DOHA – Estive no treino da Seleção Brasileira na tarde de ontem. Primeiro e último que vou cobrir, porque não sou palhaço para ficar vendo “bobinho” de jogadores e, depois de 20 minutos, ter que sair do estádio de treino. Isso é um desrespeito do técnico Tite com todos as empresas que gastam fortunas para a cobertura do Mundial e, principalmente, da Seleção Brasileira.
Com a prerrogativa de quem acompanha a Seleção desde 1986, convivi com vários técnicos campeões e importantes, como Telê Santana, Zagallo, Parreira, Felipão, Vanderlei Luxemburgo, Leão e tantos outros, que jamais fecharam um treino sequer. Assistíamos do começo ao fim, e ainda nos sentávamos com os jogadores, gênios da bola na época, para as entrevistas exclusivas. No hall dos hotéis, eles eram figuras tranquilas e conversavam conosco sobre outros assuntos, como Parreira e Leão, por exemplo, que adoram obras de arte. Eram tempos de ouro, em que nosso futebol era arte e os técnicos não mandavam dar porrada. Aliás, Telê Santana, por exemplo, brigava com um comandado seu, se desse pontapé. Hoje, tudo mudou, e para pior.