Pesquisa PoderData divulgada ontem pelo site Poder360o. confirma o cenário de polarização para as eleições presidenciais de 2022, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), favorito na disputa, com 40% de intenções de votos, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cuja reeleição está cada vez mais difícil, com 30% dos votos, no cenário que teria o governador de São Paulo, João Doria, com apenas 3% de intenções de votos, como candidato do PSDB.
Caso o governador do Rio Grande do sul, Eduardo Leite, fosse o candidato do PSDB, Lula teria 43%; Bolsonaro, 28%; e o tucano, 4%.
Caso o governador do Rio Grande do sul, Eduardo Leite, fosse o candidato do PSDB, Lula teria 43%; Bolsonaro, 28%; e o tucano, 4%.
Nos dois cenários, o candidato de oposição que aparece com melhor pontuação é o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 5% em ambas as pesquisas. Entretanto, o pedetista não consegue ampliar suas alianças ao centro. A pesquisa acirra a disputa interna do PSDB, cujas prévias estão marcadas para novembro e são imprevisíveis.
A estagnação nas pesquisas eleitorais dificulta a vida de Doria, enquanto o crescimento do gaúcho Eduardo Leite aumenta o isolamento interno do governador paulista.
A estagnação nas pesquisas eleitorais dificulta a vida de Doria, enquanto o crescimento do gaúcho Eduardo Leite aumenta o isolamento interno do governador paulista.
É cada vez mais difícill o surgimento da chamada “terceira via”, uma candidatura que unifique o centro político. A fragmentação é muito grande. No primeiro cenário, com Doria, pontuam na pesquisa José Luiz Datena (PSL), com 4%; Henrique Mandetta (DEM), 3%; Rodrigo Pacheco (DEM), 2%; Aldo Rebelo (sem partido) e Alessandro Vieira (Cidadania), com 1% cada, além de brancos e nulos serem 9%, e não sabem, 2%. No segundo cenário, com Leite como candidato do PSDB, Mandetta tem 3%; Datena, 2%; Pacheco, Aldo e Alessandro, 1%, com 10% de brancos e 1% de não sabem.
Esse cenário não pode ser engessado, estamos a um ano das eleições, porém mostra grande descolamento dos partidos de centro de suas bases eleitorais tradicionais.
Esse cenário não pode ser engessado, estamos a um ano das eleições, porém mostra grande descolamento dos partidos de centro de suas bases eleitorais tradicionais.
A novidade no quadro partidário é a anunciada fusão do DEM com o PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, mas, depois, rompeu. Com a fusão, passarão a se chamar União Brasil, com o número 44, escolhas feitas com base em pesquisas qualitativas.
Será o maior partido da Câmara, com 81 deputados, o que garante para a nova legenda R$ 320 milhões de fundo eleitoral e R$ 138 milhões de fundo partidário. A nova legenda tem ainda 7 senadores, 4 governadores e 554 prefeitos.
Entretanto, não consegue alavancar seus pré-candidatos: Mandetta tem apenas 3% de intenção de votos, Pacheco varia entre 1% e 2 %, dependendo do cenário.
Será o maior partido da Câmara, com 81 deputados, o que garante para a nova legenda R$ 320 milhões de fundo eleitoral e R$ 138 milhões de fundo partidário. A nova legenda tem ainda 7 senadores, 4 governadores e 554 prefeitos.
Entretanto, não consegue alavancar seus pré-candidatos: Mandetta tem apenas 3% de intenção de votos, Pacheco varia entre 1% e 2 %, dependendo do cenário.
Expectativas
O PSDB vive um momento de grande divisão interna. De certa forma, a disputa entre os tucanos paralisa os demais atores políticos de centro, que aguardam a escolha do candidato da legenda. Quem quer que seja escolhido, terá dificuldade para unificar a legenda.
Além disso, os aliados tradicionais também estão se colocando como alternativa, com seus próprios candidatos. O PSDB deixou de ser uma força agregadora do centro. Quem vencer as prévias precisará fazer um grande esforço para reconstruir suas alianças tradicionais.
Além disso, os aliados tradicionais também estão se colocando como alternativa, com seus próprios candidatos. O PSDB deixou de ser uma força agregadora do centro. Quem vencer as prévias precisará fazer um grande esforço para reconstruir suas alianças tradicionais.
Outro ator importante na construção de uma alternativa de centro é o PSD, de Gilberto Kassab, que assedia o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Kassab atraiu para a legenda o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que ensaia disputar o governo fluminense, e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que pretende voltar ao Palácio dos Bandeirantes. Com habilidade, Kassab trabalhou nos últimos anos para reunir 35 deputados, 11 senadores, 2 governadores e 654 prefeitos.
Entretanto, o PSD corre o risco de ficar na mesma situação do MDB, que não tem, até agora, um projeto de candidatura própria, embora a senadora Simone Tebet (MS) pleiteie a vaga e o ex-presidente Michel Temer tenha voltado à ribalta.
O MDB tem 16 senadores, 34 deputados, 3 governadores e 784 prefeitos. Tanto o PSD quanto o MDB podem derivar para a candidatura de Lula, o que aumentaria as suas chances vencer no primeiro turno. O petista anda trabalhando nos bastidores para montar seus palanques regionais e não desistiu de suas velhas alianças.
O MDB tem 16 senadores, 34 deputados, 3 governadores e 784 prefeitos. Tanto o PSD quanto o MDB podem derivar para a candidatura de Lula, o que aumentaria as suas chances vencer no primeiro turno. O petista anda trabalhando nos bastidores para montar seus palanques regionais e não desistiu de suas velhas alianças.