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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Bastidores da Copa: como é o centro de Doha

Andar pelo centro de Doha, capital do Catar, faz a gente se sentir no mundo ocidental; todas as lojas de marcas famosas estão lá, das baratas às mais caras


02/12/2022 12:13 - atualizado 02/12/2022 12:35

Área central de Doha, capital do Catar
Área central de Doha, capital do Catar (foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)
Estive caminhando pelo Centro de Doha, nesta manhã. Entrei num grande shopping e me senti no mundo ocidental. Todas as lojas de marcas famosas estão lá, desde as mais baratas, até as mais caras.

Prédios de arquitetura futurista, gigantescos, cada um, exibindo o cartaz de um jogador das 32 seleções que aqui estão. Gente cantando reggae, caracterizado de Bob Marley, torcedores de vários países, também caracterizados. 

Vi mulheres de minissaia, homens de shorts, claro, todos ocidentais. Havia também muitos catarianos de burka, e homens com suas 4 esposas e filhos. Mulçumanos e ocidentais, irmanados no planeta bola.

 

Pelada na praia


Calma, gente! Não havia uma mulher pelada na praia do Katara. Havia uma pelada, de futebol, entre árabes e ocidentais, a qual fui convidado a participar, mas recusei, pois estava fazendo matéria para o meu Blog no Superesportes e meu canal de YouTube. Toquei nas águas do Golfo Arábico e passeei pelo calçadão da bela avenida de Lusail, na parte nobre de Doha.

Há uma praia só para as famílias mulçumanas, onde as mulheres entram vestidas de burca, e podem mergulhar de calças compridas, sem mostrar nenhuma parte do corpo. Os homens, de calças ou bermudas, e nessa praia quem é ocidental, não pode entrar. O por do Sol é lidíssimo, e por volta das 16h45.

 

Centro de imprensa

Quatro horas antes dos jogos, nos reunimos no Media Center para atualizar a conversa com os companheiros de outros veículos, e para redigimos nosso material, usando a internet local.

Há os refeitórios, onde compramos lanches e até almoços - a lasanha aqui é famosa. Daqui, subimos para a tribuna de imprensa, onde assistimos aos jogos e fazemos nossos comentários. Ao entrar, somos monitorados por uma maquininha, que nos dá o código verde, com nossa foto e nome, para o acesso.

Quem não tem o ticket do jogo que vai cobrir, não tem permissão nem para entrar no estádio. Ao contrário de outros Mundiais, não há lista de espera física.

Você pode tentar pelo site, três horas antes, mas a chance de ser aprovado é mínima. Como a Copa é em uma única cidade, Doha, há milhares de jornalistas aqui, e a concorrência para os jogos, é brutal.

Nós, do Estado de Minas, temos sempre o privilégio de estarmos na bancada da tribuna de imprensa, pela tradição de cobrirmos os principais eventos esportivos. Porém, há companheiros que ficam numa parte reservada, apenas com cadeiras, sem mesa para trabalhar. A prioridade é para os veteranos. Nesse ponto é bom ser "dinossauro" de Copas do Mundo.

 

Esquenta brasileiro


Ao lado da praia de Katara há um espaço que os brasileiros tomaram para si, onde fazem os esquentas para os jogos. Hoje mesmo, estava cheio, por volta das 15h, sendo que o jogo começa as 10 da noite. Segundo um dos organizadores, no jogo passado havia 6 mil torcedores, mas, confesso, que a torcida japonesa, bem menor aqui, faz bem mais barulho, cantando nos jogos, do começo ao fim.

Os argentinos estão levando nota 10 nesse quesito, pois fazem festa desde o metrô até depois do fim dos jogos. Resta saber se Brasil e Argentina vão se enfrentar na semifinal. Essa é a expectativa de todos, mas, como é uma Copa atípica, tanto pelo país, no oriente médio, quando pelos meses, novembro e dezembro, e a zebra anda solta, com Japão e Marrocos classificando-se em primeiro lugar em seus grupos, já não podemos afirmar mais nada.

 

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