Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

A Libra já tem proposta árabe e não precisa dos clubes da LFF

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Normalmente essa coluna seria sobre os resultados de Cruzeiro e Atlético pela Copa do Brasil, mas, ontem, foi um dia especial para mim e minha família, pois foi a graduation (formatura) do meu filho mais velho, João Tadeu, que agora vai para a Universidade, aos 17 anos de idade, um orgulho para mim, sua mãe, Alexia, seu irmão, Lorenzo, avós, tios, tias, primos e para os grandes e poucos amigos.



Portanto, depois da graduação, nos reunimos com os amigos dele que se formaram, suas famílias, e fomos para um jantar em comemoração. Que Deus abençoe essa juventude e que cada um vá em busca dos seus sonhos.

Jovens que não usam drogas, são saudáveis e têm amizade verdadeira. É assim que a vida deve seguir, e sempre com Deus no comando. Dito isto vou abordar um tema que há muito tem me preocupado: a criação da Liga no Brasil, para que os clubes possam gerir seus próprios destinos e a CBF cuide única e exclusivamente da Seleção Brasileira.

O grupo árabe, Mubadala, um fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, fez uma nova proposta pela Libra, liga formada pelos principais clubes brasileiros, como Corinthians, Flamengo, Cruzeiro, entre outros.

O Atlético está do outro lado com a LFF. O detalhe é que o grupo de investimentos mudou de ideia e já admite pagar até R$ 4 bilhões, conforme coluna de Rodrigo Matos, do UOL, no caso de 18 a 33 clubes assinarem, o que significa dizer que Flamengo, Corinthians, Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Santos, Vasco, Botafogo e Bahia.



O Fundo quer que pelo menos sete dos dez clubes com maiores valores previstos aceitem o acordo. Além disso, vai depositar na conta de cada um deles R$ 3 milhões, em caso de assinatura como gesto de “boa vontade”. Ou seja, se o grupo do outro lado, onde estão Atlético, Athletico-PR e outras equipes não se integrar à Libra, teremos uma competição mesmo sem essas equipes?

Na verdade, o ideal é que haja um consenso entre os 40 clubes das Séries A e B, para que todos recebam a mesma fatia das cotas de TV e que cada um tenha o percentual maior de acordo com vendas em pay per view, colocação nas competições e por aí vai. O problema é que tudo o que Corinthians e Flamengo propõem, segundo os dirigentes que apoiam a Libra, Atlético e Athletico-PR, entre outros que estão do outro lado, são contra.

Mas serão voto vencido em caso de os clubes mais fortes que estão com a Libra aceitarem a proposta. Por isso que eu digo que os dirigentes são egoístas, só olham para o próprio umbigo e querem fazer charminho para ficarem bem com suas torcidas. O presidente de um dos clubes da Libra me contou que quando chega um determinado dirigente de um clube, ele causa um mal-estar tremendo, pois é antagonista ao Flamengo e ao Corinthians. Isso é ridículo, coisa de dirigente inexpressivo e sem força nenhuma.


A Liga é mais que uma realidade e vai sair, queiram ou não os times do outro lado. Ronaldo Fenômeno e Pedro Lourenço, donos do Cruzeiro, estão com a Libra e com os principais times do futebol brasileiro.



Conversando com eles no Catar, foram taxativos em dizer que apoiam a criação da Libra e que ela vai sim sair do papel. Resta saber se os clubes aceitarão a proposta que já está na mesa e se vão dar continuidade, mesmo sem os clubes que ficaram do outro lado, e querem a criação da LFF.

Claro que os clubes que estão com a Libra têm mais força e unidos são mais fortes do que os do outro lado que têm como times grandes o Atlético, Fluminense, Internacional. O Athletico-PR, que é médio, e os demais de médios para baixo.

É uma pena que o futebol brasileiro tenha dirigentes tão mesquinhos e egoístas e, já escrevi sobre o assunto em outras oportunidades, acho que deve haver total isonomia da divisão das cotas, para que todos os cubes tenham condições de montar equipes fortes, mas, é claro que Flamengo e Corinthians, principalmente, terão outras vantagens por terem 50 milhões e 35 milhões de torcedores, respectivamente.

Isso pesa no pay per view, na publicidade e em outras cotas. Gostaria de ver o futebol brasileiro mais unido e mais forte, porém, isso é utopia, quando percebemos que alguns dirigentes são tão egoístas, fracos e que não sabem nem se a bola é redonda.