O time fez a parte dele em campo, no ano passado, ao assegurar a vaga. Agora, vai caber à torcida fazer a dela e ir ao Independência, vivenciar esse momento em toda a sua plenitude.
Para catalogar com seus olhos e ouvidos, sua mente e seu coração, tudo o que ocorrer. E deixar guardado em um cantinho da memória essa frase: eu vi o meu time jogar a Libertadores.
O futebol já foi bem cruel com você, lhe reservou algumas recordações tristes de "primeiras vezes" nada agradáveis: lembra-se de quando o Coelho, pela primeira vez em sua história, caiu para o Módulo II do Mineiro?
O rebaixamento naquele Estadual de 2007 também tirou o time da disputa de qualquer campeonato nacional na temporada, condenando o americano a um segundo semestre de ostracismo, limitado à Taça Minas Gerais.
Quem sofreu com essa traumática campanha merece, 15 anos depois, viver o outro lado da moeda.
É certo que quem está acompanhando as partidas do América neste início de ano está vendo que o time ainda não conseguiu uma sequência estável de partidas, ainda não engrenou. Oscila muito em campo e, tanto causa como consequência disso, Marquinhos Santos continua em busca da formação ideal.
Serão apenas oito jogos até o confronto com o Guaraní, o que, convenhamos, realmente é pouco para um entrosamento total. E isso pode, sim, influenciar no rendimento na quarta-feira. Mas essa é uma preocupação para Marquinhos Santos e os jogadores do América.
Para o torcedor, vale seguir a máxima do carpe diem e se concentrar em curtir o presente: no caso, os 90 e poucos minutos da primeira partida do Coelho pela Copa Libertadores.