O rapaz que representa a Minas Arena disse que há uma data em abril reservada para o Cruzeiro, caso ele queira jogar no Mineirão, contra o Náutico. E, em reunião na Assembleia, “convidou os cruzeirenses para a decisão do Campeonato Mineiro, domingo”, num total desrespeito, que gerou revolta entre os torcedores. O Mineirão virou palco de shows, seu gramado vive despedaçado e o Cruzeiro, que deveria mandar seus jogos ali, não aceita as altas taxas cobradas pela concessionária. O governador Romeu Zema, que teve seu salário aumentado em quase 300%, já determinou que Pedro Bruno, secretário da Infraestrutura, interceda para que haja um acordo entre Minas Arena-Cruzeiro-Governo, mas, por enquanto, a coisa está na estaca zero. Ronaldo Fenômeno, dono do clube, tem sido taxativo e de sua parte as negociações estão encerradas. Ele não aceita os valores cobrados e preferiu fazer um acordo com o América, no Independência. Com isso, seu clube fica prejudicado, pois no Mineirão são 60 mil vozes a empurrar o time rumo às vitórias. O estádio foi fundamental na campanha do acesso.
Ainda tenho esperanças de que Minas Arena-Cruzeiro-Governo cheguem a um acordo, para o bem do futebol. Não vejo muita chance de o time azul fazer boa campanha no Brasileirão sem o Mineirão. O apoio da China Azul é fundamental, como foi na temporada passada. Vale lembrar, porém, que Ronaldo precisa contratar jogadores de nível A. A torcida está preocupada e teme uma volta à Segundona. É sabido que há uma má vontade muito grande com o Cruzeiro, talvez porque seja o time mais vencedor do Estado, em nível nacional e internacional. Isso realmente gera inveja. Mas deveria ser o contrário. Valorizar quem divulga o nome de Minas Gerais e, nesse quesito, o Cruzeiro é nota 10. Ronaldo deveria pegar um avião em Madri, desembarcar em BH, olhar no olho do governador e do representante da Minas Arena e dizer o que deseja. Diante do Fenômeno, os caras vão tremer, como tremiam os zagueiros mundo afora. Faça isso, Ronaldo, afinal, você é o dono, majoritário desse gigante chamado Cruzeiro Esporte Clube.
Sugestão a Felipe Massa
Há um mês li uma declaração de Bernie Ecclestone de que “Hamilton não foi o verdadeiro campeão em 2008, porque houve aquela maracutaia de Nelson Piquet Jr., comandada por Flavio Briatore”. Na mesma hora peguei o telefone e mandei uma mensagem para meu amigo Felipe Massa dizendo que ele deveria entrar na Justiça, reivindicando o título. Imediatamente ele agradeceu e disse que brigaria na Justiça pela taça. Ontem, fiquei feliz ao vê-lo anunciar que vai lutar para ser reconhecido como o verdadeiro campeão daquela temporada. Os tribunais devem reparar esse erro. Por causa da maracutaia na prova de Cingapura, quando Nelsinho Piquet jogou o carro no muro, de forma proposital, Felipe Massa foi prejudicado e acabou perdendo o título, no fim do ano, por um ponto de diferença. Nada mais justo que os tribunais tirem o título de Hamilton e o entregue a Massa, como campeão de direito daquele ano, pois de fato, para todos nós, ele já é.
Altitude desumana
O River estreou tomando de 3 a 1 do The Strongest, da Bolívia, na desumana altitude de 3.600 metros acima do nível do mar. Com certeza, no jogo de volta, em Buenos Aires, o time argentino vai massacrar. Os bolivianos usam do artifício para ganhar um ou outro jogo nas alturas. Sei que é um direito deles atuar lá em cima, mas não custava a Conmebol determinar jogos em Santa Cruz de La Sierra, ao nível do mar. Estive em La Paz uma única vez, na final da Copa América de 1997. Passei mal e nunca mais voltei lá. E olha que saímos de Santa Cruz de La Sierra, com 4 horas antes da partida, rumo a La Paz, no voo de Seleção Brasileira – naquela época viajávamos com os jogadores e comissão técnica –, para tentar minimizar os problemas causados pela altitude. Voltamos no mesmo voo, em avião fretado, com a taça e 3 a 1 que enfiamos no lombo dos venezuelanos.