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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Hulk detona o gramado do Mineirão com toda razão

É preciso que o governador diga que o estádio foi construído para abrigar jogos de futebol e que a prioridade máxima tem que ser os jogos dos times mineiros


21/05/2023 04:00 - atualizado 21/05/2023 07:42
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O atacante Hulk
O atacante Hulk afirma que o gramado do Mineirão está tão ruim que fica difícil dominar a bola e conduzi-la até o gol adversário (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )

O atacante Hulk detonou o gramado do Mineirão e tem preocupação para os próximos jogos que o Atlético Mineiro fará lá. O principal deles, terça-feira (23) contra o Athletico-PR, pela Copa Libertadores. O artilheiro reclama, e com razão, pois está difícil dominar a bola ou mesmo conduzi-la em direção ao gol adversário.

É sabido que a Minas Arena, que administra o estádio e pagou por isso, prioriza os shows, onde ganha uma boa grana, levando atrações para o público belorizontino, mas é preciso que o governador diga que o estádio foi construído para abrigar jogos de futebol, e que a prioridade máxima tem que ser os jogos dos times mineiros.

O Galo ainda tem a confiança de que poderá jogar em sua casa própria ainda este ano. A Arena MRV ficou belíssima, em nível de primeiro mundo, e será um alçapão, onde o time mineiro dificilmente será batido, com a presença da fanática torcida. Já o Cruzeiro terá que jogar no Gigante da Pampulha, mas o gramado precisa melhorar. Dia 31, o time celeste terá um compromisso de vida ou morte contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, e o gramado precisa ganhar um tratamento mais adequado. Como tem areia no gramado, mais parece um campo de várzea.

Não vejo a hora de o governo do estado fazer um acerto financeiro com a Minas Arena e entregar o Mineirão definitivamente ao Cruzeiro. Não é tirar dinheiro público para indenizar a concessionária, mas sim uma espécie de pagamento da multa rescisória, tendo o Cruzeiro a obrigação de pagar uma anuidade, em regime de comodato ao Estado. É o que, no mínimo, 9 milhões de cruzeirenses esperam, afinal, ali o time celeste projetou o nome de Minas Gerais e Belo Horizonte para o Brasil e para o mundo, com conquistas inquestionáveis.

Nesse palco desfilaram os maiores jogadores das Gerais, tanto de Cruzeiro quanto do Atlético e América, além da Seleção Brasileira, em triste 8 de julho de 2014, quando levamos de 7 a 1 da Alemanha. Curiosamente, Hulk e Paulinho, que se enfrentaram pela Copa do Brasil, quarta-feira, vestiam a camisa amarelinha naquela que foi a maior decepção do povo brasileiro. Como diz o ditado antigo: “águas passadas não movem moinho”. Bola pra frente.

O Cruzeiro vai jogar contra o Grêmio sem ter a capacidade máxima, por causa de outro show. É difícil trabalhar assim. Show em cima de show. Diga-se de passagem, a Minas Arena está no papel dela, pois pagou por isso. Só acho que o governo do estado deveria interceder para o bem do nosso futebol. Seria muito triste não termos mais jogos no Mineirão, em caso de o Cruzeiro resolver construir sua casa própria. Acho um gasto desnecessário.

No Rio de Janeiro, Flamengo e Fluminense administram o Maracanã em conjunto. O governo do estado teve essa sensibilidade. O rubro-negro até cogitou construir um estádio para 100 mil pessoas, mas, particularmente, acho uma bobagem. O Maracanã é o grande palco, o estádio mais conhecido do mundo, junto com Wembley, em Londres.

Não vou me cansar de apelar ao governador para que o estado pague a multa rescisória e entregue o Mineirão para o Cruzeiro administrar. Seria um gol de placa e a China Azul agradeceria. Pense nisso, Zema. Assim como você intercedeu para o time celeste voltar a jogar no estádio, não custa nada resolver a questão de uma só vez.

Sampaoli põe as asas de fora

O técnico argentino chegou humilde no Flamengo, contratou uma professora de português e disse que não pediria reforços. Depois de cinco jogos, o rubro-negro já está anunciando duas contratações, pedidas por ele, para reforçar o milionário elenco. É sabido que o Flamengo tem um time envelhecido tecnicamente, e que vários jogadores já não rendem mais o esperado.

Rodrigo Caio, que vive machucado, Davi Lúiz, Filipi Luiz, Vidal, Everton Ribeiro e outros menos votados. O Flamengo, mesmo revelando tantos grandes jogadores na base, optou por vendê-los e não em dar a eles oportunidades de se firmar na equipe. Por isso, está buscando peças de reposição, pagando fortunas. Como o dinheiro lá está sobrando – o clube fatura cerca de R$ 1,4 bilhão por ano –, fica fácil torrar o dinheiro.

O pior negócio da história foi vender João Gomes, por cerca de R$ 100 milhões, e contratar Gérson, por R$ 75 milhões. Não teria sido mais inteligente pegar o dinheiro e dar um baita salário ao João Gomes, de 20 anos, que jogava como um veterano, tamanha a sua qualidade? Mas os dirigentes se acham donos dos clubes e fazem o que bem entendem.

Por isso não me canso de elogiar o ex-presidente Bandeira de Melo. Ele saneou o Flamengo em seis anos e ganhou apenas uma Copa do Brasil. Porém, deixou o clube superavitário para que seu sucessor, Rodolfo Landim, ganhasse as taças. Foram dois Brasileiros, duas Libertadores, uma Copa do Brasil e duas Supercopas, de 2019 para cá.

Supercopa e nada é a mesma coisa, mas os outros títulos são relevantes. Por isso sou a favor da SAF em todos os clubes brasileiros. Dessa forma, os dirigentes não são donos do dinheiro e o cargo de presidente do clube é apenas um ato pró forma. Na verdade, se transformam em “rainhas da Inglaterra”, ou, no caso mais moderno, “reis da Inglaterra”, já que Charles terceiro assumiu a coroa na Grã-Bretanha.

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