Claro que a maioria tem dinheiro para pagar e se exibir, embora haja muito puxa-saco em volta, mas postar isso para seguidores de um país que vive momentos terríveis em sua economia, violência extrema e fome de norte a sul, realmente é falta de respeito.
Os jogadores, que são milionários, até podem gastar essa fortuna por um pedaço de carne, mas alguns globais, que vivem de aparência, não. Cuidado para esses R$ 8 mil não fazerem falta para o pagamento do aluguel.
Curral no metrô
Além do caminho ficar mais longo, pois é em curva, as pessoas vão se espremendo e as filas são gigantescas, desembocando no metrô, que fica entupido de gente. Na hora de entrar na composição, é um Deus nos acuda, com gente quase sendo pisoteada, apesar de termos muitos voluntários tentando organizar.
O problema maior é para os jornalistas, que precisam sair rapidamente do estádio, ou para ir a outros jogos, ou para enviar o material e buscar outras reportagens. Eles não têm uma passagem que lhes permita fugir da confusão.
Outro dia, ficamos quase uma hora na fila, para conseguirmos entrar na estação do metrô. Com isso, perdemos o segundo jogo. É o único senão que vi até agora nessa belíssima organização da Copa.
Fake news
Ednaldo quer aproximar cada vez mais os clubes, federações, jogadores e jornalistas da entidade. Todos estão muito satisfeitos com esse começo dele. E, vale lembrar, para quem não conhece o estatuto da CBF, que se um presidente renuncia, quem assume é o vice-presidente mais velho, e Andres sequer é vice-presidente da casa.
A verdade é que ele quer concorrer em 2026, pois confidenciou a amigos, que será sua última cartada no futebol. Se não conseguir vencer o pleito, largará o esporte bretão. Esses boatos não afetam em nada a gestão de Ednaldo Rodrigues, firme em moralizar o futebol brasileiro e em fazer com que possamos resgatar o nosso verdadeiro futebol.
Mensagens rasteiras e deselegantes
É dessa forma que a imprensa é tratada aqui. Quando a gente pode entrar no estádio de treino, é para assistir a 15 minutos de bobinho e nos mandam sair. As empresas investem uma boa grana para nos mandar para esse país tão caro, e a gente não tem acesso a nenhum treino aberto do Brasil.
Nem mesmo a Globo, detentora dos direitos de transmissão, que paga uma fortuna, tem esse direito.
Tite é uma espécie de ditador do futebol. Esconde treinos para mostrar nos jogos um futebol abaixo de qualquer crítica, como vimos na derrota para Camarões.
Cubro seleção desde 1986, com o mestre e saudoso, Telê Santana. Ele jamais escondeu um treino sequer, pois sabia muito de futebol. Carlos Alberto Silva, também saudoso, Parreira, Zagallo, Luxemburgo, Felipão, todos vencedores em suas carreiras, jamais fecharam um treino.
Na Copa de 2002, assistíamos a tudo, e Felipão ainda se sentava na arquibancada, perto da gente. Eram tempos de técnicos de verdade, e não de mentira!
Famílias na Copa
Mesmo assim, a gente pergunta: será que é necessário mesmo trazer os familiares para uma Copa do Mundo? Será que os jogadores não poderiam ficar um mês, mais concentrados, focados nos jogos, sem ter preocupação familiar?
Se o Brasil chegar à final, aí sim, poderiam trazer seus parentes. Entretanto, para todas as fases da Copa, acho um exagero. Os jogadores brasileiros são muito mimados.
Querem copiar os europeus em tudo, mas não consegue copiá-los no futebol, haja vista que há 4 edições de Copas do Mundo, só os europeus ganharam: Itália em 2006, Espanha, em 2010, Alemanha, em 2014 e França, em 2018. Alguém aí ainda acha que vai dar Brasil aqui em Doha?