Segundo as Nações Unidas, atualmente, 3,5 bilhões de pessoas vivem nas cidades, o que equivale à metade da população mundial. Esse número pode chegar a 5 bilhões até 2050. Estima-se que o número de pessoas acima de sessenta anos dobre até 2050, ou até mais do que isso.
A população idosa está crescendo muito mais rapidamente do que qualquer outro segmento populacional, o que ocorre em quase todos os continentes, salvo na África.
Na África, diferentemente, predomina a população jovem, com média de 19 anos. Em Uganda, a idade média é de 16 anos, a expectativa de vida é de 63 anos e apenas 2% da população tem 65 anos ou mais. Em termos de comparação, a idade média no Canadá é de 41 anos, a expectativa de vida é de 82 anos e cerca de 18% da população tem 65 anos ou mais.
No Brasil, por sua vez, o aumento da população idosa tem sido muito mais intenso do que no cenário global. De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quase um quinto da população brasileira é composto por pessoas com 60 anos ou mais.
Embora o envelhecimento da população brasileira não seja um fenômeno recente, pouco se fala na demanda por ILPI - Instituições de Longa Permanência – ou asilo, abrigo, retiro ou casa de acolhimento.
Faltam asilos para idosos no País! A utilização da expressão ILPI foi iniciada pelas comissões especializadas da SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, correspondendo ao termo Long Term Care Institution.
Onde estão, quantas são, de quem cuidam e como cuidam as ILPIs? Faltam pesquisas de caráter nacional sobre as modalidades de cuidado não familiar disponível para a população idosa. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, de 2011, descobriu que apenas 0,5% da população com mais de 60 anos estava em uma ILPI. São ainda muito poucas as ILPIs.
Ao mesmo tempo, a quantidade de familiares que antes cuidavam dos mais velhos tem diminuído.
Morar sozinho tem seus atrativos, mas à medida em vamos envelhecendo ocorrem certas mudanças fisiológicas e cognitivas inevitáveis. O envelhecimento traz consigo diferentes demandas, como a necessidade de manter-se em atividade e participar da sociedade. Penso que a tecnologia é indispensável para promover a inclusão dos idosos.
Caso você precise de recursos operacionais e tecnológicos para transformar o seu lar e a sua vida, listo algumas dicas:
- Comece pela identificação dos processos antes de começar a usar a tecnologia. Descubra as suas próprias limitações e riscos, o que de fato envelhece com você. Não vá retirando tapetes e móveis pelo caminho, nem coloque de imediato a barra de apoio no banheiro. Talvez seja útil prender o tapete debaixo de um sofá e retirar um ou outro móvel. Mas vá com calma.
- Contrate a melhor conexão de dados, ninguém merece ter problemas de acesso à internet.
- Procure conhecer todas as possibilidade e facilidades que a automação pode te proporcionar. Entenda precisamente o que significam as diferenças entre as suas necessidades e os seus desejos. Serviços mais completos, daqueles que deixam tudo à mão, podem não se ajustar ao seu orçamento. Melhor do que permanecer sedentário, contrate um serviço que caiba no seu bolso.
- Explore os recursos que seu smartphone já possui de fábrica. Comece pelo menu acessibilidade, escolha o símbolo de uma engrenagem e organize os ícones do seu visor. À medida em que você vai praticando, mais fácil de dominar o manejo dos recursos. Transforme a sua vida com o uso da tecnologia, não tenha medo. É muito mais fácil do que você imagina e tenho certeza de que se surpreenderá com os aplicativos disponíveis.
- Contrate um profissional para o seu projeto. Alinhe com ele o que de fato faz sentido para a sua vida.
Que a longevidade esteja sempre em pauta e que o uso da tecnologia seja empregado na conquista da felicidade.