As atuações de Paulinho e Hulk diante do Millonarios, quarta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores, acenderam a questão: formariam eles a melhor dupla de ataque do Brasil em 2023? A simbiose que os dois mostraram na última partida justifica a pergunta – embora ainda não seja suficiente para se cravar uma resposta. Uma coisa é certa: potencial eles têm para consolidar tal posto. E o tempo é grande aliado nessa equação.
Aos 3min do segundo tempo – e aqui é necessário relatar em detalhes –, Hulk recebeu a bola na direita, fintou seu marcador, se aproximou da meia-lua da área e, em vez de abrir espaço e partir para o chute (o que seria até instintivo do atacante), enxergou Paulinho se posicionando por trás da zaga e mandou a bola no chamado ponto futuro.
Alguns segundos de hesitação de Hulk, e o 10 atleticano cairia em impedimento. Mas a jogada foi "cronometrada", e Paulinho apareceu livre para concluir a gol.
Meia hora depois, Paulinho marcou o segundo dele e do Galo na noite, mas vamos pular direto para o terceiro gol atleticano, aos 42min, que novamente teve a dobradinha em ação. Desta vez, Paulinho recebeu na esquerda, levantou a cabeça (importante ressaltar), viu Hulk livre de marcação erguendo o braço e pedindo a bola. Com um toque sutil, serviu de bandeja para o camisa 7, que, do outro lado da área, mostrou seu repertório, finalizando de voleio.
Essa sintonia entre Hulk e Paulinho, que mal completaram três meses atuando juntos, permite aos analistas esportivos imaginar que a perspectiva é de melhora. Seria natural essa evolução em campo, pois futebol é repetição.
No entanto, o tamanho dos desafios aumentará também, isso é certo. A balança pode pender para qualquer um dos lados.
Já há quem diga que eles formam a melhor dupla de ataque do Brasil nesta temporada. Tem torcedor do Atlético imaginando a reedição dos tempos de Guilherme e Marques – que, por essência, tinham estilos mais complementares que Hulk e Paulinho, o que, de certa forma, facilitava o entendimento.
Os dois foram destaque em uma noite em que o Galo demorou a engrenar. Depois de um primeiro tempo amarrado e pouco inspirado da equipe (e da dupla), o técnico Eduardo Coudet reviu conceitos e fez substituições que fizeram o futebol atleticano fluir mais. Nesse cenário, os mais beneficiados foram os homens de frente.
Hulk e Paulinho - no sentido mais literal dessa afirmação. Em um daqueles caprichos da bola, foi uma via de mão dupla de belos gols.
Dois dos três gols marcados pelo alvinegro tiveram participação direta de Paulinho abriu o placar completando assistência de Hulk, que serviu ao companheiro enquanto 90% das pessoas que acompanhavam a jogada (inclusive a defesa colombiana) imaginavam que ele fosse clarear para chutar a gol.
Pensando bem, descrever a forma como o camisa 7 serviu ao companheiro como assistência pode minimizar o lance, resumindo-o a mero passe para gol. Houve toda uma complexidade técnica, tática, psicológica e estética na jogada.
Pensando bem, descrever a forma como o camisa 7 serviu ao companheiro como assistência pode minimizar o lance, resumindo-o a mero passe para gol. Houve toda uma complexidade técnica, tática, psicológica e estética na jogada.
Aos 3min do segundo tempo – e aqui é necessário relatar em detalhes –, Hulk recebeu a bola na direita, fintou seu marcador, se aproximou da meia-lua da área e, em vez de abrir espaço e partir para o chute (o que seria até instintivo do atacante), enxergou Paulinho se posicionando por trás da zaga e mandou a bola no chamado ponto futuro.
Alguns segundos de hesitação de Hulk, e o 10 atleticano cairia em impedimento. Mas a jogada foi "cronometrada", e Paulinho apareceu livre para concluir a gol.
Meia hora depois, Paulinho marcou o segundo dele e do Galo na noite, mas vamos pular direto para o terceiro gol atleticano, aos 42min, que novamente teve a dobradinha em ação. Desta vez, Paulinho recebeu na esquerda, levantou a cabeça (importante ressaltar), viu Hulk livre de marcação erguendo o braço e pedindo a bola. Com um toque sutil, serviu de bandeja para o camisa 7, que, do outro lado da área, mostrou seu repertório, finalizando de voleio.
Essa sintonia entre Hulk e Paulinho, que mal completaram três meses atuando juntos, permite aos analistas esportivos imaginar que a perspectiva é de melhora. Seria natural essa evolução em campo, pois futebol é repetição.
No entanto, o tamanho dos desafios aumentará também, isso é certo. A balança pode pender para qualquer um dos lados.
Já há quem diga que eles formam a melhor dupla de ataque do Brasil nesta temporada. Tem torcedor do Atlético imaginando a reedição dos tempos de Guilherme e Marques – que, por essência, tinham estilos mais complementares que Hulk e Paulinho, o que, de certa forma, facilitava o entendimento.
A análise de quão longe Hulk e Paulinho podem chegar como parceiros ofensivos no Galo passa pela forma como eles vão se adequar em campo. Como cada um vai encontrar seu espaço sem bater cabeça com o outro, pois são jogadores de área por natureza. Finalizadores. Com sede de gol.
O segundo tempo contra o Millonarios mostrou como isso é possível. A qualidade individual de ambos terá grande contribuição na busca por esses atalhos.
Mas, tanto quanto questões técnicas e táticas, eles precisarão mostrar, cada vez mais, inteligência para sentir o momento de servir e o de concluir.
Contra o time colombiano, pelo menos, Hulk e Paulinho deram uma importante amostra de que sensibilidade para se reconhecer nos dois papéis eles têm.
Mas, tanto quanto questões técnicas e táticas, eles precisarão mostrar, cada vez mais, inteligência para sentir o momento de servir e o de concluir.
Contra o time colombiano, pelo menos, Hulk e Paulinho deram uma importante amostra de que sensibilidade para se reconhecer nos dois papéis eles têm.