Devido à pandemia, o trabalho remoto foi bem aceito tanto por empregados quanto por
empregadores e grande parte das empresas se mostrou satisfeita com o resultado. Com a
pandemia de COVID-19 se exaurindo, aos poucos a sociedade entra na era pós-pandemia e
ensaia a volta à “normalidade”.
Uma das questões atuais que pontuam no mercado de trabalho diz respeito à necessidade de
se reestabelecer o trabalho presencial em todas as funções. Há funções que podem ser
exercidas remotamente, outras poderiam apenas em parte, e há funções que de modo algum
podem ser desempenhas à distância por conta da sua própria natureza. Há um meio termo
que tem ganhado força: o modelo de trabalho híbrido, que consiste na alternância entre o
trabalho em casa e o presencial. Mas, será que o mundo corporativo está preparado para
conviver com a diversidade geracional dentro das empresas nesse momento pós-pandemia?
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diferentemente do que ocorria há trinta ou quarenta anos atrás. Na outra ponta, há os
profissionais da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).
Segundo um artigo da BBC WorkLife, essa geração entrou no mercado de trabalho numa época em que a flexibilidade fazia parte da rotina e a comunicação digital sempre esteve onipresente. Esses profissionais mais jovens não teriam dificuldades em realizar tarefas específicas de forma remota e independente, mas suas habilidades multifuncionais podem estar menos desenvolvidas.
Segundo a reportagem da BBC, alguns especialistas acreditam que os profissionais mais jovens, ao serem mantidos em ambientes virtuais, deixam de obter indicações vitais que orientem o seu comportamento
Segundo um artigo da BBC WorkLife, essa geração entrou no mercado de trabalho numa época em que a flexibilidade fazia parte da rotina e a comunicação digital sempre esteve onipresente. Esses profissionais mais jovens não teriam dificuldades em realizar tarefas específicas de forma remota e independente, mas suas habilidades multifuncionais podem estar menos desenvolvidas.
Segundo a reportagem da BBC, alguns especialistas acreditam que os profissionais mais jovens, ao serem mantidos em ambientes virtuais, deixam de obter indicações vitais que orientem o seu comportamento
profissional. Isso ocorre devido à ausência das experiências típicas de um escritório, em que
até mesmo as conversas casuais e as observações informais que os colegas trocam entre si
contribuem para a criação de uma cultura profissional. Os jovens certamente teriam muito o
que aprender no trabalho presencial, sobretudo por meio da interação com os mais velhos, os
quais detém maior experiência acumulada.
O desenvolvimento de habilidades multifuncionais se faz necessário para que um profissional
tenha uma visão estratégica de toda a organização. Daí a importância de programas de
mentoria reversa nas empresas, uma metodologia de ensinamento e aprendizado de mão
dupla.Tal metodologia permite aos jovens desenvolver principalmente algumas habilidades
necessárias ao exercício de papéis de liderança.
Competências comportamentais (soft skills) estão relacionadas às habilidades cognitivas, emocionais e sociais. São, geralmente, adquiridas por meio das experiências vivenciadas ao longo da vida e não em livros e treinamentos.
Competências comportamentais (soft skills) estão relacionadas às habilidades cognitivas, emocionais e sociais. São, geralmente, adquiridas por meio das experiências vivenciadas ao longo da vida e não em livros e treinamentos.
Alguns exemplos de ganhos em inteligência emocional dizem respeito ao desenvolvimento de
sentimentos como empatia, capacidade de escuta, consciência da linguagem corporal e
autoconsciência para a compreensão das próprias emoções e das pessoas ao redor.
Para os mais velhos, a interação com os mais jovens demonstra que há conhecimentos que vão muito
Para os mais velhos, a interação com os mais jovens demonstra que há conhecimentos que vão muito
além de se saber lidar com Tiktok, Instagram e Bluesky. A geração Z nasceu “digital”. Os jovens
são mais familiarizados com tecnologias e metodologias que facilitam a comunicação com
equipes.
Inúmeros estudos revelam que a convivência de diferentes pontos de vista dentro de uma
mesma equipe gera maior produtividade, mais inovação e, consequentemente, mais lucro para as organizações. A convivência entre jovens e velhos no ambiente de trabalho ( e também fora
dele) é, portanto, bastante proveitosa para todos.
O etarismo, que é a discriminação por idade, embora na maior parte das vezes seja voltado para homens e mulheres mais velhos, atinge qualquer faixa etária, dos mais jovens aos mais idosos. É preciso afastar o etarismo, que afeta a todos, e o incentivo à convivência plural tem o condão de remover muitos obstáculos e de criar oportunidades de inclusão. Todos envelhecemos, todos nós, sem exceção.
O etarismo, que é a discriminação por idade, embora na maior parte das vezes seja voltado para homens e mulheres mais velhos, atinge qualquer faixa etária, dos mais jovens aos mais idosos. É preciso afastar o etarismo, que afeta a todos, e o incentivo à convivência plural tem o condão de remover muitos obstáculos e de criar oportunidades de inclusão. Todos envelhecemos, todos nós, sem exceção.