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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Elogios excessivos nunca foram bons para a Seleção Brasileira

Acho que se deve cobrar de Neymar um comportamento decente em campo, sem humilhações aos companheiros de trabalho, sem cai-cai, sem reclamar dos árbitros


26/09/2022 04:00 - atualizado 26/09/2022 08:21

Neymar teve bom desempenho no amistoso contra Gana, que serviu de preparação para o Mundial do Catar, mas se quiser se destacar na competição precisará estar focado no trabalho
Neymar teve bom desempenho no amistoso contra Gana, que serviu de preparação para o Mundial do Catar, mas se quiser se destacar na competição precisará estar focado no trabalho (foto: Lou BENOIST / AFP)

Brasil e Tunísia se enfrentam amanhã no Parque dos Príncipes, em Paris, no último jogo do time canarinho antes da lista final dos 26 convocados para a Copa do Catar. Depois da goleada por 3 a 0 sobre a inexpressiva Gana, vi muita gente bajular Neymar, dizendo que ele está jogando demais, com 11 gols na Liga Francesa, assistências e tudo o mais. E na Seleção desempenhou muito bem o papel de 10, deixando os jovens atacantes sempre em condições de marcar. Acho ótimo ver Neymar disposto, responsável e consciente de seu futebol, mas essa “babação de ovo” me deixa indignado. O Campeonato Francês é dos mais fracos do planeta é não é referência para absolutamente nada. Fazer 11 gols nesse começo de temporada, jogando lá, é mais que obrigação, diante da fragilidade dos adversários e do poderio financeiro do PSG. Aliás, o clube andou oferecendo Neymar, depois que Mbappé rompeu pré-contrato com o Real Madri e resolveu ficar. O problema é que nenhum clube do mundo se interessou por ele, aos 30 anos, nem em pagar o salário astronômico que ganha. O jeito foi ele ficar, caladinho, sabedor de que o dono do time é o francês, Messi é o segundo nome da cia e Neymar, o terceiro.

Acho que se deve cobrar de Neymar um comportamento decente em campo, sem humilhações aos companheiros de trabalho, sem cai-cai, sem reclamar dos árbitros. Ele é um jogador marcado justamente por sua péssima conduta no Mundial da Rússia, quando simulou todo o tipo de situação. No Catar, o mundo inteiro estará de olho nele e será fundamental ficar focado, esquecer os árbitros e não simular absolutamente nada. Nessa função, de vir de trás para abastecer os jovens Raphinha, Richarlyson e Vini Júnior, Neymar deverá se consagrar, pois o time está achando as peças certas, justamente na reta final, a menos de dois meses para o Mundial. Já vimos vários jogadores, convocados na última hora, se tornarem titulares em Copas, ajudando o Brasil a vencê-las, o último exemplo, Gilberto Silva e Kleberson, que se firmaram e deram sustentação aos craques, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo Fenômeno. Os garotos são experientes na Europa, jogam em grandes equipes e não têm sentido o peso da amarelinha. Do meio para a frente, o Brasil está muito bem servido.

O problema é do meio para trás. Os laterais, fraquíssimos, os zagueiros, pouco confiáveis. Vi também analistas elogiando Thiago Silva, que irá para a sua quarta Copa do Mundo. Um zagueiro que já fracassou em três edições anteriores, que aos 38 anos não me inspira a menor confiança. Acompanhei esse jogador em toda a sua carreira na Seleção. Nos entregou em várias competições, foi acusado de ter chorado para não bater o pênalti contra o Chile e mostrou-se, emocionalmente, desequilibrado. Na final da Champions, pelo Chelsea, saiu do jogo aos 15 minutos e o time inglês, com um zagueiro firme em seu lugar, faturou o caneco. Vejam bem, não conheço Thiago Silva, não sou amigo dele e nunca gostei do seu futebol. Outro dia, um grande comentarista de TV me ligou e disse que eu tinha razão. “Jaeci, analisando bem o que você diz, acho que estás com razão. Thiago Silva é fraco e joga muito mais como nome”. Porém vejo grande parte da imprensa o enaltecendo, o chamando de “monstro”. O técnico Tite baba por ele. Só mesmo o Brasil para manter por quatro edições um zagueiro fracassado no time canarinho. Em qualquer outra seleção, ele nunca mais seria chamado. Mas, se o treinador pensa diferente, o que vamos fazer. Ninguém o questiona, até o dia em que for eliminado na Copa e aí os bajuladores vão cair de pau. Na primeira fase da Copa do Brasil vai enfrentar seleções fracas. Se passar em primeiro, o que é provável, deverá pegar Uruguai, Coreia ou Gana, pois acredito que Portugal será o primeiro nesse grupo. Portanto, a Copa vai começar mesmo nas quartas de final, justamente onde caímos em 2006-2010 e 2018. Em 2014, caímos nas semifinais com os 7 a 1, maior vexame do esporte mundial. Tomara que no Catar seja diferente. Eu não acredito muito, com esses zagueiros e laterais que temos, mas vamos falar a verdade: qual a seleção no mundo está jogando alguma coisa? Talvez cheguemos até pela fragilidade dos demais do que nosso próprio mérito. Eu continuo com meu palpite: Argentina e França farão a final da Copa do Catar e Messi vai brilhar em sua despedida com a camisa argentina. Ele merece mais do que ninguém, pelo gênio que é e pela carreira tão fantástica.








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