Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Cruzeiro perde muitos gols e leva empate do Grêmio



O Cruzeiro, “rei de copas”, com seis conquistas na Copa do Brasil, enfrentava seu maior rival, o Grêmio, que ganhou cinco vezes a competição. O jogo era na Arena do time gaúcho e o Cruzeiro acabou perdendo a chance de voltar para BH com um grande resultado. Vencia até os 33 do segundo tempo, mas cedeu o empate. Os gols foram de Bruno Rodrigues e Luis Suárez. O time azul começou dando as cartas, marcando um golaço com Bruno Rodrigues. Esse gol dava uma tranquilidade maior ao time estrelado. Como esse Pepa, técnico português, sabe armar e montar uma equipe! O Cruzeiro é organizado, não rifa a bola e encara qualquer adversário. O Grêmio chegou bem quando Suárez quase marcou um golaço. Ele acertou a trave. O time azul vai ganhando maturidade a cada partida e adquirindo confiança. Como o time cria, mas como perde gols. É preciso caprichar um pouco mais. O Grêmio tentava as bolas aéreas, mas a defesa azul estava bem postada. O Cruzeiro teve chances de fazer o segundo. Numa delas, Bruno Rodrigues, com o gol vazio, tentou mais um drible e perdeu o gol “feito”. Não se pode brincar assim. De qualquer forma, ir para o vestiário, jogando fora de casa, com a vantagem mínima, foi um grande feito, mas, pelas chances criadas, não seria nada demais o time azul vencesse o primeiro tempo por três gols de diferença.





O Cruzeiro voltou disposto a aumentar o placar e levar uma grande vantagem para BH. No Mineirão, é conhecida a força do time estrelado, e da China Azul. São sempre 60 mil vozes empurrando a equipe. Assistir ao jogo pela TV, ouvindo o Canal do Samuel Venâncio, é uma maravilha. O “Vibrante”, Alberto Rodrigues dá um show de narração, Samuel Venâncio, brilha, e os dois repórteres, Thiago Valu e Gleyson Lage, também são muito competentes, sempre em cima do lance. Não perco mais nenhuma transmissão deles. Suárez quase empatou, mas Rafael Cabral estava atento. O Cruzeiro estava consciente do que fazer, mas se conseguisse mais um golzinho, seria o ideal. Pepa dava um nó tático em Renato Gaúcho. Os técnicos portugueses estão em alta. Henrique Dourado entrou na vaga de Gilberto. Machado na vaga de Alisson. O Cruzeiro poderia aproveitar e praticamente garantir sua classificação. Jogava melhor e tinha as melhores oportunidades. Mas numa bobeira, Luis Suárez recebeu e bateu de trivela para empatar. 1 a 1. A bola pune.

Ancelotti fica para 2024

O Manchester City massacrou o Real Madrid por 4 a 0 e chegou à final da Champions league, para enfrentar a Inter de Milão, dia 10, em Istambul. O Real fez uma apresentação abaixo de qualquer crítica, numa noite em que até Modric e Toni Kroos erraram muitos passes e marcaram muito mal. Carlo Ancelotti escalou o time de forma equivocada. Deveria ter começado com Rudiger ao lado de Militão e Alaba na lateral-esquerda. Camavinga tomou um baile de Bernardo Silva e foi um dos piores em campo. Benzema, grande artilheiro, esteve péssimo, assim como Rodrygo e Vini Júnior. Méritos para o time inglês, que fez marcação perfeita e esteve absoluto na frente. De Bruyne comandou a equipe com maestria, mas Bernardo Silva, com dois gols, foi o melhor em campo. Criou as principais situações de gols do City. Confesso que não gosto do futebol apresentado pelas equipes de Guardiolla. Muito toque pra lá e pra cá. Porém, contra fatos não há argumentos. Ele está seguindo para ganhar sua quarta Premier League e está na final da Champions. Gostaria de ver Guardiola treinando uma equipe média da Europa, como Atlético de Madrid, Roma, Borussia, para saber se ele é realmente isso tudo o que falam. Quanto ao Real, é um time envelhecido, em idade e tecnicamente. É preciso achar substitutos para os gênios, Modric, Kross e Benzema. Esses caras ganharam cinco “Orelhudas”. Há alguns jogadores jovens, como Camavinga e Tchouameni. O presidente do clube espanhol já havia garantido Carlo Ancelloti para a próxima temporada e o treinador italiano disse, após a derrota que “vamos refazer o trabalho e estaremos na final na próxima temporada. Fico aqui até 2024”. O sonho da CBF em ter Ancelotti foi para o espaço, apesar da torcida para o fracasso dele nesta temporada.

Incoerência ou medo

O árbitro Ânderson Daronco acertou em expulsar Felipe Melo no clássico contra o Flamengo. Na verdade, ele estava em cima do lance, deu amarelo, mas o VAR o chamou e ele trocou pelo vermelho. Mas deveria ter expulsado Gabigol, que pisou, de forma covarde, na perna de Paulo Henrique Ganso. Será que ele foi apenas incoerente ou teve medo de expulsar o atacante rubro-negro pelas críticas que sofreu da diretoria do Flamengo antes da partida contra o Fluminense? A arbitragem brasileira é uma vergonha! E olha que o Daronco é dos melhores que temos.