Jaeci Carvalho
O Timão “tem” estádio, o Itaquerão, que segundo consta, pertence à Caixa, com uma dívida gigantesca. O Flamengo joga no “emprestado” Maracanã, cujas taxas são absurdas e somente agora fala em construir um estádio para 100 mil pagantes. Vejam como essas equipes demoraram para acordar. Em títulos, estão bem à frente da maioria das equipes do país. O Corinthians com dois Mundiais, sete Brasileiros e uma Libertadores. O Flamengo com um Mundial, oito Brasileiros e duas Libertadores, só para citar os mais importantes.
Numa partida como essas uma expulsão, por exemplo, pode definir a taça. Com tanta lambança da arbitragem, tudo é possível. E o pior: o árbitro será o fraquíssimo Wilton Pereira Sampaio, que foi indicado para a Copa do Mundo do Catar, junto com o também fraco Raphael Claus. Sampaio não gosta do Flamengo e nas vezes em que apitou jogos do time, foi muito mal. Olho nele!
A Libertadores foi quantificada e não qualificada. Por isso, o nível técnico é um lixo, com poucos jogos importantes e emocionantes. Fico imaginando os que odeiam Flamengo e Corinthians, o que vão fazer, torcer para quem? Tomara que seja um grande jogo e que o campeão seja aquele que fizer por merecer na decisão. Claro que em Copa não há regularidade, pois já vimos times pequenos, como Juventude, Santo André e Paulista de Jundiaí ganharem a Copa do Brasil. Porém, dificilmente isso acontecerá daqui pra frente, pois os times grandes estão anos-luz à frente dos menores, em organização e qualidade.
Bénzema reverencia Ronaldo
E Benzema tem razão. Ronaldo foi um dos maiores atacantes que vi jogar e tive o prazer de cobrir a carreira, do começo ao fim, principalmente na Seleção Brasileira. Em Madri, onde estive com ele tantas vezes, era impressionante a idolatria dos torcedores quando saíamos para jantar ou caminhar pelas ruas da cidade.
Ronaldo fez coisas em campo que realmente eu jamais vi outro jogador fazer. Não à toa, foi eleito três vezes o melhor jogador do mundo, ganhou a Copa de 2002, marcando os dois gols da vitória sobre a Alemanha. Em 1994, foi campeão do mundo, sem jogar, apenas estava no grupo. O Fenômeno é tudo isso e muito mais.
Vini Júnior ficou em décimo lugar, o que é uma colocação honrosa. Outro ponto alto da festa foi ver o senegalês Sadio Mané receber o Troféu Sócrates, em homenagem ao já falecido craque brasileiro. Mané deu uma declaração, tempos atrás, que me emocionou: “não preciso comprar avião ou ter carros de luxo, se minha gente, na minha cidade e meu país, passa fome. O dinheiro que ganhei trabalhando, destino parte para construir escolas, hospitais e dar uma vida melhor aos cidadãos da minha cidade”.
Realmente um ser humano iluminado e difícil de se encontrar hoje em dia. Vida longa a Mané e que ele possa fazer cada vez mais pelo seu povo. Será um prazer vê-lo em campo na Copa do Catar, pois a Seleção de Senegal, atual campeã africana, estará lá.