua cor, religião ou sexo. Ela tem que ter a oportunidade de desenvolver seu trabalho. Uma seleção para emprego não tem que olhar cor, e, sim, a capacidade de quem se candidata ao cargo.

Pelo amor de Deus, minha gente, mais amor, menos ódio e mais respeito pelo ser humano, em todos os âmbitos da sociedade. No futebol, gostaria de ver uma campanha nacional, como essa que a CBF propõe, com todos nós engajados, prontos para ajudar e para acabar de vez com o preconceito racial ou de qualquer outro tipo.

Recentemente, vimos, na Libertadores, torcedores argentinos imitando macacos. Se tivessem sido presos e condenados, garanto que os outros racistas pensariam 10 vezes antes de cometer o crime. Vimos também vários jogadores reclamando de companheiros de profissão que cometem atos racistas durante uma partida.

O caso mais emblemático foi de Edenílson, do Inter, que, revoltado pela falta de punição ao agressor, pôs em seu Instagram, como forma de protesto, que seu nome a partir daquele momento seria: “Macaco Edenílson”. Imagine o quanto esse rapaz e sua família sofreram. Chega, basta, não dá mais! Que tal fazermos um pacto contra o racismo, de verdade, todos numa campanha mundial para acabar com esse sentimento nojento, com esse crime?

Chega de violência também. No Brasil de hoje, quem gosta do A não pode gostar do B. Uma intolerância generalizada, com guerras, brigas e mortes. Na coluna de ontem, abordei o fato de facções se sentirem no direito de cobrar dos jogadores em CTs, quando o papel do torcedor de verdade é cobrar na arquibancada.

Qualquer coisa fora desse espaço não deve ser tolerada. Eu já disse: estão esperando algum jogador morrer para tomarem uma providência. Coloquem o cadeado na porta antes que ela seja arrombada. Ninguém suporta mais tanta violência, tanta discriminação, tanto ódio. O futebol só tem razão de ser com alegria, amor, paixão (com limite) e diversão. Qualquer coisa fora disso é caso de polícia e Justiça.

55 JOGADORES

Tite, em entrevista ao Superesportes, disse que há pelo menos sete jogadores do Atlético em condições de entrar na lista dos 55 que farão parte de uma primeira prévia. É sabido que 26 estarão na Copa do Catar, em nova determinação da Fifa (antes eram 23 jogadores).

Tite quer apenas fazer média com o Atlético. No máximo, vai levar Arana, que realmente merece disputar o Mundial. E, cá pra nós, qual outro jogador do alvinegro merece disputar uma Copa do Mundo?

Se o técnico fosse coerente, poderia olhar com mais carinho para jogadores que atuam no Brasil. Pôr na lista de 55 é querer dar um prêmio de consolação. E isso nenhum jogador de verdade quer!

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