Doha – A Copa do Mundo do Catar não me encantou, tecnicamente, até agora. Tirando jogo entre França e Dinamarca, vencido pelos franceses, e Espanha e Alemanha, com empate injusto, pelo excelente futebol dos espanhóis, os demais jogos foram sofríveis e com pouca criatividade. Nos oito Mundiais que cobri in loco, contando este aqui do Catar, entendo a euforia dos torcedores, que veem para cá para curtir, cantar e dançar, com um otimismo exagerado. Isso é normal entre os torcedores. Como analistas de futebol, mas não donos da verdade, temos que ver o outro lado. O Brasil venceu seus dois jogos, contra Sérvia e Suíça, mas não praticou bom futebol. Dane-se você, Jaeci, dirão os fanáticos, pois o que eles querem é vitória. Mas eu não posso e não devo ser passional. Torço pelo Brasil, quero o hexa, mas meu jornal, Estado de Minas, o Superesportes, a Rádio Tupi e meu canal de YouTube, me mandaram para cá para falar a verdade. O Brasil tem bons jogadores do meio para a frente, mas não pratica um grande futebol. Ganhou porque os adversários respeitaram demais, porém está aquém do futebol desejado por nós.
E não me venham dizer que Neymar não faz falta. Faz, e muito. Ainda bem que as notícias sobre o tornozelo dele são positivas e ele deverá estar inteiro nas oitavas de final. É nosso grande craque e fará a diferença na reta final. Mas é claro que hoje o Brasil não depende somente dele. Temos Vini Júnior, Rodrygo e outros excepcionais atletas. Raphinha, reserva no Barça, não está bem. Eu colocaria o Antony. Para o jogo contra Camarões, sexta-feira, Tite deve por quem não jogou. Pedro, Everton Ribeiro, Daniel Alves. E ele estará certo em rodar o elenco.
Nas oitavas de final, pegaremos uma baba: Gana ou Uruguai. Sim, me perdoe meu grande amigo-irmão Francisco Tomás, dono do Parrilla, mas o Uruguai já não é aquele de outrora. O time é jovem e tem até alguns talentos, mas, mesmo com todos os problemas brasileiros, acho que eles não nos aguentarão, caso sejam nossos adversários. Lembram-se da coluna que escrevi outro dia dizendo que a Copa começa nas quartas de final? Pois é. O Brasil deverá pegar a Espanha, aí sim um grande adversário. Os espanhóis têm um grupo para mais dois Mundiais, contando este. Jovens talentosos, com qualidade, técnica e muito potencial. Fiquei impressionado com o que vi no jogo contra a Alemanha. Porém, mata-mata é complicado. Uma expulsão, uma noite ruim e tudo vai por água abaixo. Espero que o Brasil se fortaleça, avance e possa chegar à final. Porém, como observador que sou e com experiência de tantos Mundiais, acho difícil, principalmente pelo treinador, que eu acho péssimo. O time vence pelos talentos individuais, jamais por qualquer esquema tático inteligente, já que Tite não o tem.
Entrevista com o Fenômeno
Ronaldo Fenômeno, amigo de 30 anos, me deu uma entrevista exclusiva aqui em Doha, onde falou que o Cruzeiro virá forte para 2023. Percebi a força dele com o presidente e dono do Pyramids, do Egito, em jantar aqui, na segunda-feira. Ronaldo foi firme com ele e as arestas pela dívida com o jogador Rodriguinho serão ajustadas. O Fenômeno é ídolo mundial e, onde chega, para tudo. Tivemos um bom bate-papo, onde ele falou da família, do Cruzeiro, das empresas e de tudo o mais. Ele é um grande empresário, e como digo sempre, em tudo que toca vira ouro. Os que torcem contra o Cruzeiro podem se preparar. O grande vencedor de taças das Minas Gerais, voltará aos seus bons tempos, em breve. Ronaldo não está de brincadeira, e tem uma vantagem: é dono do clube e tem uma imagem mundial. Nenhum outro clube brasileiro tem um dirigente como ele, respeitado nos quatro cantos do mundo. Obrigado Ronaldo, pela amizade e carinho. Com tantos jornalistas importantes aqui, você me escolheu para dar sua primeira entrevista. Você é um fenômeno! Quem não assistiu ao vivo no meu canal de YouTube, confira agora lá, e no meu Blog no Superesportes.