É claro que a transformação não é de uma hora para outra, principalmente, por causa das altas dívidas dos clubes, mas, aos poucos, vai-se ajeitando, e colhendo os frutos da nova realidade. O Flamengo, pelo que conversei com gente ligada a diretoria, não admite essa possibilidade, por ser superavitário e arrecadar mais de R$ 1 bilhão por ano. Entretanto, acredito que, num futuro bem próximo, não haverá saída e o rubro-negro, dono de uma torcida de 45 milhões, acabará cedendo à pressão do mercado.
O presidente alvinegro falou a maior verdade, e exatamente por isso, seu clube já trabalha para virar empresa. Porém, com os pés no chão, sabedor de que a marca Atlético é valiosa, só aceita conversa que fale de R$ 1 bilhão pra cima, sendo que o clube ainda ficaria com 49% da SAF. Com certeza haverá interessados, pois o Atlético é um time de massa e entrou no cenário nacional para conquistar taças, haja vista a bela campanha da temporada passada.
O ex-presidente, Ricardo Guimarães pensa como Rubens Menin: “Eu acredito que eu e o Rubens não deveremos ser donos do Atlético. Os investidores da SAF não deveremos ser nós", disse. O clube estar nas mãos de quem realmente o ama é uma grande vantagem. Além do que, são empresários ultra bem-sucedidos no mercado nacional, competentes e donos de fortunas. Claro que eles ajudam há tempos, mas, sendo donos, poderiam fazer ainda mais. Essa ideia de o clube ter 49% é interessante pois, com uma torcida apaixonada como a do Galo, preservar decisões com uma diretoria atuante é uma boa escolha.
Executivos que visem realmente o melhor para o clube, sem que haja interferência de empresários em negociações de jogadores, gestões transparentes, prestando contas. É assim que os clubes-empresas vão funcionar. É realmente uma empresa, que sabe que se arrecadar R$ 500 milhões e gastar R$ 1 bilhão, a conta não vai fechar. Responsabilidade fiscal e transparência serão as marcas dos clubes-empresa.
Haverá anos bons e ruins, mas nada poderá alterar o que foi traçado, o que foi proposto no começo da temporada. No caso do Atlético, embora a dívida seja a mais alta entre os clubes, se houver um investidor interessado em por R$ 1 bilhão no clube, já resolverá quase todos os problemas, e, vale lembrar, que com a inauguração da Arena MRV, tudo o que girar em torno do espetáculo irá para os cofres do clube, e isso é um excepcional ganho.
Claro que o estádio custa uma fortuna, bem acima do calculado, e terá que ser pago em sua totalidade, mas nada que não esteja equacionado pelos atuais dirigentes. Enfim, fica a minha sugestão para que Guimarães e Menin sejam um dos donos do clube, tão logo se transforme em empresa. Quem vai ganhar com isso é o Atlético e sua torcida, pois terão dois empresários competentes e de qualidade, além, de torcedores de quatro costados que são. Vocês, atleticanos, concordam comigo?