Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Quem estará na final no Maracanã em 11 de novembro?



A Copa Libertadores começou ontem e só terminará em 11 de novembro. Nos últimos três anos, tivemos três finais brasileiras. Em 2020, Palmeiras x Santos, em 2021 Palmeiras x Flamengo e ano passado Flamengo x Athletico-PR. Não é difícil isso acontecer novamente, pois a Conmebol inventou de classificar até oito times do Brasil, o que é uma vergonha. A competição fica quantificada, em detrimento da qualidade técnica. Quando tínhamos o campeão e vice de cada país, os jogos eram de alto nível, mas as confederações, mundo afora, só pensam em aumentar o número de participantes para encher os cofres, como se fossem bancos de investimentos. Dane-se a qualidade técnica, pois a geração “nutella” também não está nem aí para isso. Quem nos fazia frente eram os argentinos, mas tanto Boca quanto River não vivem seus melhores momentos. Ainda aponto uma final entre Flamengo e River, repetindo 2019, com uma ressalva: o Flamengo só conseguirá isso se mandar embora o péssimo Vitor Pereira e contratar um treinador de verdade. Caso contrário, será um fiasco na temporada.





A Conmebol também não tem tanta imaginação, já que tivemos em 2020 uma final no Maracanã entre Palmeiras e Santos. Três anos depois e, novamente, o palco será o Maraca? Temos 10 países na América do Sul e já que a entidade adotou a final em jogo único, com rodízio de estádios e capitais, não entendi o motivo da volta ao Maracanã tão cedo. Ano passado tivemos a final em Guaiaquil, no Equador. Conversando com o ex-repórter Jorge Luiz Rodrigues, hoje membro da Conmebol, ele me disse: “os brasileiros ficam criticando decisões em outros países da América do Sul, como se o Brasil fosse a oitava maravilha do mundo. Aqui em Guaiaquil, o povo vive os mesmos problemas de violência que vivemos no Rio de Janeiro. Portanto, todos os países da América do Sul têm o direito de sediar uma final”. Concordei com ele, pois o argumento é bastante válido. Se é assim, por quê a Conmebol não optou por outra sede, em um país vizinho?

Flamengo e Palmeiras já não jogam aquele futebol que nos encantou. Corinthians, Internacional, Fluminense e Athletico-PR não me encantam. O Atlético é uma incógnita e depende única e exclusivamente de Hulk. Portanto, não vejo essas equipes como possíveis finalistas. Volta e meia há uma zebra na Libertadores. A não ser que o Flamengo demita o atual técnico e contrate alguém de verdade, não irá a lugar nenhum. O Fluminense tem em Fernando Diniz o melhor técnico brasileiro em atividade, mas o time não me agrada muito. Faltam peças de mais qualidade. Porém, com tudo isso, é a equipe mais bem treinada e arrumada do país. O Athletico-PR continua mediano e não está no pelotão de cima, embora eu goste muito do presidente Mário Celso Petralha, que não conheço, mas admiro por sua postura ética e correta. O Corinthians não tem um grupo forte. Internacional é aquele biscoito do polvilho, que faz barulho, mas não chega há tempos. O Palmeiras sofreu um declínio técnico, principalmente pela saída de Gustavo Scarpa. Entretanto, olhando os rivais sul-americanos, não temos nada melhor do que o futebol brasileiro. O da Argentina, atual campeã do mundo, agoniza há algum tempo. Com certeza, teremos jogos sofríveis, algumas “peladas” e poucos confrontos de alto nível. Isso é a Libertadores, imaginem a Sul-Americana, que é a segunda divisão da Libertadores!

É o que temos, senhoras e senhores, pelas bandas da América do Sul. Se o Flamengo trocar de treinador, o mais rapidamente possível, acredito numa final com o River Plate, revivendo 2019. Caso contrário, não terá chances de chegar. O Palmeiras é um time pragmático e o excelente Abel Ferreira já conhece os atalhos para a final. E o Boca, seis vezes campeão do torneio? É sempre um adversário temido, mas, assim como o River, não vive seu melhor momento. Mas jogar em La Bombonera a gente sabe como é. Talvez a torcida que mais canta e mais apaixonada do mundo. Nunca podemos descartar Boca e River, por mais que o momento seja ruim. Você, que está lendo essa coluna agora, apostaria suas fichas em quem? Deixe o seu palpite e boa sorte para o seu time.

Ídolo deve ser respeitado

Emerson Fittipaldi é o nosso primeiro bicampeão mundial de Fórmula-1, e como tal deve ser respeitado. Ele passa por problemas financeiros, como qualquer um de nós pode passar, mas vejo segmentos da imprensa perseguindo o nosso campeão e o destratando, publicamente, como se o problema que ele vive os deixassem felizes. Abutres de plantão, respeitem Emerson Fittipaldi como ser humano e ídolo que é. Se não podem ajudar, não o julguem, nem o ponham em situação de humilhação em seus artigos. Como o ser humano é podre e vibra em cima das derrotas dos outros. Emerson Fittipaldi tem e sempre terá o meu respeito, como ídolo e cidadão. Que as coisas melhorem para ele, e que os abutres mordam suas próprias línguas.