Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

A pior arbitragem do mundo é a brasileira

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Os erros crassos, cometidos pela arbitragem brasileira, e até pelo VAR, dispositivo criado para acabar com tais situações, envergonham e deixam torcedores, técnicos, jogadores e dirigentes revoltados.

Somente no sábado, tivemos três situações, no mínimo, vergonhosas, para não dizer outra coisa. O América foi garfado em pleno Maracanã, num jogo em que foi superior ao Flamengo. Um gol mal anulado e um pênalti não marcado a seu favor. O Atlético Mineiro teve também um gol anulado contra o Grêmio, segundo o VAR, milimétrico. 





O São Paulo também foi prejudicado no jogo com o Cuiabá, a ponto de o equilibrado Dorival Júnior ter sido expulso. E não me venham com essa balela de que linhas foram traçadas, pois quem as opera é um humano, que pode, sim, ter intenção de prejudicar clube A ou B. 

Eu não acredito nessas tais linhas. Um ombro à frente do atacante, o topete adiantado, o dedo mindinho adiante do zagueiro. Pura palhaçada que está matando o futebol.

Também o chefe da arbitragem brasileira é Wilson Seneme, que não tem história de grande árbitro. Ao contrário disso, sempre foi bem mediano. Não acredito que os árbitros ou quem os comanda sejam venais. Jamais. Acho mesmo que são mal treinados, mal preparados e fazem lambança jogo após jogo. 

A Fifa e a International Board devem rever, o mais rapidamente possível, essa questão do impedimento. Ninguém suporta mais ver gol de sua equipe ser anulado por milímetros, centímetros. É um crime contra os belos gols e contra os atacantes. 





Além disso, na Europa, o VAR atua em alguns casos - normalmente, a decisão de campo prevalece -, e os árbitros não levam mais de 1 minuto para decidir a parada, com algumas exceções, é claro. 

No Brasil, o jogo para por 5 minutos, para que VAR e árbitro do jogo se entendam. Um descalabro. Entra rodada, sai rodada, e os mesmos erros se sucedem. Não há critério nas avaliações. Num dia, um empurrão é pênalti. No outro, o mesmo empurrão não teve a carga necessária para o árbitro marcar a infração. O descrédito é geral, e ainda tem aquele fator de que os grandes clubes são beneficiados.

Felipão sem vencer


Em sete jogos à frente do Atlético, Felipão não conseguiu uma vitória sequer e terá pela frente, nos dois próximos jogos, Flamengo e Palmeiras. É preocupante, mas no jogo de sábado, o Atlético foi superior ao Grêmio e foi garfado pela arbitragem, já que no gol de Alan Kardec, na minha visão, o atacante alvinegro estava em posição legal. 



Repito que as tais linhas não me convencem. Para uma folha de R$ 20 milhões mensais, o Galo está devendo e muito. Há jogadores envelhecidos tecnicamente. Hulk só sabe reclamar e não está jogando absolutamente nada. A defesa é uma peneira e há uma grande preocupação de o alvinegro não conseguir uma vaga na Libertadores do próximo ano, ou mesmo na pré-Libertadores. 

É preciso atitude e comprometimento. Mudar as peças, se possível, se reforçar nesta janela. Seria muito ruim o Galo não estar na principal competição sul-americana na próxima temporada, para aproveitar a força de sua torcida na Arena MRV. 

Não há dinheiro para contratações, pois os novos donos do clube vão usar os R$ 600 milhões de aporte para quitar dívidas mais urgentes, e é isso mesmo que tem que ser feito. O Galo pagou juros e mais juros nos últimos tempos, mas vai viver novos horizontes daqui pra frente.





Matheus Pereira chegou


Desejado por todas as equipes do Brasil, Matheus Pereira fechou com o Cruzeiro. Vamos ver se ele vai corresponder à expectativa criada em torno de seu nome. Como nunca o vi jogar, não posso opinar, mas ele terá o segundo semestre para provar se vale realmente R$ 1 milhão, mensais. 

O Cruzeiro está abrindo mão da austeridade e pagando acima do seu teto, para o jogador, que segundo consta ganhava R$ 2 milhões mensais no mundo árabe. O que o teria feito aceitar a metade, para jogar no Brasil? O amor que diz ter pelo clube?

Jantar com Emanuel Carneiro e Ilma


Eu e minha esposa, Alexia, tivemos o privilégio de jantar, no sábado, com Emanuel Carneiro e Ilma, que nos receberam maravilhosamente bem em sua bela cobertura. Assistindo ao jogo do Galo com o "chefe" - é assim que o chamamos carinhosamente -, ele me disse que não entende o motivo de o Atlético não revelar jogadores nas divisões de base. 

"É inacreditável. Flamengo, São Paulo, Fluminense, Santos e outras equipes vivem revelando jogadores importantes. O Atlético precisa voltar a revelar jogadores, como fazia no passado. Você olha o time em campo e não tem ninguém que tenha subido das categorias inferiores. Isso é preocupante", disse Emanuel. 

Ele tem razão, há muito o Atlético não revela um grande jogador. O que se passa nas divisões de base do clube? O torcedor alvinegro exige uma resposta.
 
Jaeci e Alexia Carvalho; Emanuel Carneiro e Ilma (foto: Arquivo pessoal)