O torcedor brasileiro é um ser a ser estudado. Pessimista com o trabalho de Tite, exceto a geração nutella, já se rendeu ao treinador, como se o Brasil tivesse conquistado o hexa em sua estreia na Copa do Mundo. Calma, gente! Foi apenas uma vitória sobre um adversário de quem tanto se esperava, que sucumbiu como seleção de segunda linha que é. Não atacou, se fechou e jogou por uma bola que não veio. O primeiro tempo foi horrível e o Brasil deu apenas um chute a gol. Errou muitos passes e seus principais jogadores não conseguiram criar, exceto Vini Júnior, que procurou o jogo, o tempo todo. Neymar esteve apagado até ser notado, quando saiu de campo com o tornozelo inchado. Não joga contra a Suíça e deve ser preservado para as oitavas de final. Ele é considerado nosso único craque, mas, na verdade, o melhor jogador da Europa, na atualidade, é Vini Júnior, que Tite tanto desprezou num passado bem recente.
A Copa do Mundo começa mesmo para as grandes seleções só nas quartas de final. Tenho essa máxima há algum tempo, a não ser que você caia no grupo da “morte”. O Brasil vai se classificar com tranquilidade, pois Camarões e Suíça não são páreo. Assim como a Sérvia, são equipes de segunda linha entre as seleções mundiais. Passando em primeiro, o Brasil deverá pegar, nas oitavas, Gana, Uruguai ou Coreia do Sul, já que Portugal deverá ser o primeiro do seu grupo. Aí sim, nas quartas de final, trombaremos com Alemanha, Espanha, Bélgica ou Japão (este o mais fraco). Passando, pegaríamos Argentina, Portugal. Aí, na grande decisão, França, Inglaterra, Holanda, projetando de acordo com o que a tabela mostra. Mas há outras variáveis que ainda não temos como avaliar.
A torção que Neymar teve no tornozelo preocupa a torcida brasileira. Porém, vale lembrar que se antes a Seleção era dependente dele, agora temos outros jovens brilhando na Europa. Vini Júnior, o principal deles. Na verdade, hoje, neste momento, é o melhor jogador que atua na Europa e deu outra vida à Seleção Brasileira. É muito cedo para irmos ao Céu ou a Terra. Acho que precisamos ter um certo cuidado com essa euforia. Ganhamos da Sérvia e ainda vamos enfrentar adversários desqualificados. O ideal é o time subir de produção a cada partida. O primeiro tempo, por exemplo, foi preocupante. Vejo alguns “Pachecos” dizendo que a Seleção vai ganhar a Copa com tranquilidade, pois tem um timaço. Não vejo assim. Os jovens chegaram para ficar, mas, à medida em que os jogos decisivos vão se aproximando, poderão sentir. Não tenho dúvidas de que em 2026 essa Seleção estará madura e mais forte para a Copa dos Estados Unidos.
Segunda-feira o adversário é a Suíça, com quem temos tido dificuldades. Mas se o Brasil se impuser, com a garotada, vai ganhar, e bem. Camarões, último adversário, não será páreo. Tenho visto manifestações contra a Copa do Mundo, no Brasil, e que pelo menos metade do povo não está nem aí para a Seleção Brasileira. Sei que uma conquista do time canarinho não vai por comida na mesa do brasileiro, não vai tirar 30 milhões de pessoas da mais completa e absoluta miséria, não vai arrumar emprego para ninguém. Porém, é um período curto de 30 dias, que poderá ser usado até para unir o povo brasileiro, que tem destilado ódio mútuo quando a conversa é política. Uma conquista de Copa poderia nos fazer refletir melhor e dar uma chance ao outro. O Brasil é um país só e não pode ficar dividido por causa de política. O povo precisa entender que político é empregado do povo. Somos nós quem pagamos os salários deles. Não são celebridades como imaginam. Não temos que tirar fotos com eles. Temos que cobrar dos empregados do povo. Servidores públicos. E que o Brasil ganhe a Copa para mantermos a liderança. Só a Alemanha pode nos ameaçar aqui, ganhando o penta. Se chegarmos ao hexa, reinaremos por um bom tempo.