Havia umas francesas no caminho do Brasil, uma pedra no sapato do time brasileiro, tanto no feminino quanto no masculino. O time da técnica sueca Pia Sundhage não fez um bom primeiro tempo. Saiu perdendo, mas empatou no início da fase final, quando praticou um bom futebol. Mas o castigo veio no finalzinho. O narrador Luiz Roberto, avisou: “cuidado com a zagueira Renard, de 1.87metro”. E não deu outra. Escanteio para as francesas e ela subiu sozinha, para fazer 2 a 1.
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É uma vergonha termos um dos maiores clássicos disputado no IndependênciaA geração "nutella" insiste em não valorizar Luxemburgo e sua históriaO jogador mais valioso do mundo não sabe onde irá jogar180 minutos para salvar o ano do AtléticoGalo ladeira abaixo precisa se recuperar na LibertadoresNão tem nada perdido, mas a Seleção Brasileira precisa dançar menos e jogar mais. Tenho visto as reportagens na TV. Danças, uso de óculos, amenidades. Por favor, meninas, não copiem o que de pior fazem os homens no time do Brasil. Se vocês quiserem mesmo avançar na competição e sonhar com o título inédito da Copa do Mundo, trabalhem mais, falem menos e apareçam menos.
Dancem depois da final, se conseguirem chegar lá. Por enquanto, não chegamos a lugar nenhum. Essa foi a sétima vitória das francesas sobre nosso time, em 12 jogos, o que mostra a superioridade delas. A torcida deu um show. Havia mais brasileiros no estádio, que teve quase sua capacidade máxima. Foram 44 mil espectadores, e, após a derrota, o semblante de decepção era nítido. Vi muita gente com bandeira brasileira, cara pintada, apoiando do começo ao fim. Faltou aquele futebol da estreia, mesmo sabedores de que o adversário era forte.
Não há outro caminho: é ganhar da Jamaica e chegar ao segundo lugar do grupo, pois a França será a primeira, com 7 pontos, já que vai ganhar do fraco Panamá. Nunca foi fácil para as meninas do Brasil, não seria agora. Talvez essa derrota acorde o time, que tem a estrutura que os marmanjos recebem da CBF. Foram para a Austrália em voo fretado, estão no hotel resort, parte do circuito mundial de golfe, com um conforto jamais imaginado. A CBF, nesse aspecto, não deixou faltar nada. Tudo do bom e do melhor, para que possamos chegar à final.
Mas, sabemos que se não houver entrega e um futebol mais convincente, não iremos a lugar algum. Marta, ainda se recuperando de uma cirurgia, não tem condições físicas para suportar muito tempo. E, aos 37 anos, já sente o peso da idade. Craque e melhor do mundo, ela é, mas o tempo é cruel com todos nós, e até com os gênios da bola, caso da nossa Rainha.
Não houve empolgação pela goleada sobre o fraco Panamá. É que o Brasil jogou muito bem, independentemente da fragilidade panamenha. Não somos as melhores do mundo no futebol feminino, mas evoluímos bastante. A sorte está lançada. Embora sejamos mais fortes que a Jamaica, não poderemos errar. As jamaicanas evoluíram muito, e se elas tiverem a vantagem do empate, vão “comer grama” pela classificação. Vou acordar cedo, novamente, na quarta-feira. Eu levo fé nas nossas meninas. Apoiar sempre, desistir, jamais!
JAMES RODRIGUES
O São Paulo contrata James Rodrigues e vejo alguns colegas metendo o pau na contratação. Me digam que jogador brasileiro tem o talento e a qualidade do colombiano? Realmente, é para aplaudir o tricolor paulista, pois buscou um jogador renomado e de altíssima técnica. É bem verdade que ele se machuca muito, mas será uma atração a mais. O clube repatriou Alexandre Pato, que surgiu como grande promessa do nosso futebol, mas que ficou pelo meio do caminho. Mas a torcida o idolatra e aplaudiu quando ele marcou seu primeiro gol pelo clube, nessa volta. Não tenho dúvidas de que Rodrigues também receberá grande apoio, e com o Morumbi, lotado.
CASA DE SHOWS
É triste a gente saber que o Mineirão, fundado para a prática do futebol, virou uma casa de shows. Ver Atlético x Flamengo no Independência, foi terrível, pois é jogo de rivalidade histórica, de enfrentamento entre torcedores, e o Mineirão seria o palco ideal e mais seguro. O governador deveria interceder e resolver de vez essa questão. O Galo não vai precisar mais do Gigante da Pampulha, já que tem sua belíssima casa própria. Já o Cruzeiro necessita do estádio, onde põe 60 mil vozes por jogo. Aliás, além de virar casa de shows, o Mineirão tem um dos piores gramados do país. Governador, o senhor gosta de futebol?