O Cruzeiro empatou com o Sampaio Corrêa, em 1 a 1, no Castelão, chegou aos 58 pontos e já está garantido na elite em 2023. A festa deverá acontecer no domingo, no Mineirão, diante do Criciúma. A “Toca III”, como dizem os torcedores azuis, vai ficar pequena para a festa da China Azul. Me impressiona a organização do time comandado por Pezzolano, que joga bem, em casa ou fora. Não muda sua postura, se impõe e, normalmente, consegue os três pontos.
No primeiro ataque, o Cruzeiro já abriu o placar. Geovane recebeu na direita e tocou para Daniel Júnior chutar, e o goleiro espalmar; a bola sobrou para Bruno Rodrigues, que tocou para Edu empurrar para as redes. Artilheiro é isso: 1 a 0, e o time azul chegando à incrível marca de 60 pontos.
Imagine a alegria de “papai” Ronaldo! Esse time dá gosto de ver jogar. Qualidade, organização e esquema de jogo muito bom. Pezzolano mostra-se um grande técnico e, com certeza, será cobiçado por outros clubes.
Como eu detesto matemática no futebol, o Cruzeiro já subiu, e faz tempo. Depois que inventaram a tal da posse de bola, número de passes, desarmes, enfim, essa matemática, nosso futebol ficou mais feio. Gente, o que vale é bola na rede. Não adianta ter mais posse, mais domínio, acertar mais passes e não conseguir colocar a bola na casinha! Nunca esqueço do Fluminense em 2009. Os matemáticos diziam que tinha 99% de chances de ser rebaixado. Mas, em sete jogos, ganhou cinco e empatou dois e prevaleceu o 1%. Tudo isso porque o Flu pôs a bola na rede!
O Fenômeno e sua equipe já trabalham para reforçar a equipe em 2023, na elite, com cotas excepcionais, patrocínios maiores e a possibilidade da criação da Libra, a Liga do futebol brasileiro. Tudo conspira a favor, justamente pela competência de Ronaldo e equipe. Eu não me canso de dizer: quem é do ramo da bola, não erra.
O Cruzeiro está soberano em sua campanha. Só digo que ele deve pôr o troféu da B, que irá ganhar, bem lá atrás da galeria de taças. É um título que ninguém quer ter.
O Sampaio empatou no último lance do primeiro tempo. Rafael Cabral fez defesa gigante, mas a bola sobrou para o zagueiro Paulo Sérgio empurrar para o gol: 1 a 1. Empate injusto, pois o Cruzeiro dominou o tempo todo! Assim é o futebol.
O dono da casa voltou disposto a virar o jogo, pois ainda sonha com o acesso. E começou melhor, criando situações importantes. Logo o Cruzeiro equilibrou e quase desempatou. O goleiro do Sampaio fez defesas importantes. O Castelão estava lotado, e o calor, muito forte. Esse garoto Bidu é muito bom. Como cruza com perfeição! Muita qualidade.
O Cruzeiro joga fora de casa, como se estivesse no Mineirão. Ataca o tempo todo. Essa é a diferença de Pezzolano para os outros treinadores. Ele pensa no futebol ofensivo, mas muito organizado em todos os setores. Pimentinha perdeu um gol incrível, diante de Rafael Cabral, chutando em cima do goleiro azul. Era o gol da vitória do Sampaio, mas o Cabral teve muito mérito.
O empate deixou o Cruzeiro cada vez mais líder. Domingo, o Mineirão vai ficar pequeno para a festa do acesso. Ou alguém tem dúvida de que com 61 pontos, caso vença o Criciúma, o Cruzeiro já estará na elite? Já subiu, galera, há muito tempo!
Realidade do Galo
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, mandou a real e mostrou que, se não “fossem os mecenas, o clube estaria na Segunda Divisão”. É verdade. Graças aos 4Rs o Galo tem sobrevivido, ganhado taças e constrói seu maior orgulho, a casa própria, que será inaugurada em 2023, a Arena MRV.
Vale lembrar que o Atlético tem a intenção de virar clube-empresa, vendendo 51% das ações, ficando ainda com 49%. Se chegar um investidor com R$ 1 bilhão, com certeza resolverá o problema do alvinegro, que tem, segundo o presidente, a maior dívida do Brasil, entre os clubes. O caminho é esse. Clube-empresa, contas e salários em dia, contratações e valorização das divisões de base. O estádio dará um lucro fabuloso ao Galo, pois tudo o que girar em torno do espetáculo, irá exclusivamente para os cofres do clube.
Mostrar a realidade é sempre importante. Um clube que tem a terceira maior folha do país não pode deixar de chegar às decisões. Ganhar ou não, é outra história, mas, chegar, é obrigação. O Atlético está abaixo de qualquer crítica nesta temporada. Precisa mandar alguns jogadores embora, renovar o grupo e voltar a disputar as taças, em condições de ganhar. Essa foi a promessa da atual diretoria, que conseguiu cumprir, à risca, ano passado.