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Estado de Minas COLUNA DO JAECI CARVALHO

Tite dança pombo e Neymar faz festa; França e Argentina decidem Copa

Os 'deuses' não falham quando o assunto é premiar os competentes. Domingo, às 12h, o Lusail estará lotado com quase 90 mil pessoas


14/12/2022 18:23

França fará a grande final contra a Argentina no domingo, às 12h
França fará a grande final contra a Argentina no domingo, às 12h (foto: AFP)
 

DOHA - A França está na final da Copa do Mundo, confirmando seu favoritismo. Derrotou Marrocos por 2 a 0, e vai encarar a Argentina, numa final que privilegia a arte, o toque, o drible, o gol. Franceses a argentinos foram as melhores equipes do Mundial e os "deuses" não falham quando o assunto é premiar os competentes. Domingo, às 12h de Brasília, o Lusail Stadium estará lotado, com quase 90 mil pessoas para ver a final tão sonhada.

Os franceses tinham um objetivo a cumprir: chegar à final, pela segunda vez de forma consecutiva e conquistar a taça, igualando-se a Itália e Brasil, únicas seleções que ganharam o bi seguidamente, em 1930-1934, e 1958-1962. O Marrocos, grande zebra dessa Copa, não queria parar nas semifinais, pois tinha pretensões bem maiores.

O rei fretou 30 aviões, com 300 passageiros em cada, aumentando o número de torcedores aqui no Al Bayt Stadium, que recebeu 68.294 pagantes. Era nítido que a torcida marroquina era maioria e eles pareciam estar jogando em casa.

Toda a África e o mundo árabe eram Marrocos desde "pequeninos". Numa coisa franceses e marroquinos estavam iguais: o idioma, pois Marrocos foi colônia francesa, e além do árabe, o francês é língua obrigatória por lá. Há uma grande colônia marroquina na França. A outra coisa em comum eram Mbappé e Hakimi. Ambos jogam no PSG, são amigos e companheiros. A gripe que derrubou vários jornalistas, tirou do jogo Rabiot e Upamecano. Mas a França tem um time tão forte, que nem isso afetava o técnico Dechamps.

E o jogo não poderia começar melhor para os franceses. Com 5 minutos, Griezmann foi lançado, tocou para Mbappé, que chutou de canhota. A bola sobrou para Hernandez, que tocou para o fundo do gol. 1 a 0. O Marrocos havia sofrido apenas um gol, e contra, mas essa é a pena que paga uma equipe que só pensa em se defender.

Isso obrigou o Marrocos a sair um pouco mais, e Lloris começou a trabalhar. Se que o time marroquino fugia de sua característica e isso poderia beneficiar a França, com mais gols. Giroud recebeu na frente, ganhou do zagueiro e fuzilou na trave. A vitória da França significava o futebol arte contra a retranca. Mbappé foi lançado e chutou, a zaga afastou, Tchoameni pegou o rebote e deixou Giroud com o gol vazio. Ele bateu para fora, perdendo um gol incrível.

A diferença técnica da França para Marrocos era abissal. O Marrocos quase empatou quando El Yamiq, de bicicleta, acertou a trave de Lloris. Seria o gol da Copa. Com a pressão marroquina, acabou o primeiro tempo.

O técnico da Argentina, Lionel Scaloni e seus comandados estavam assistindo ao jogo, para neutralizar, no domingo, os pontos fortes dos franceses. Isso, partindo do pressuposto que a França realmente avançaria. Eu não tinha dúvidas disso. Estava esperando apenas o segundo gol francês, para sacramentar a classificação. O que estariam fazendo Tite, Neymar e outros fracassados neste momento, dançando a dança do "pombo" ou curtindo uma festinha? Curiosamente, Marrocos pressionava e ameaçava o gol de Lloris.

O segundo tempo era todo do time marroquino. A França recuou demais e nada criava. Thurram entrou no lugar de Giroud. Numa bela jogada de quase todo o ataque francês, a bola ficou com Mbappé que driblou e tocou para Muani, que acabara de entrar e deu seu primeiro toque na bola. França 2 a 0. Era o gol da tranquilidade.

Era o golpe fatal em Marrocos, que lutou e mostrou até qualidades ofensivas, quando necessário. Mas os africanos podem ficar orgulhosos. Entraram para o seleto grupo das 4 melhores equipes da Copa do Catar. Eu gosto da arte, dos gênios, como Mbappé e Griezmann, como Messi, esses sim, jogadores de verdade. E confesso que vou torcer pelo gênio argentino. Ele nos brinda há duas décadas com sua arte e merece fechar a carreira com chave de diamante. Os amantes do futebol de verdade, entenderão. 

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