Jornal Estado de Minas

BOMBA DO JAECI

CBF soltou foguete pela eliminação do Real Madrid na Liga dos Campeões



Teve gente na CBF soltando foguete pela eliminação do Real Madrid, que tomou de 4 a 0 do City, na Liga dos Campeões da Europa. O motivo era o sonho de ter o italiano Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira. Mas, como antecipei há alguns meses, Ancelotti está confirmado no Real até 2024 e a ideia do presidente Florentino Perez é que ele faça uma renovação no grupo, já que os gênios da bola, Tono Kroos, Modric e Benzema, estão com idade avançada e já na descendente. Ele já conta no grupo com Camavinga, Tchouameni e Rodrygo, Vini Júnior e Militão, brasileiros jovens e já com rodagem. Ancelotti já declarou que por ele ficaria para o resto da vida no melhor time do mundo. Ele e Perez são amigos e o técnico tem respaldo de conquistas, apesar da derrota acachapante em Manchester, na quarta-feira. Portanto, é bom a CBF “tirar o cavalo da chuva”, pois Ancelotti não virá.






Fernando Diniz


E não adianta o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, querer atender o desejo popular de um técnico estrangeiro. Temos Fernando Diniz, brasileiro, que faz belíssimo trabalho no Fluminense, e poderia ser o técnico da Seleção e do Flu neste resto de ano, já que a equipe canarinho terá poucos jogos. O Fluminense pratica o melhor futebol do país e um técnico estrangeiro levaria tempo para entender como funciona o nosso futebol. Além disso, não há um técnico de fora com esse gabarito todo. Talvez Jorge Jesus, português que fez sucesso no Flamengo, em 2019, mas que depois disso fracassou por onde passou. Outra opção seria o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira. Mas o futebol que ele pratica não é bonito, como deseja o presidente da CBF.


(foto: Oli SCARFF / AFP)

Guardiola num time médio

O mundo enche a bola do técnico Pepe Guardiola, considerado como o melhor do mundo. Eu sou de outra filosofia: gostaria de vê-lo dirigindo um time médio da Europa, Atlético de Madri, Roma, Borussia Dortmound, para saber se ele é realmente isso tudo. Ele dirigiu o Barcelona, que tinha Messi, Iniesta e Xavi. O Bayern de Munique, que tinha grande jogadores, onde foi campeão alemão, mas não conseguiu a Champions, e agora o Manchester City, clube dos mais ricos do mundo, de propriedade dos príncipes árabes, que gastou mais de 1 bilhão de euros para montar o time atual. Mesmo assim, chegou a uma final da Champions e perdeu para o Chelsea. É verdade que ganhou três Premier League, e isso tem valor, mas, sinceramente, dirigindo esquadrões, até eu ganharia títulos. Ser o melhor técnico do mundo com dinheiro sobrando e contratando os melhores jogadores do mercado fica fácil para qualquer um. Não desmerecendo o trabalho dele, mas gostaria de vê-lo dirigindo uma equipe média da Europa.


A cada depoimento se complica mais


O ex-jogador Daniel Alves, preso por acusação de estupro, em Barcelona, se complica mais a cada depoimento. Além de mudar a versão várias vezes, ele não consegue responder o processo em liberdade. A novidade é que a ex-mulher dele e os filhos se mudaram para a cidade catalã, e os filhos se matricularam no colégio lá. Nem isso, porém, sensibilizou as autoridades. Ao contrário, o machucado no joelho da vítima é uma das provas contundentes de que ela a “teria agredido e forçado o sexo”, segundo a imprensa espanhola. A pena para esse tipo de crime na Espanha varia de 4 a 12 anos, mas, em caso de agressão, pode chegar a 15 anos de cadeia. Na Europa, a banda toca diferente do Brasil. Infelizmente, no nosso país, gente famosa e com dinheiro não vai para a cadeia. Conversando com uma jornalista, amiga nossa, que cobria a Seleção Brasileira na época em que Rivaldo e Ronaldo jogavam no Barcelona, ela disse que “dificilmente ele escapará da condenação e que só não sabe o tempo de pena que vai pegar”. E, até hoje, Tite, Neymar e Thiago Silva, grandes parceiros de Daniel Alves, não se pronunciaram. Muitos perguntam se Alves tem sido um grande “tocador de pandeiro” na cadeia, já que na Copa ele disse que “seria o melhor pandeirista do mundo”.