(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Bastidores da Copa do Mundo do Catar: hermanos perdem longa invencibilidade

Vitória saudita sobre a Argentina foi como um título de Copa do Mundo


22/11/2022 12:14 - atualizado 22/11/2022 12:28

Messi lamenta derrota da Argentina para a Arábia Saudita na Copa do Mundo
Messi lamenta derrota da Argentina para a Arábia Saudita na Copa do Mundo (foto: ANTONIN THUILLIER/AFP)
Mais do que perder a invencibilidade de 36 jogos sob o comando de Scaloni, a Argentina protagonizou um dos maiores vexames de sua história, ao perder, de virada, 2 a 1 para a Arábia Saudita.

Comandados pelo técnico francês Hervé Renard, que já havia feito grandes trabalhos em Zâmbia e Costa do Marfim, os sauditas não tomaram conhecimento de Messi e cia. e impuseram uma derrota humilhante, dominando, principalmente, todo o segundo tempo.

A situação da Argentina fica dramática, pois se ela não vencer a Polônia, no próximo jogo, poderá ser eliminada na primeira fase da competição. Antes, porém, tem que torcer para um empate entre México e Polônia, para que uma dessas seleções não ganhe os 3 pontos. Uma Argentina sem corpo e sem alma! 

Fronteira com o Catar

A Arábia Saudita é o único país árabe que faz fronteira com o Catar e isso proporcionou aos torcedores, lotarem o Lusail Stadium, que será palco da final. Havia 88 mil e 12 pagantes, e a festa saudita tomou conta das arquibancadas e entorno do estádio.

A torcida dos hermanos ficou calada, boa parte do tempo, diante de uma exibição covarde e passiva de sua equipe. O técnico Scaloni não sabia o que fazer, e, à beira do campo, estava incrédulo com o que via. Copa do Mundo, torneio mata-mata, é isso. Uma derrota joga o trabalho de 4 anos no lixo.

 

VAR decisivo


O grande protagonista do espetáculo foi o VAR. Marcou o pênalti que Messi converteu em gol, e anulou outros 3 gols dos argentinos, um do próprio Messi e 2 de Lautaro Martinez, todos em posição de impedimento. Acho que isso proporciona lisura e transparência, mas, impedimentos por centímetros estragam o espetáculo.

Eu sou até a favor de se acabar com o impedimento no futebol, mas a International Board e a Fifa, jamais aceitarão isso. Tá mais parecendo futebol americano. O cara faz o gol, comemora, a torcida vibra, mas o VAR chama o árbitro e anula tudo o que aconteceu. Além disso, o tempo de espera é muito grande.

 

Zanetti incrédulo


Tirei uma foto com o ex-lateral argentino, Javier Zanetti, hoje comentarista de TV. Ele foi bem solícito e sorridente. Ao final do jogo perguntei a ele sobre o resultado. Ele estava incrédulo e decepcionado, pois a Argentina estava impecável até aqui.

Procurei o ídolo Sorín, mas não o achei no estádio. É outro que deve estar decepcionado. Esse resultado, com certeza, entrará para a história como uma das maiores zebras de Copas do Mundo. Há algum tempo, Zagallo disse que os africanos ou árabes iriam beliscar um título importante. Seria numa Copa do Mundo?

 

Fazer dois jogos no mesmo dia é complicado


Fazer dois jogos no mesmo dia é bem legal nessa Copa do Catar, mas há um ponto negativo. Se você faz o jogo das 13h, só pode se inscrever no das 19h ou 22h. No último horário, sair do estádio é complicado.

Na partida entre Estados Unidos e País de Gales, ontem, eu e meu companheiro, Marcos Paulo, do Correio Braziliense, tivemos dificuldades, pois o metrô estava super lotado, não havia Uber, nem táxi. Chegamos ao hotel por volta das 3 da manhã, conseguindo um carro particular que nos cobrou 80 ryalis para nos levar.

 

CEMITÉRIO

O Media Center mais parecia um cemitério, após a derrota da Argentina. Se antes do jogo o otimismo era geral e os sorrisos e gritos tomavam conta do local, após a derrota os Hermanos, mandando seu material para os órgãos de imprensa, estavam desolados, calados e de pouca conversa. Na saída do estádio, os torcedores que chegaram exaltados e fazendo uma grande festa, pareciam estar indo a um velório. É impressionante a transformação que o futebol provoca nas pessoas, em pouco mais de 90 minutos. O idolatrado técnico argentino, Scaloni, saiu do Céu com a invencibilidade de 36 jogos, para o inferno em apenas um jogo, e logo na estreia na Copa do Mundo.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)