Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

A Copa do Mundo começa nas quartas de final ou na semifinal?

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Jaeci Carvalho



Estive analisando os grupos da Copa do Mundo do Catar e, há algum tempo, e tenho tirado conclusões sobre o que é uma Copa do Mundo de verdade. Normalmente, as equipes campeãs, como Brasil, Alemanha, Itália (que está fora da Copa) e Argentina têm todas as condições de chegar às quartas de final, pela facilidade que encontram nas fases anteriores.





E tem um restrospecto muito legal, que vou colocar aqui. Das 21 edições de Copa do Mundo, Brasil, Alemanha e Itália estiveram envolvidas em 18 finais. Vamos a elas. Em 1934, a campeã foi a Itália, que repetiu a dose em 1938. Em 1950, o Brasil fez a final com o Uruguai, no Maracanã, e perdeu. Em 1954, a Alemanha ganhou seu primeiro título, em final contra a Hungria.

Em 1958 e 1962, o Brasil foi o campeão enfrentando Suécia e Tchecoslováquia, respectivamente. Em 1966, a Inglaterra venceu a Alemanha. Em 1970, Brasil e Itália fizeram a final e o Brasil sagrou-se tricampeão. Em 1974, a Alemanha fez a final com a Holanda e foi a campeã. Em 1982, Itália e Alemanha decidiram o título e a Itália foi a campeã.

Em 1986, a Argentina foi campeã em cima da Alemanha. Final repetida em 1990, e a Alemanha deu o troco. Em 1994, novamente, Brasil e Itália, e o Brasil sagrou-se tetracampeão. Em 1998, Brasil x França, e os franceses ganharam. Em 2002, pela primeira vez Brasil e Alemanha se enfrentaram em Copa do Mundo, e justamente na final. O Brasil faturou o penta. Em 2006, a Itália fez a final contra a França e sagrou-se tetracampeã. Em 2014, Alemanha e Argentina decidiram a taça e a Alemanha sagrou-se tetracampeã.





Vejam então, senhoras e senhores, exceto em 1930, 1978, 2010 e 2018 não tivemos Brasil, Itália e Alemanha na final. Em 1930, foi Uruguai e Argentina, com o Uruguai campeão. Em 1978, Argentina e Holanda, com a Argentina campeã. Em 2010, Espanha e Holanda, com a Espanha campeã. E em 2018, Croácia e França, com a França campeã. De 21 edições realizadas até aqui, Brasil, Alemanha  e Itália estiveram em 17 finais, algumas entre elas próprias.

O Brasil esteve em sete finais: 1950, 1958, 1962, 1970, 1994, 1998, 2002, ganhando cinco e perdendo duas. A Alemanha chegou também a sete finais: 1954, 1966, 1974, 1982, 1990, 2002, 2014. Ganhou quatro e perdeu três. A Itália chegou a seis finais: 1934, 1938, 1970, 1982, 1994, 2006. Ganhou quatro e perdeu duas, justamente para o Brasil.

Contando finais entre Brasil, Alemanha e Itália, são 24, pois o Brasil decidiu com a Alemanha uma vez, e com a Itália duas. Vejam, senhoras e senhores, que detalhes curiosos. E a Itália esteve fora da edição de 2018 e estará fora desta de 2022. Alemanha e Brasil estão firmes e mantêm o favoritismo.





Levando-se em conta o grupo do Brasil e o caminho dele, pega Sérvia, Suíça e Camarões, teoricamente fracos diante do poderio brasileiro. Se passar em primeiro lugar, o que deve acontecer, vai pegar Uruguai, Coreia do Sul, Gana ou Portugal. Acredito que Portugal passará em primeiro e o Brasil pegaria Uruguai, Coreia ou Gana, uma facilidade só.

Nas quartas de final, aí sim, o Brasil enfrentaria alguém de peso. Pode ser a Alemanha. Nas semifinais, existe a possibilidade, caso avancemos, de pegara Argentina, e na final, Espanha ou França. Isso na teoria, porque será preciso jogar muito para superar, principalmente, os alemães e argentinos.

Vejam, então, que meu raciocínio está correto. Primeira fase, uma “teta”. Oitavas de final outra “baba”, exceto se Portugal ficar em segundo no seu grupo, partindo da certeza de que o Brasil será o primeiro do grupo dele. Então, a Copa começaria mesmo nas quartas de final.





E, sinceramente, vejo o Brasil muito favorito, pois o time cresceu e ganhou corpo com os jovens que Tite tanto recusou, como Vini Júnior, Raphinha, Antony, Rodrygo, Matheus Cunha, além de Pedro e Richarlyson, com Neymar trabalhando sério, jogando o fino da bola, sem reclamar dos árbitros, levando pancada e ficando calado, com a postura que realmente um craque do seu nível deve ter.

O Brasil, no momento, junto com a Holanda, pratica o melhor futebol entre as 32 seleções. O hexa pode ser um sonho que virará realidade, e torço muito por isso. Tenho uma máxima na minha carreira de que posso não concordar com o técnico, que acho fraco, com alguns jogadores convocados, mas quando o Brasil põe a amarelinha, não me importa quem está em campo, sou mais Brasil.

Em caso de eliminação, como sou cidadão americano, vou torcer para a Seleção dos Estados Unidos, mas acho que o Brasil tem tudo para estar na final. A Argentina me preocupa mais que a Alemanha. Tenho uma opinião de que Argentina e França farão a final da Copa do Catar. É apenas um palpite. Dê o seu também.