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Estado de Minas JAECI CARVALHO

Conforto, organização e união: impressões da Copa do Catar

Consagração entre torcedores de vários países, e bom atendimento para os jornalistas, são outros pontos positivos que chamam a atenção no Mundial do Catar


21/11/2022 16:21 - atualizado 21/11/2022 17:34

Ahmad Bin Ali Stadium, que recebeu o jogo entre Estados Unidos e País de Gales
Ahmad Bin Ali Stadium, que recebeu o jogo entre Estados Unidos e País de Gales, muda de cor o tempo todo (foto: NICOLAS TUCAT / AFP)
DOHA
– A Copa do Catar tem me surpreendido positivamente. Vejo muita gente criticando o país na questão de direitos humanos, da homofobia, da falta de liberdade para as mulheres. Concordo que isso é importante e que toda forma de preconceito é desprezível. Porém, o momento é de curtirmos a Copa. O Catar gastou R$ 1,3 trilhão, e a estrutura está fantástica. Se a Copa foi comprada lá em 2010, os responsáveis pela corrupção já foram presos e condenados, já cumpriram suas penas e alguns até já morreram. É importante valorizar o que o povo catariano está fazendo por nós, com uma amabilidade incrível, muito carinho e muita presteza. Vou dar aqui abaixo, algumas notinhas interessantes.

Metrô mais moderno do mundo

O metrô tem sido fundamental para jornalistas e torcedores. Além de nos deixar em praticamente todos os oito estádios, exceto no da abertura do Mundial, tem um conforto ímpar, e nós estamos liberados de pagar passagem. Os trajetos são bem rápidos, e a alegria do povo é algo a ser destacado.

Torre de Babel

No Souq Waiqif, um mercado de Doha que mais parece uma Torre de Babel, o congraçamento é grande. Torcedores de todos os países que aqui estão fazem a festa e gozações saudáveis. O número de torcedores argentinos impressiona. Parece que eles estão prevendo a equipe deles na final. Será? Estive aqui em 2019, no Mundial de Clubes, com o Flamengo. É um ponto turístico dos mais visitados.

Sem álcool e com amor

Bebidas alcoólicas são proibidas aqui, em respeito ao Alcorão e ao islamismo, entretanto, todos se divertem e se irmanam. Não é preciso beber para ficar alegre ou se divertir. Hoje mesmo eu entrevistei um cruzeirense e um atleticano, com suas camisas, juntos e abraçados, o que mostra que é possível sim a convivência entre eles. Vestem camisas diferentes, mas não são inimigos. Vejam que, quando não existem as chamadas torcidas organizadas e nem a bebida, não há brigas e nem mortes.

Raphael Claus é péssimo

O árbitro brasileiro, escalado para apitar Inglaterra 6 x 2 Iran, conseguiu ser criticado num jogo fraquíssimo desses. Ele deixou de dar um pênalti a favor dos ingleses, sem nem ter ido ao monitor ver o lance, e marcou um duvidoso a favor do Iran. Quando ele e Wilton Pereira Sampaio foram convocados pela Fifa, eu avisei que eram fracos e que apitariam jogos sem importância. Mas se eles erram até em jogos assim, como poderão pleitear apitar algo melhor? A CBF precisa rever a arbitragem brasileira e seu comando, urgente!

Mudança de cor

O Ahmad Bin Ali Stadium, onde estou cobrindo Estados Unidos x País de Gales, é belíssimo, e muda de cor o tempo todo. A estação do metrô fica a 100 metros do estádio, e a festa dos torcedores no entorno foi algo de emocionar. Os voluntários são amáveis ao extremo, e tudo tem funcionado maravilhosamente bem. Até para chegar na tribuna da imprensa, eles nos guiam.

A regra mudou

Por ser um país pequeno e todos os jogos concentrados nos 8 estádios aqui em Doha, na capital do Catar, a Fifa mudou a regra das últimas Copas. Os jornalistas, mesmo credenciados, só entram nos estádios e centro de imprensa se estiverem inscritos para o jogo que vai acontecer. Caso contrário, na hora do checar a credencial, aperece uma imagem vermelha, que não permite a entrada do jornalista. É possível entrar numa lista de espera, pelo site. Nas outras Copas, a gente entrava no estádio, se inscrevia na lista de espera e, normalmente, era aprovado. A regra mudou completamente.

Mais de um jogo por dia

Nesta Copa, justamente pelos jogos serem todos em Doha, os jornalistas podem cobrir dois jogos por dia. Mesmo se houver quatro jogos, a organização só permite, por exemplo, assistir ao primeiro jogo, às 13h, e o jogo das 22h. Se houver um terceiro jogo, às 15h, e um outro às 19h, não é possível se inscrever. Mas, fazer dois jogos por dia é uma grande novidade, pois isso jamais aconteceu em outros Mundiais. Eu estou me deliciando e indo aos jogos o máximo que posso, além, é claro, de buscar as matérias de bastidores.

 

Você me acompanha aqui na minha coluna on-line no nosso site, no meu Blog no Superesportes, no jornal Estado de Minas, impresso, na Rádio Tupi e no meu canal de Youtube, além das minhas redes sociais, o Instagram @jaecicarvalhooficial tá bombando. Obrigado pela audiência.

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