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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Vamos falar sobre Fernando Diniz?

"Sempre aprendi que Seleção Brasileira é momento, mas não é isso que temos visto com os técnicos que passam pelo cargo"


14/09/2023 04:00
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Fernando Diniz, técnico da Seleção Brasileira
A Seleção dirigida pelo técnico Fernando Diniz não conseguiu, diante do Peru, repetir o desempenho do time na goleada sobre a Bolívia (foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP)


“Muda o mosquito, mas a m.... é a mesma”. Começo esse texto usando essa expressão mais vulgar, o que não é peculiar a mim, para falar sobre Fernando Diniz. Fui uma das pessoas que mais deram força para ele assumir a Seleção Brasileira, e mandei ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, por zap, uma mensagem sugerindo o nome dele até para efetivo, já que não acredito na vinda de Ancelotti. Sei que Diniz não ganhou nenhum título relevante – não venham me dizer que Campeonato Carioca é relevante, pois eu não vou aceitar –, mas gosto do jeito dele de ver o futebol, privilegiando o toque, o drible, a tabela e o gol. Porém acho que ele começou mal e se continuar no caminho que está trilhando, copiando o fracassado Tite, não vai durar no cargo. Diniz tem convocado jogadores reservas em suas equipes, pondo-os para jogar, caso de Richarlison, e insistindo com eles. Sempre aprendi que Seleção Brasileira é momento, mas não é isso que temos visto com os técnicos que passam pelo cargo. Os torcedores suspeitam e sugerem que empresários é quem convocam e desconvocam, mas eu prefiro acreditar na lisura e transparência dos treinadores.

Zico, o maior jogador da história do Flamengo, e um dos maiores de todos os tempos, detonou o atual técnico. Disse que “Dorival Júnior e Renato Gaúcho são bem mais preparados e vencedores, e um deles deveria ser o técnico do time canarinho. Eu concordo com ele. Dorival, atual campeão da Copa do Brasil e Brasileiro, evoluiu muito, e Renato Gaúcho é um grande vencedor. Com sei jeito boleiro, arruma as equipes nas quais trabalha e consegue colher os frutos. Zico entende que um técnico da Seleção precisa ter conquistas importantes, coisa que Diniz não tem. Quando vejo Alisson, braço curto, Danilo, Marquinhos, Casemiro, Richarlison e Gabriel Jesus no time amarelo, me dá vontade de desistir. Só faltou ele chamar Thiago Silva e o “tocador de pandeiro” acusado de estupro e preso, Daniel Alves. Aí a confraria de Tite estaria completa. Diniz, abre o olho. Seja diferente e não convoque mais esses engodos, que só fracassaram em seleção. Sei que Zico, Falcão, Reinaldo, Éder e outros gênios não ganharam Copa do Mundo, mas estão na história por terem feito parte da terceira melhor seleção de todos os tempos, a de 1982. Não é sobre ganhar ou perder, vai muito além disso.

O treinador chama André, melhor volante em atividade, e não põe para jogar. Bota Veiga, do Palmeiras, faltando 5 minutos para o fim do jogo com o Peru, onde o Brasil foi sofrível, com futebol abaixo de qualquer crítica. Realmente é de desanimar. É preciso por os jovens para jogar, justamente contra seleções de qualidade duvidosa, como Peru e Bolívia. Será que ele vai querer testar jogadores na Copa do Mundo, contra equipes fortes, e ser eliminado nas quartas de final, se chegar lá? Acorda, Diniz, e pare com esse discurso de que “Tite deixou um belo legado”. Deixou nada! Em seis anos ele privilegiou sua confraria e foi eliminado por duas seleções de segunda linha do futebol mundial: Bélgica e Croácia. Pare de fazer média e não se curve a Neymar. Daqui a pouco ele estará te dando ordens, como fez com o fracassado Tite. Acho curioso que com Tchê Tchê, que não tem nome, você o chamou de “mascaradinho”. Com Neymar, você só falta carregar água na peneira! Tenha personalidade e assuma seu papel de técnico, sem se tornar refém desses caras. Eles fracassaram em três Mundiais e podem até “pedir música no Fantástico.” E se levar Neymar e cia para a Copa de 2026 eles vão se igualar a Thiago Silva, com quatro fracassos em Mundiais. Estou avisando com dois anos e meio de antecedência.

Pelo seu começo, privilegiando esses engodos, confesso que já me arrependi de tê-lo sugerido à CBF. É que sou saudosista e gosto do toque, do drible, da tabela e do gol, e sempre vi isso nas suas equipes, mesmo com material humano limitado. Sei o que significa o cargo de técnico da CBF, pois nos últimos 40 anos acompanhei de perto o trabalho de cada um deles. Viagens em primeira classe a bordo das aeronaves mais modernas do mundo, hotéis 6 estrelas, caviar, champagne e jogos na Europa in loco. É um cargo espetacular, sem contar o alto salário. Não se apegue a isso para garantir seu emprego. Se apegue ao futebol de qualidade, que o brasileiro tanto sonha e que anda tão distante de nós. Se for apenas para ser mais um Tite, que você tenha a dignidade de pedir demissão. Como não acredito na vinda de Ancelotti, estou apostando na sua manutenção, mas se não mudar os velhos hábitos, deixados por seu antecessor, nada feito, você será apenas mais um.


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