“Mentiroso e sem palavra”, como ele mesmo disse que deveria ser chamado se aceitasse dirigir algum time no Brasil em 2023, Tite foi apresentado aos jogadores e demais funcionários do Flamengo, no Ninho do Urubu. Não me importa quais os motivos o fizeram assumir uma equipe brasileira nesta temporada, fato é que sondou vários clubes do mundo, que fecharam a porta na sua cara. Primeiro porque dirigentes sérios não acreditam num técnico que ficou seis anos à frente da Seleção Brasileira e deixou um trabalho pífio, terra arrasada, além de ter largado os jogadores, chorando em campo, na eliminação para a Croácia, na Copa do Catar, e ter desertado para o vestiário. O comandante é sempre o último a abandonar barco, diz a regra, mas Tite nunca cumpriu a regra. Largou o navio e seus comandados. Segundo, porque não fala nenhuma língua a não ser o “titês”, que soa pessimamente aos nossos ouvidos.
Mas ele foi para o clube certo. O presidente Landim, Marcos Braz e Spindel são péssimos gestores, gastaram R$ 50 milhões em multa de técnicos e fizeram contrato com o “mentiroso” até 2024. Segundo consta, ele teria pedido R$ 2,5 milhões mensais, o que vai significar uma multa astronômica em caso de demissão. E sabemos muito bem que quem demite ou contrata treinador no Brasil é a torcida. Aliás, todos rezamos para que 2024 passe rapidamente, para que Landim e sua trupe tenham a bunda chutada para fora do Flamengo. O vice-presidente geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee, apagou um post no qual havia detonado Tite após a eliminação do Brasil na Copa. O torcedor resgatou e o post está aí na internet para quem quiser ver. Claro que haverá desculpa para tudo, pois o futebol é uma caixa de mentiras e fakes, mas quem quer a coisa reta de verdade não vai concordar com o que estão fazendo com o rubro-negro.
Me abstive de torcer pelo meu time nesta temporada. Não concordei com a injusta e covarde demissão de Dorival Júnior, nem com a contratação de Sampaoli. Também discordo da contratação de Tite, embora ache que, se houver comando da parte dele, o time poderá ser campeão. Os jogadores precisam muito mais de um gestor de grupo do que propriamente um técnico com esquema retrógrado e ultrapassado como ele. Se jogar as camisas para o alto e os jogadores quiserem jogar o que sabem, o grupo rubro-negro ainda tem a melhor qualificação do Brasil. Com seu “titês”, o “encantador de serpentes” poderá conseguir até alguma coisa. Nada, porém, vai apagar seu fracasso na Seleção Brasileira sendo eliminada por duas seleções de segunda linha do futebol mundial, Bélgica e Croácia.
O “Mentiroso e sem palavra” – repito, ele mesmo disse que deveria ser chamado assim, caso assumisse algum clube brasileiro na temporada – ainda rebaixou o Atlético em 2005, sujando a imagem desse glorioso clube. Eu já disse que a única profissão do mundo em que o cara “cai pra cima” é a de técnico de futebol. Se você for um engenheiro, rui, um médico incompetente, um advogado fraco, não conseguirá emprego em lugar nenhum. Já no futebol, o técnico faz péssimo trabalho num clube e é contratado por outro, ganhando até mais do que ganhava. Inexplicável isso! Não vou desejar boa sorte ao novo técnico do Flamengo, pois não gosto do seu esquema de jogo e de seu “titês”. Como já escrevi e gravei várias vezes, eu torço é pela minha família. E vejam bem: estou criticando o treinador, jamais a pessoa, pois não o conheço e nem quero conhecer. O futebol brasileiro está doente, justamente por essas pessoas que têm como filosofia a marcação, a porrada, matar a jogada e retrancar. Eu prefiro a arte de Fernando Diniz: “toca, tabela, dribla, improvisa, faz o gol”. Se o atual técnico do Flamengo for campeão, será pelo mérito dos jogadores, jamais por sua “competência”. Será que na coletiva alguém terá coragem de chamá-lo de “mentiroso e sem palavra”, como ele mesmo determinou, no vídeo que gravou? Se quiserem saber mais sobre Tite, perguntem ao artilheiro Luizão, que trabalhou com ele no Grêmio.