Você sabe o que é ESG? Se não, pode ser que ao menos já leu ou ouviu falar sobre essa sigla recentemente, pois nos últimos anos as empresas têm sido cobradas por práticas de responsabilidade social e ambiental. Além de implementar essas práticas, as organizações também precisam demonstrá-las aos investidores e à sociedade. Para início de conversa, vamos entender a sigla: ESG significa environmental, social and governance. Em português, a sigla está conectada à responsabilidade ambiental, social e de governança nas organizações.
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Diversidade e inclusão fazem parte do conjunto de ações que uma organização realiza para dar suporte às pessoas de grupos minorizados dentro e/ou fora da empresa. Por isso, é muito fácil pensarmos nas ações de caráter Social que uma organização faz. Realmente, o S é a letra do ESG que mais se destaca quando falamos de diversidade e inclusão.
No pilar Social, todas as ações que mostram que a organização se preocupa em criar espaços inclusivos e seguros, tanto com sua equipe interna quanto na relação com parceiros e fornecedores, fazem parte das práticas ESG.
Também estão aí as ações de promoção da diversidade e inclusão para contribuir socialmente, alcançando o público externo. Como exemplos estão os treinamentos sobre diversidade e inclusão, programas de formação profissional voltados à população negra, às pessoas trans ou outros grupos minorizados, campanhas de promoção da diversidade na mídia, programas de recrutamento e seleção intencionais para pessoas de grupos sub-representados na empresa, entre várias outras possibilidades de ações sociais.
Diversidade e responsabilidade ambiental
Como relacionar o pilar ambiental à diversidade e inclusão? Quando pensamos em desastres naturais e nos desmoronamentos de casas devido às chuvas fortes, quais são os grupos mais atingidos? Geralmente, há uma concentração maior de pessoas negras que sofrem essas consequências. É o racismo ambiental, relacionado ao E da sigla (environmental ou ambiental). As ações ESG podem trabalhar diretamente nesse ponto quando uma empresa destina recursos para evitar que esse tipo de desastre aconteça.
Quando uma organização faz ações para ajudar na reparação da destruição de terras indígenas ou quilombolas, também estamos falando de práticas ambientais relacionadas à diversidade e inclusão. E esses são só alguns exemplos de como a conexão entre as práticas ambientais e a diversidade pode acontecer.
Diversidade e governança
Quando falamos sobre as lideranças e cargos de mais poder nas organizações, uma das questões mais relevantes é quem está nos conselhos de administração. Há pessoas de grupos minorizados nesses espaços de tomada de decisão ou o conselho ainda é formado em sua totalidade por homens brancos heterossexuais? Que diferença faz ter pessoas diversas decidindo os caminhos das organizações? Essa é uma questão de governança, o G da sigla. A equidade salarial entre gêneros também é um ponto importante.
Há empresas que conectam ESG diretamente com seus valores ou imagem, mas é inegável que atualmente há uma questão financeira fortemente ligada ao tema. Larry Fink, CEO da Black Rock, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, escreveu em sua última carta anual aos CEOs do mundo um recado que mostra a importância das ações de diversidade e inclusão para que continuem recebendo investimentos.
Segundo ele, “conforme emitirem seus relatórios de sustentabilidade, pedimos que as suas notas sobre a estratégia de talentos reflitam, de forma integral, seus planos de longo prazo para melhorar a diversidade, equidade e inclusão, conforme o caso de cada região. Nós nos comprometemos com esses mesmos padrões”.
As principais bolsas de valores do mundo, como a Nasdaq e a B3, já estabelecem regras para que os conselhos de administração das empresas passem a ter obrigatoriamente mulheres e pessoas que representem outros grupos minorizados, como pessoas negras, com deficiência e/ou LGBTQIAP+. Adena Friedman, CEO da Nasdaq, disse que a diversidade na liderança é importantíssima para dar aos investidores confiança na sustentabilidade futura da empresa. Para ela, diversidade hoje é critério indicativo de longevidade do sucesso de uma organização.
Diante de todos esses fatores, diversidade, inclusão e ESG devem andar juntos e se correlacionando a todo momento. As empresas precisam aprender a estrategicamente já pensar nas ações ambientais, sociais e de governança, considerando a sua relação direta com a promoção da equidade e oportunidades às pessoas de grupos minorizados.
É necessário também que as pessoas que produzem os relatórios ESG saibam mostrar essa relação com diversidade e inclusão, de maneira transversal em todo o documento, quando forem reportar as práticas da organização.
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A Diversifica é uma consultoria em diversidade, equidade e inclusão. Referência em educação para a diversidade, a Diversifica une experiência em pesquisa, práticas de mercado e metodologias de treinamento, apoiando a transformação dos ambientes organizacionais em espaços de respeito às individualidades, maior engajamento e pertencimento.
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