Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Fábio e Diniz pertinho da maior conquista de suas carreiras

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Há tempos eu elogio o trabalho de Fernando Diniz, por vê-lo diferente da mesmice de treinadores retrógrados e ultrapassados. O técnico do Fluminense pensa o futebol pra frente, de toques, dribles, tabelas e gols. Mandei mensagem ao presidente da CBF sugerindo seu nome, tão logo Tite foi demitido. Muitos colegas dizem que Diniz não tem títulos na carreira. É verdade, mas isso não o diminui, pois a qualquer momento, vai se sagrar campeão e a Libertadores é o caminho mais natural.




 
Seu time chegou à final com uma vitória maiúscula dobre o Inter, no Beira Rio, com os talentos de Ganso, John Kennedy e Cano, o artilheiro da competição e do Brasil na temporada. Ronaldo e Romário não ganharam Champions League e nem por isso deixaram de ser dois gênios da bola. Detalhes tiram e dão um título a um técnico ou jogador.
 
Vejam o exemplo de Eduardo Coudet. Chegou ao Inter e pegou terra arrasada. Com seis contratações, entre elas a de Valencia, levou o time gaúcho à semifinal da Libertadores, abriu 1 a 0 no jogo de volta e estava na final até os 36 minutos, quando John Kennedy marcou o empate do Flu. Antes, Valência, responsável por levar o Inter à semifinal, com atuações e gols importantes, havia perdido três chances de matar o jogo, cara a cara com Fábio. Cabeceou, da marca do pênalti, para fora, recebeu um lançamento e perdeu a passada diante de Fábio, chutando para fora.
 
Vejam que o herói de outros jogos se torneou o vilão. So não me venham culpar Eduardo Coudet, pois ele deu um nó tático em Diniz, principalmente no primeiro tempo. O Inter esteve perto da perfeição. Coudt não entra em campo para chutar em gol. O que ele fez, e com competência, foi montar um belo esquema de jogo, que funcionou até os 36 minutos do tempo final. Mas, é mais fácil culpá-lo. A corda sempre arrebenta do lado do treinador.




 
O futebol é emocionante justamente por isso, pelo imponderável. Eu disse, comentando o jogo para a Rádio de Pai para Filho, do meu amigo Nílson César, que o ganhador de Inter x Flu seria o campeão da Libertadores. No Maracanã, diante da torcida tricolor, com Cano inspirado, acho difícil o Fluminense perder. Como torço para Fábio, “paredão tricolor”, ser campeão da competição. Em 2008, ele esteve pertinho, mas o Cruzeiro sucumbiu diante do Estudiantes, de Veron.
 
Quatorze anos depois, Fábio, que é tão religioso e correto, terá nova chance, dia 4 de novembro. Se os “deuses do futebol” estiverem no Maracanã, vão premiar essa lenda, essa legenda chamada Fábio, um dos maiores goleiros que vi jogar, que aos 43 anos é como um vinho nobre, quanto mais velho melhor. O Fluminense acertou em renovar com ele até 2025. Serão mais dois anos desse longevo goleiro, com uma carreira vencedora. Seria fechar com chave de diamante, uma conquista da Libertadores. Fábio merece!

Pretendo estar no Maraca, dia 4, para ver o Fluminense campeão. Para Fernando Diniz, começar a coleção de taças com o título mais importante da América do Sul terá um grande peso. Isso dará a ele respaldo para continuar seu trabalho na Seleção Brasileira. Conforme eu já escrevi e gravei no meu canal de YouTube, JaeciCarvalhoEsportes, acho Ancelotti um baita treinador, mas prefiro a arte, o toque, o drible e o gol que Diniz tanto privilegia.
 
Claro que, dirigindo o Real Madri, Ancelotti não consegue ser defensivo, por mais que queira. Sabemos que a escola italiana privilegia a marcação. Ancelotti não deu certo em clubes menores, pois sem bons limões não se faz uma boa limonada. Por mais que o técnico seja competente, é preciso ter time e grupo a altura. É o caso de Guardiolla. Deem a Roma para ele dirigir e ele não será campeão de nada. Com dinheiro e estrutura, tudo fica mais fácil, pois o clube pode contratar os melhores jogadores do mundo. É isso o que acontece com o Manchester City e o Real Madri. Boa sorte, Diniz e Fábio. O Fluminense merece e vocês dois também.