A recuperação da economia brasileira logo após o pico da pandemia do novo coronavírus ocorreu de forma acelerada, crescendo quase na proporção do tombo provocado pelas medidas de isolamento social e paralisação de grande parte das atividades econômicas. Em V como dizem os economistas.
Mas se o Sars-CoV-2 deixa sequelas nos infectados que superam a doença, também na economia a COVID-19 vai deixar sequelas por um bom tempo e deve afetar a sustentabilidade do crescimento econômico no início do próximo ano.
Mas se o Sars-CoV-2 deixa sequelas nos infectados que superam a doença, também na economia a COVID-19 vai deixar sequelas por um bom tempo e deve afetar a sustentabilidade do crescimento econômico no início do próximo ano.
Com o vírus ainda circulando e o risco de uma segunda onda, o país não terá mais o “Orçamento de guerra” que permite ao governo gastar em saúde sem comprometer o teto de gastos e nem o auxílio emergencial, que minimizou o baque.
O fim da ajuda financeira deve ocorrer com o desemprego em alta, impactado pela não recuperação de grande parte dos postos de trabalho e pelo aumento do número de pessoas buscando uma vaga.
O fim da ajuda financeira deve ocorrer com o desemprego em alta, impactado pela não recuperação de grande parte dos postos de trabalho e pelo aumento do número de pessoas buscando uma vaga.
Na outra ponta, o governo não terá fôlego orçamentário para bancar uma nova ajuda, apesar da promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que, em caso de nova onda, o governo dará a ajuda. Embora os números confirmem a recuperação rápida da economia, o grau de incerteza permanece alto.
A pesquisa “Perspectiva 2020: Expectativa dos brasileiros com o cenário político e social”, da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), em parceria com a Kantar, mostra que a grande maioria dos entrevistados não acredita em uma melhora da economia no curto prazo.
A pesquisa “Perspectiva 2020: Expectativa dos brasileiros com o cenário político e social”, da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), em parceria com a Kantar, mostra que a grande maioria dos entrevistados não acredita em uma melhora da economia no curto prazo.
O levantamento da Acrefi-Kantar revela que para 75% dos brasileiros a recuperação efetiva da economia só vai ocorrer a partir do segundo semestre de 2021, sendo que, nesse universo, 14% esperam que ela ocorra em três ou quatro anos, 29% acreditam que ela virá em 2022 e 32% acreditam na retomada a partir de julho do ano que vem.
E 66% acreditam que o desemprego vai aumentar nos próximos meses. Mas a pandemia ensinou aos brasileiros que cautela faz bem. Pelo levantamento, 66% dos entrevistados pretendem poupar mais, enquanto 58% não têm contas em atraso. Nesse cenário, 40% dizem que vão procurar alternativas de investimento para suas economias.
E 66% acreditam que o desemprego vai aumentar nos próximos meses. Mas a pandemia ensinou aos brasileiros que cautela faz bem. Pelo levantamento, 66% dos entrevistados pretendem poupar mais, enquanto 58% não têm contas em atraso. Nesse cenário, 40% dizem que vão procurar alternativas de investimento para suas economias.
A cautela dos brasileiros com o cenário de curto prazo se justifica mesmo com o otimismo diante dos números da atividade econômica sinalizando uma retomada.
Se 2021 começa sem auxílio emergencial e sem “Orçamento de guerra”, a perspectiva de aprovação das vacinas contra a COVID-19, mesmo diante da possibilidade de uma nova onda, a definição das eleições nos Estados Unidos e a retomada da agenda de reformas no Congresso dão um grau maior de confiança para os investidores, o que deve contribuir para a queda do dólar frente ao real – e há quem fale em até 20% de valorização da moeda brasileira, o que traria a divisa norte-americana para um patamar próximo a R$ 4,50 – e para redução da pressão inflacionária.
Se 2021 começa sem auxílio emergencial e sem “Orçamento de guerra”, a perspectiva de aprovação das vacinas contra a COVID-19, mesmo diante da possibilidade de uma nova onda, a definição das eleições nos Estados Unidos e a retomada da agenda de reformas no Congresso dão um grau maior de confiança para os investidores, o que deve contribuir para a queda do dólar frente ao real – e há quem fale em até 20% de valorização da moeda brasileira, o que traria a divisa norte-americana para um patamar próximo a R$ 4,50 – e para redução da pressão inflacionária.
“À medida que o (Joe) Biden (presidente eleito dos EUA) for implantando a sua política, é possível que tenhamos uma queda no valor do dólar pelo mundo.
Mas não basta apenas isso. Temos de promover uma boa reforma fiscal que pode nos salvar de entrar em novas recessões”, disse o ex-presidente do Banco Central, o economista Affonso Celso Pastore, durante o Seminário Internacional Acrefi, esta semana.
Pastore avaliou que houve uma melhora na economia mundial, em termos de expectativas. “Há duas questões importantes: a eleição de Joe Biden e a descoberta da vacina – que joga uma luz no mundo –, além de uma mudança nos EUA que vai favorecer o cenário internacional”, reforça o economista. O cenário é para se ter um otimismo cauteloso com relação ao início de 2021.
Mas não basta apenas isso. Temos de promover uma boa reforma fiscal que pode nos salvar de entrar em novas recessões”, disse o ex-presidente do Banco Central, o economista Affonso Celso Pastore, durante o Seminário Internacional Acrefi, esta semana.
Pastore avaliou que houve uma melhora na economia mundial, em termos de expectativas. “Há duas questões importantes: a eleição de Joe Biden e a descoberta da vacina – que joga uma luz no mundo –, além de uma mudança nos EUA que vai favorecer o cenário internacional”, reforça o economista. O cenário é para se ter um otimismo cauteloso com relação ao início de 2021.
Carteira
R$ 100 bilhões é o valor superado pela Sicred em depósitos e fundos de investimentos em setembro deste ano, com crescimento de 43% sobre o montante de dezembro de 2019
Pagamentos
Com a meta de se tornar a número um no mundo em pagamentos internacionais, a Unlimint pretende desembolsar milhões de dólares em pequisa e desenvolvimento e ampliar seu quadro de colaboradores em 14 escritórios em todo o mundo, com 140 contratações até o fim do ano. O foco da Unlimint são os negócios do comércio eletrônico e das redes sociais, que têm abrangência global.
Cafezinho
Para a safra 2020/2021 de café, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) já repassou mais de R$ 3,5 bilhões aos produtores, o que corresponde a 61% dos R$ 5,7 bilhões previstos. Até o momento, foram R$ 1,18 bilhão para custeio, R$ 535 milhões para aquisição, R$ 1,4 bilhão para comercialização e R$ 417 milhões para capital de giro para indústrias de solúvel, torrefação e cooperativas de produção.