No América, retornou há pouco mais de duas semanas, após a demissão de Marquinhos Santos. Voltou seis meses depois de interromper o ótimo trabalho que fazia no Coelho para tentar salvar o Grêmio da queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. Não conseguiu. Acabou dispensado do clube gaúcho em 14 de fevereiro.
A primeira pergunta que vem à cabeça é: tomaria Mancini de novo a decisão de deixar o América? Ele foi recebido de braços abertos, na volta ao Lanna Drumond. Para os americanos, significou o fio condutor com um passado recente de recordações positivas. Era a senha para esse resgate.
O início foi animador, com intervenções alçadas ao patamar de milagrosas: do dia para a noite, o ataque desandou a marcar gols, o ânimo dos jogadores mudou, a confiança em campo voltou.
Os troféus vieram a partir da terceira temporada do alemão em Anfield: conquistou o título da Liga dos Campeões em 2018/2019 e da Premier League e da Supercopa da Uefa em 2019/2020. Em 2019, também venceu o Mundial de Clubes. Em 2022, já assegurou a Copa da Liga Inglesa, está na final da Copa da Inglaterra (contra o Chelsea), na semifinal da Liga dos Campeões e na disputa do título inglês, um ponto atrás do Manchester City.
Se a passagem de Klopp pela terra dos Beatles já é utópica em termos brasileiros, imagina vislumbrar um treinador no cargo por 21 anos, como ocorreu com Arsène Wenger no Arsenal. Ou o lendário Alex Ferguson, que dirigiu o Manchester United por 26 temporadas. Talvez, só numa próxima encarnação.