É claro que “amanhã, há de ser outro dia”. Enquanto não chegamos lá, pelo menos compartilhemos o que há de luminoso nessa nossa nação, hoje com medo do que virá. Que honra para o Brasil se o excelente cidadão, cientista e inexcedível ministro da Agricultura Alysson Paolinelli receber o Prêmio Nobel da Paz em razão da “revolução verde” que liderou e que nos permitiu reinventar o agro do Brasil na forma do esplendor do agronegócio.
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O Palácio do Planalto deveria se mirar nas lições do ChileLula candidato em 2022. Polarização à vista?Pacheco é desafiado a se posicionar diante da 'agenda do ódio' de BolsonaroPaolinelli, cidadão do mundo, talvez seja quem mais e tão decisivamente contribuiu para a comunidade humana pôr um fim à fome no mundo.
Além das equipes de cientistas do Instituto Butantan e da Fiocruz, universidades federais brasileiras reúnem excelência científica suficiente para a descoberta e testagem de novas vacinas.
Grupos de cientistas de excelência estão se constituindo, também, como núcleos de liderança à frente de empresas em formação para a produção de fármacos biotecnológicos de alta complexidade produtiva.
A questão é: por que o excelente programa nacional de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) que envolvem a cooperação entre empresa nacional, um laboratório nacional e público de pesquisa e empresa(s) farmacêuticas externas ainda não encontrou o lugar ao sol definitivo que estabeleça as PDPs como iniciativa “portadora de futuro” do desenvolvimento do país?
Até quando permanecerão em estado de contínua perturbação e incerteza, ao sabor seja de mudanças no ministério ou de mudanças de governo, uma vez que o assunto PDP ainda não foi fixado institucionalmente como política de Estado?
Por ano, o país importa fármacos biotecnológicos em valor equivalente a US$ 5 bilhões. Boa parte dessas importações já poderia ter sido substituída e internalizada.
Que as amargas e trágicas lições da pandemia resultem, em definitivo, em lições aprendidas, ainda que na dor cruel de 300 mil vidas perdidas, tanto mais se sabendo que a metade delas poderia ter sido salva.
“Descobrimos” que na nação brasileira havia 37 milhões de “invisíveis” para o Estado, os governos e a sociedade. Não bastasse a estrutura de desigualdades, a pandemia e o desgoverno federal produziram mais pobreza e indigência. Miséria, fome e pobreza: o manto de chumbo que a nação carrega sobre os ombros.
Que daí resulte um clamor verdadeiro por mudanças e reformas redistributivas com direção e parte integrante de um projeto nacional de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, elevação da produtividade e consolidação de um “estado do bem-estar social”.
A propósito, devemos todos nos inspirar em dois edificantes e magníficos exemplos de solidariedade que se encontram em ato no meio de nós, como nação: a heroica e generosa dedicação dos profissionais da saúde, incluído o pessoal que faz a limpeza das enfermarias e das UTIs nos hospitais e nas UPAs, e a exemplaridade dos pobres que, nas favelas e nas periferias, tiram da própria casa para que o vizinho e família tenham alguma comida.
Esse é o dia a dia de sobrevivência.
A pandemia e a completa ausência de um Ministério da Educação impuseram a 40 milhões de alunos e 200 mil escolas de educação básica pública uma situação de nenhuma orientação e de descoordenação e uma completa escassez de ideias e de ação.
Há mais de um ano os alunos não dispõem, em geral, da oportunidade do acesso a aulas de alto padrão didático mediante o uso de tecnologias digitais.
Estima-se que o pouco que avançamos em aprendizado na educação básica nos últimos 10 anos já terá sido perdido nesse mais de ano de paralisia decisória do governo federal. Portanto, desafia-nos, urgentemente, o gravíssimo problema do retrocesso no aprendizado e na alfabetização.
A nação precisa e precisará que o professorado brasileiro da educação básica siga os passos dos profissionais da saúde no que concerne a compromisso, abnegação, coragem moral, aprender rápido enquanto faz acontecer o uso contínuo das tecnologias digitais aplicadas à educação e aplicar a nova didática com enfoque no aprendizado que reúne o conhecimento e o saber fazer.
Mais que nunca, a prática do magistério e da gestão de escola exigirá novos aprendizados, destrezas técnicas e paixão.