A vitória da Coreia do Sul Sobre a Espanha deixou os brasileiros com uma pulga atrás da orelha para o jogo de hoje, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Balela. O Brasil vai ganhar, e bem, com um placar até mais elástico. Não vamos fazer uma tempestade num copo d’água. Se o Brasil não passar pela Coreia tem que fechar as portas do nosso futebol e pedir desculpas pelos prejuízos causados. Sei que essa Copa está atípica em vários aspectos, nos meses em que é disputada, nas contusões e nas zebras, mas o Brasil contra a Coreia é pule de 10. Eles já foram longe demais e não aprontarão pra cima da gente. E não é porque a Seleção de Tite tem um esquema de jogo fantástico, nada disso! Vamos vencer porque nossos jogadores têm mais qualidade, mais talento, mais experiência e mais tudo que os atletas coreanos. O Brasil já está nas quartas de final.
Isso não implica dizer que eu acredito em título. De jeito nenhum. Acho o treinador brasileiro um “encantador de serpentes”, ao hipnotizar jornalistas. As perguntas nas entrevistas coletivas nos remetem ao ridículo. Um repórter, de uma conceituada emissora, perguntou sobre o abraço de Tite no filho, no jogo contra a Suíça. É mesmo o fim do jornalismo. Meu amigo Galvão Bueno pediu o microfone, mas não lhe deram. Tenho certeza que perguntaria algo que o povo brasileiro gostaria de saber do treinador. Eu nem vou a tais coletivas. Eles não me deixam perguntar, com medo do que eu possa expor. Por exemplo: Por que o filho de Tite é auxiliar técnico e dá instrução a beira do campo, passando a frente do papai? Por que tantas convocações esdrúxulas e qual o motivo de treinos secretos e fechados? Por que a Seleção não tem um esquema de jogo e variações táticas durante uma partida? O jornalismo de hoje é feito por “influencers, youtubers, que “passam pano”, querem agradar e estar bem com esse péssimo técnico, que aliás, rebaixou o Atlético em 2005.
O Brasil pode até ser campeão do mundo, no que não acredito, mas se isso acontecer será pelo talento de Neymar, caso se recupere de verdade. Pela velocidade e dribles de Vini Júnior e pelos gols de Pedro, caso seja escalado. Jamais pelo trabalho desse treinador retrógrado e ultrapassado, que pôs 11 reservas em campo, como se Copa do Mundo fosse uma brincadeira. Daqui a 60 anos, quando alguém for ler sobre a história das Copas, constará que no dia 2 de dezembro de 2022, na Copa do Catar, o Brasil perdeu para Camarões. No livro das Copas não vai constar que era time reserva e que o treinador escalou exatamente 11 jogadores que são banco. Vai constar que o Brasil sofreu sua primeira derrota, em Copas, para os africanos. Aliás, que Copa fraca, tecnicamente. Vi dois grandes jogos: Alemanha 1 x 1 Espanha e Holanda 3 x 1 Estados Unidos, pelas oitavas. Os demais foram sofríveis, com nível bem ruim. Eu já disse que a Copa começa nas quartas de final e temos a expectativa de grandes confrontos: Brasil x Croácia. Argentina x Holanda (este já definido). Inglaterra x França e Portugal x Espanha. Jogos grandes, de seleções grandes. No mais, a Copa do Mundo é isso. Jogos inexpressivos, zebras que não vão a lugar algum. Imaginem em 2026 quando tivermos 48 seleções na Copa que será sediada em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá?
Copa do Mundo de qualidade eram aquelas com 16 seleções ou, no máximo, 24. Essa com 32 tem jogos sofríveis. A Fifa só quer grana e patrocínios e inflar a competição, em detrimento da qualidade, é o que importa. Agradar as confederações, mundo afora. Entendo que o futebol é plural, mas que haja Eliminatórias fortes, classificando menos seleções, para que a qualidade técnica apareça. Daqui pra frente é disso para pior. Quarenta e oito seleções será o fim do futebol arte. Cada vez mais as retrancas, marcações, pegadas, vão aparecer. Sou muito cético quanto ao futebol de hoje, pois vivi a época de ouro dele, não só no Brasil, mas no mundo. Para este Mundial, apesar do que estamos vendo, ainda tenho aquele velho palpite de uma final entre França e Argentina, com vitória dos hermanos, para coroar a genial carreira de Lionel Messi. Ele merece fechar com chave de diamante, como campeão e o melhor da Copa. Não, não sou argentino e não torço por eles, mas sim por um cara que nos brinda há, mais de duas décadas, com seu talento, genialidade e futebol de primeiríssima linha. Messi campeão seria a verdadeira vitória do futebol.
E para fechar torcedor brasileiro, não se preocupe com a Coreia. No último amistoso contra ela, enfiamos 5 a 1, dia 2 de junho passado. Hoje não será diferente disso, com ou sem Neymar. Será mais um “amistoso” contra os inocentes coreanos. Já nas quartas de final a cobra pode fumar, pois deveremos encarar a Croácia, do craque Modric, que joga de “terno” e dita o ritmo da vice-campeã do mundo. Hoje o Brasil ganha e com tranquilidade, sem sufoco ou aperto. Não por Tite, mas sim porque nosso time, até mesmo com os reservas, é infinitamente superior aos inocentes coreanos. A zebra que tinha que aparecer, já foi embora. Daqui pra frente, vão ficar as equipes mais fortes e poderosas do nosso futebol. Anotem aí de novo: Brasil x Croácia. Argentina x Holanda. Espanha x Portugal e Inglaterra x França. Isso é Copa do Mundo de verdade.