A empresa Bepass, de propriedade de Ricardo Cadar, pioneira em reconhecimento facial no Brasil, está ganhando espaço nos estádios do país. Por determinação do governo federal, a CBF terá que pressionar os clubes a instalarem o dispositivo, que identifica aquele torcedor que entra nos estádios, que facilita o acesso e que acaba com os cambistas. O processo é novo, espetacular, e já permitiu que a polícia prendesse aquele torcedor do Flamengo, que teria atirado a garrafa que matou a torcedora do Palmeiras, durante um jogo do Brasileirão deste ano, no turno. Ele foi identificado através do sistema usado pela Bepass, no Allianz Parque, que está totalmente automatizado com o reconhecimento facial. É um dos “remédios” para acabar com a violência nos estádios de futebol, que já ceifou várias vidas e que envergonha o país, com imagens recorrentes, que correm o mundo.
O sistema é inteligente e rápido e foi desenvolvido por Ricardo Cadar, um dos sócios da empresa, com muito critério e carinho. Há tempos ele vem estudando uma forma de coibir a violência no futebol e de fazer com que o acesso aos estádios seja mais seguro e rápido. Vale lembrar que os dados dos torcedores ficam sob sigilo dos clubes e não há vazamento, a não ser que uma autoridade necessite, como foi o caso do crime no estádio do Palmeiras. Vivemos problemas graves, principalmente com as chamadas torcidas organizadas, que vivem matando e morrendo, desrespeitando a sociedade de bem. É preciso dar um basta nisso e, já que as autoridades parecem impotentes, o reconhecimento facial será mais um dispositivo para coibir essa violência. Todos que estiverem dentro dos estádios estarão identificados pelo sistema, e vão pensar dez vezes antes de cometer qualquer ato de vandalismo, briga ou crime.
A CBF determinou que Flamengo e Fluminense acelerem o processo para o reconhecimento facial no Maracanã, que é administrado pelos dois clubes. A Bepass já está com conversas adiantadas e trabalhando para agilizar esse processo. É uma realidade que estará presente nos grandes estádios brasileiros. A realidade no Allianz é bastante satisfatória, com a entrada bem rápida do torcedor, que tem sua face reconhecida tão logo a põe diante da máquina. Há vários vídeos correndo na internet, fazendo a demonstração. O clube paulista, pioneiro no conceito, está satisfeito e os tumultos e confusões nas imediações e dentro do estádio praticamente acabaram. É uma das grandes soluções para o momento conturbado e violento que vivemos, principalmente pelo horário dos jogos.
Ricardo Cadar, deu entrevista a nossa coluna e foi taxativo. “A lei geral do esporte deu um prazo de dois anos para que os estádios de futebol, com capacidade acima de 20 mil pessoas, utilizem obrigatoriamente a biometria facial como meio de acesso. Outra coisa importante foi a assinatura, na quarta-feira, do acordo entre CBF e Ministério da Justiça, para que os clubes tenham acesso a base do Ministério da Justiça, para evitar a entrada de pessoas procuradas pela Justiça em estádios de futebol. Vale lembrar que nós já estamos fazendo isso no Palmeiras há mais de três meses, com resultados extremamente positivos no combate a violência.” Para finalizar, Ricardo Cadar, sócio-proprietário da Bepass, garante que sua empresa está em negociação com os principais clubes brasileiros, e pretende fazer uma expansão internacional da solução.
Nós percebemos que estamos caminhando para acabar com essa vergonhosa briga de gangues nos estádios, para que tenhamos finalmente paz e que o pai possa levar seu filho em segurança, voltando para casa da mesma forma. São soluções como essa da Bepass que podem determinar um novo caminho para o esporte mais popular do Brasil. Todo dirigente sério, que não dá ingresso, não paga sala alugada e conta de telefone celular de “facções organizadas” vai adotar o novo sistema de reconhecimento facial. E, ainda que não queira, será obrigado por força da lei. Finalmente, uma grande notícia para os torcedores do bem, que querem apenas frequentar um estádio de futebol, torcer pelo seu time e voltar para casa em segurança.