Quando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, assumiu o cargo, prometeu transparência, lisura, decência e competência. Até aqui, tem feito exatamente o que prometeu, num trabalho de resgate da imagem da entidade, arranhada por escândalos nos últimos tempos. Não quero aqui julgar A ou B. É pra frente que se anda e Ednaldo tem dado passos de qualidade, visando o engrandecimento dos clubes, das seleções e mostrando austeridade em suas decisões. A campanha antirracismo, a abertura da CBF para ex-jogadores, clubes e imprensa são marcos de sua gestão, e a sociedade de bem agradece. A CBF é uma entidade privada, mas com caráter público, e Ednaldo sabe muito bem disso, tanto que lá não há nada camuflado ou escondido. Ele gere a entidade com a transparência que é exigida.
Em suas mãos, a Seleção Brasileira feminina teve o que jamais as jogadoras imaginavam que teriam: avião fretado para levá-las ao Mundial, o mesmo hotel resort onde ficamos em 2000, na Olimpíada de Sidney, com os marmanjos, e toda a infraestrutura necessária. O fracasso ficou por conta da incompetência da treinadora Pia Sundhage e de algumas meninas que não corresponderam. Bom baiano que é, Ednaldo não fez alarde, trocou a treinadora e prometeu uma equipe bem mais forte na Olimpíada de Paris. Aliás, Ednaldo é calejado em comandar, pois durante os anos em que esteve a frente da Federação Baiana de Futebol o fez com maestria, sem escândalos e com a mesma mão de ferro que comanda a CBF. Vejam que as manchetes de jornais e TVs mudaram em relação a entidade. Só vemos coisas boas e avanços, e era isso que todos queríamos. Gosto de elogiar no mesmo tom da crítica e, nesse momento, enaltecer o que está sendo feito de bom é o caminho.
Ednaldo garante estar acertado com o técnico italiano Carlo Ancelotti, que assumiria em junho de 2024. Se realmente conseguir isso, será fantástico, pois a torcida brasileira sonha com a chegada do treinador. Porém Fernando Diniz ainda é o meu preferido, por sua postura tática ofensiva e por nos devolver aquele futebol pentacampeão do mundo. Ancelotti é da escola italiana, e a retranca é a máxima. Claro que dirigindo o maior time do mundo, o Real Madrid, não há como ser retranqueiro. Quando dirigiu Napoli, Parma, Everton, da Inglaterra, por exemplo, seu trabalho não apareceu. Vale lembrar que ninguém faz boa limonada sem bons limões. Com time qualificado, ele ganhou 4 Champions League, duas com o Milan e duas com o Real Madrid. Algo me diz que ele não virá e que Diniz será efetivado.
O importante é dizer que o presidente Ednaldo Rodrigues está pensando alto, em ter o que há de melhor, e isso é mais um ponto positivo de sua gestão. Levou de volta o craque Rodrigo Paiva, diretor de comunicação social, que fala seis idiomas e tem penetração no mundo todo. A CBF está redondinha, com dinheiro em caixa para dar suporte as várias divisões de seleções, com patrocínios em alta e com a credibilidade que uma confederação precisa ter. Este trabalho atende pelo nome de Ednaldo Rodrigues, coerente, competente e, acima de tudo, transparente. Essa é a nova CBF e o povo brasileiro agradece. Falta resgatarmos o amor do povo pelo time canarinho, abalado desde os 7 a 1. Mais uma missão para esse bom baiano, que tem surpreendido positivamente, e que dá uma nova versão a entidade maior do nosso futebol. Meu caro Ednaldo, amigo de quase três décadas, o meu elogio é do mesmo tamanho da crítica, mas, desde que assumiu o cargo, você está levando nota 10. E que continue assim para o bem do futebol brasileiro. Os torcedores do bem agradecem.