A revista “France Football” anunciou os vencedores da Bola de Ouro, em cerimônia, em Paris, na segunda-feira. Um “tal” Lionel Messi, ou se preferirem “ET”, ganhou pela oitava vez, de forma merecida, principalmente pela conquista da Copa do Mundo do Catar em 2022. Messi nos brinda há duas décadas com dribles, toques, jogadas e gols geniais. Ganhou tudo na carreira e, pela primeira vez, põe um time norte-americano em Paris. Sim, ele é jogador do International Miami e recebeu o prêmio das mãos de um dos donos do clube, o inglês David Beckham. Já contei aqui neste espaço que, na final contra a França, toda a imprensa brasileira, sem exceção, estava torcendo por Messi, para que fechasse sua carreira com chave de diamante. Não pela Argentina, mas, por consequência, acabamos todos torcendo pelos hermanos. Só Messi ou Maradona seriam capazes disso. Fazer um brasileiro torcer pela Seleção Argentina. Eu torci, vibrei, me emocionei e chorei. Messi merece todos os aplausos, homenagens.
E quando pensávamos que seria sua despedida da seleção ele continua jogando as Eliminatórias Sul-Americanas e garante que estará nos Estados Unidos para a Copa América de 2024. Ele foi campeão da competição em cima do Brasil, em 2021, no Maracanã, atropelando Neymar e cia. Será que esse “ET” ainda vai nos brindar na Copa de 2026, também nos Estados Unidos? Seria sua quinta Copa do Mundo, e eu não duvido. Ainda mais jogando em Miami, seria uma grande atração para o evento, que deverá ser pobre, tecnicamente, pelo excesso de seleções, 48, com 104 jogos. A Fifa privilegia a quantidade em detrimento da qualidade. Uma vergonha que o mundo do futebol aceita, sem questionar. Quando o Mundial tinha 16 seleções eram grandes jogos a cada rodada. Passou para 24 e foi aceitável, ainda com a parte técnica intacta. Com 32 seleções, o nível caiu assustadoramente. Agora, com 48 equipes, teremos jogos sofríveis e que darão sono até no torcedor mais otimista. Gianni Infantino, presidente da Fifa, acha que a entidade é banco ou instituição financeira. Quer ter dinheiro, muitos milhões de dólares em caixa. Mas isso é assunto para uma outra coluna.
Além de Messi, tivemos nosso craque Vini Júnior ganhando o Troféu Sócrates, que homenageia atletas que têm causas sociais e que ajudam crianças. Vini Júnior tem o seu instituto e, além disso, luta por uma causa que é de todos nós: contra o racismo. Ele tem sido perseguido de forma cruel na Espanha, onde quer que jogue. Não precisa ser negro para ser antirracista. Todos nós temos o dever de lutar por essa causa, apontar os racistas e entregá-los às autoridades para que sejam punidos com os rigores da lei. Uns 10 anos de cadeia ou prisão perpétua estariam de bom tamanho para condenar esses covardes. Vini Júnior tem o nosso apoio na sua luta, pois é um garoto humilde, humano ao extremo, que mesmo tendo saído da favela, como declarou ao receber seu troféu, procurou seguir o caminho do bem. “É improvável que alguém saia da favela e conquiste seu espaço no mundo. Eu consegui e vou lutar contra o racismo e contra os racistas”. Vini Júnior, além de ter ótima educação e berço, tem como agente o mineiro Frederico Penna, que é filho de dois médicos, estudou na Escola Americana de BH e cuida do Vini como cuida de um filho. O orienta em tudo, por isso o atleta é um cara do bem, além de um craque, que tem encantado o mundo. Parabéns, Vini Júnior, esse troféu é o primeiro de muitos. Com seu talento, sua garra, perseverança e humildade você irá longe. O Brasil conta com você como protagonista em 2026, na Copa do Mundo.
Enfim, foi uma segunda-feira especial. Messi sendo coroado como o melhor de todos. Confesso que no Século 21 ele é imbatível. Genial, “ET”, fora de série, craque, enfim, todos os adjetivos serão poucos para decifrar Lionel Messi. Que sorte dos argentinos! E a coroação de Vini Júnior é mais uma força para sua, para a nossa luta contra o racismo, crime hediondo e terrível. Valeu, Vini. Que Deus continue a te acompanhar e que você mostre ao mundo que somos um povo só, uma raça só, como sempre sonhou e escreveu o Beatle, John Lennon, na canção “Imagine”.
Novembro azul
Começa hoje a campanha do Novembro Azul, para que os homens com idade acima dos 40 anos façam o exame de próstata para detectar ou não o câncer. Eu faço todos os anos com o doutor Carlos Corradi, papa da urologia. Deixem o preconceito de lado e procurem seu médico. O câncer, descoberto precocemente, tem cura em 95% dos casos. Obrigado doutor Carlos Corradi e seu filho Renato, outro craque no assunto. Em julho fiz meu exame. Tenho mais um ano de tranquilidade, até a próxima consulta.