País localizado ao leste dos Himalaias, desde o início dos anos 70, o Butão reconhece o valor da felicidade nacional sobre a renda (produto interno bruto). Como forma de reconhecer a relevância da felicidade na vida dos seres humanos em todo mundo, em 2013 a ONU - Organização das Nações Unidas criou o Dia Internacional da Felicidade. Em 2015, a ONU lançou os 17 ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, uma agenda mundial para o crescimento econômico que busca o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza e redução da desigualdade - três aspectos essenciais que levam a felicidade e o bem-estar de todo o planeta.
Pesquisas como o Relatório Mundial da Felicidade, uma medição publicada pela ONU, indicam que adultos com atuação voluntária apresentam índices de qualidade de vida bem superiores aos demais. O ato de ajudar tem efeitos psicológicos positivos, gera mais alegria e contribui para que nos tornemos pessoas cada vez melhores.
Segundo definição das Nações Unidas, "voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e o seu espírito cívico, dedica parte de seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos...". Se você tem o interesse em desenvolver um trabalho como voluntário e não sabe como começar, aconselho dois passos iniciais:
- Descrever quais são suas habilidades e de que maneira você poderá usá-las para melhorar a vida de quem precisa;
- Buscar uma OSC - Organização da Sociedade Civil, a nova denominação para entidades privadas, sem fins lucrativos, tais com associações e fundações, cunhada no Marco Regulatório do Terceiro Setor em 2014 no Brasil.
Há várias formas e tamanhos de trabalhos voluntários, considere fazer uma lista de quais são os que se encaixam melhor para você. Existem trabalhos pontuais como ajudar num evento ou participar de um mutirão de distribuição de cestas básicas ou agasalhos. Existem trabalhos recorrentes como cuidar do financeiro de uma instituição, dar mentoria para jovens empreendedores mensalmente, colaborar com mães puérperas e seus bebês, oferecer oficinas semanais de artes, esporte ou tecnologia para idosos.
Existe o voluntariado corporativo ou empresarial, empresas incentivam seus funcionários e colaboram para que possam praticar o voluntariado. Existe até o volunturismo: a união do turismo com o trabalho voluntário, onde você oferece seu tempo e trabalho em organizações no Brasil ou no exterior em troca de hospedagem e de uma experiência local.
Existe o voluntariado corporativo ou empresarial, empresas incentivam seus funcionários e colaboram para que possam praticar o voluntariado. Existe até o volunturismo: a união do turismo com o trabalho voluntário, onde você oferece seu tempo e trabalho em organizações no Brasil ou no exterior em troca de hospedagem e de uma experiência local.
Outra maneira de se fazer o bem é contribuir com recursos materiais e / ou financeiros para aqueles que precisam ou para as OSCs que podem garantir o melhor destino para sua contribuição. Quem tem fome, tem pressa! Frase do Betinho que definiu a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida nos anos 90 e se transformou no mais reconhecido movimento social do Brasil.
O trabalho voluntário em nosso país começou no Brasil em 1543 com a fundação da Santa Casa de Misericórdia, na cidade de Santos - SP. Devido a sua importância, no dia 28 de agosto é celebrado o Dia do Voluntário no Brasil. Uma ótima oportunidade para nos inteirarmos das causas, de projetos e programas oferecidos pelas organizações e refletirmos a maneira de como poderemos doar ao próximo.
A história da Rebeca Andrade, que obteve duas medalhas nos jogos olímpicos de Tóquio, prata e ouro na ginástica artística feminina, tem muito a ver com as OSCs. A nossa ginasta começou a carreira aos 4 anos num projeto de iniciação esportiva da prefeitura de Guarulhos. Outros atletas começam a sua iniciação em OSCs que fomentam práticas esportivas como prevenção de riscos que enfrentariam, tais como criminalidade, uso de drogas, situação de rua, mendicância, abuso sexual, violência doméstica, dentre outros.
Em Belo Horizonte, na medida do possível, a Juventude Reversa tenta contribuir com três OSCs sérias, que mesmo com as mais diversas dificuldades, vem se propondo a transformar vidas de crianças por meio do esporte: a "Dynamis Social" pelo tênis de quadra, os "Jovens Estrelas" em lutas marciais e o "Bom na Bola, Bom na Vida", uma referência nacional em atividades esportivas em equipamentos públicos. Com doações mensais de R$50,00 (cinquenta reais) por criança, essas organizações fazem verdadeiros milagres para o bem de toda a comunidade. E, quem sabe, conseguirão despertar a semente de novas Rebecas para o nosso país, afinal o talento é algo universal, as oportunidades nem sempre são.