Jornal Estado de Minas

JUVENTUDE REVERSA

Reunião de Cúpula do G7 2023: um encontro de diferentes gerações

Entre os dias 19 e 21 de maio, em Hiroshima (Japão), ocorreu a Cimeira anual do G7, grupo das sete democracias mais avançadas economicamente no mundo: Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Itália e Canadá. As reuniões do G7 podem contar com a presença de países convidados e organizações internacionais que não sejam membros do G7. O Brasil participou na condição de convidado, assim como Austrália, Ilhas Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã, além da Ucrânia e representantes da União Europeia, ONU entre outras organizações. 




 
Diante de mudanças climáticas e da invasão da Ucrânia pela Rússia, que abala os próprios fundamentos da ordem internacional, não passou despercebido que o G7 2023 também foi um encontro das gerações dos anos 40, 50, 60, 70 e 80. Joe Biden (Estados Unidos) e Lula (Brasil) da década de 40; Narenda Modi (India), Fumio Kishida (Japão) Azali Assoumani (Ilhas Comores),  Ph%u1EA1m Minh Chính (Vietnan) e Olaf Scholz (Alemanha) da década de 50; Yoon Suk Yeol (Córeia do Sul), Anthony Norman Albanese (Austrália), Mark Brown (Ilhas Cook) e Joko Widodo (Indonésia) da década de 60; Giorgia Meloni (Itália), Emmanuel Macron (França), Justin Trudeau (Canadá) e Zelenskyy (Ucrânia) da década de 70; e Rishi Sunak (Grã-Bretanha) da década de 80. 
 
Joe Biden é o presidente da nação mais rica do mundo, com quase 25% da produção de bens e serviços, tem 80 anos e pensa em concorrer à reeleição no ano de 2024. No entanto, brasileiros com a metade da idade do presidente dos Estado Unidos continuam sendo considerados velhos por grande parte das empresas.




 
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A população brasileira está envelhecendo muito depressa e já há projeções, de quem nasce em 2023 poderá viver até 150 ou 200 anos. “São os avanços na gerontologia – a ciência que estuda o envelhecimento - permitindo trazer os idosos para as decisões econômicas, corporativas e políticas. Em vez de termos três ou quatro gerações simultaneamente na força de trabalho, passaremos a ter cinco ou seis, estimulando-se a necessidade de constante formação. Em vez de uma criança crescer com a presença dos pais e dos avós, passará a conviver, até a idade adulta, com os seus bisavós e trisavós, gerando-se novos modelos de segurança emocional e de identidade individual e coletiva”, ponderou Rodrigo Tavares em excelente artigo para o jornal Folha de São Paulo em 17 de maio. 
 
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O país não está preparado e não tem políticas públicas consistentes voltadas para seus cidadãos acima dos 60 anos, que já formam um enorme contingente que cresce cada vez mais rápido. A sociedade brasileira precisa avançar no debate da longevidade e um dos caminhos é através da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos (SNDPI/MDHC) que tem realizado encontros entre diversos órgãos governamentais e com a sociedade civil objetivando análise de dados e criação de indicadores sobre as pessoas idosas para a construção de políticas públicas na área. O secretário da SNDPI/MDHC, Alexandre Silva, é doutor em Saúde Pública e especialista em envelhecimento, tem anos de trabalho árduo e dedicado em causas do envelhecimento. Para dúvidas e mais informações sobre as atividades da SNDPI/MDHC o contato é o e-mail  imprensa@mdh.gov.br e/ou telefone: 61.2027-3538.
 
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P.S. Muito impactante a exposição “Auto-Acusação”, da atriz e diretora Bárbara Paz, sobre as marcas do tempo e as cicatrizes de todo ser humano. Vale muito a pena conhecer esse trabalho exposto na Galeria Fonte – r. Morato Coelho, 751, São Paulo, de quinta a sábado, das 14hs às 20hs, até o dia 17 de junho. A entrada gratuita.