A previsão da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) é de que a capacidade de geração dos sistemas fotovoltaicos salte de 8,8 gigawatts (GW) para 15GW em 2022. Além do custo da energia no Brasil – que tinha a segunda tarifa mais cara do mundo em 2018, atrás da Alemanha –, o incentivo da legislação com benefícios para geração distribuída deve levar a uma corrida por instalações de geração solar, como forma de escapar dos aumentos das distribuidoras e das bandeiras no consumo (este ano, a bandeira da escassez hídrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts consumidos deve vigorar até abril).
E não apenas a geração distribuída em prédios, comércios, fazendas e pequenas fazendas solares (até 5MW) deve registrar crescimento. A previsão da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltáica (Absolar), que inclui a geração centralizada de “grandes usinas solares”, é de que sejam adicionados mais de 11,9GW de potência na geração centralizada, com a capacidade saltando dos atuais 13GW para mais de 24GW.
“A geração própria de energia solar é atualmente uma das melhores alternativas para fugir das bandeiras tarifárias e, assim, aliviar o bolso do cidadão e do empresário neste período de escassez hídrica”, diz o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia,
O parlamentar, um dos defensores de incentivos para a geração solar no estado, comemora o fato de Minas, líder no segmento, ter atingido o recorde de 1,5GW de potência instalada no início deste ano, apenas nove meses após atingir 1GW em maio do ano passado.
A diversificação da matriz é a melhor estratégia para fugir dos riscos de racionamento associados aos períodos de seca e ao uso de combustíveis fósseis por usinas termelétricas, acionadas sempre que é preciso assegurar o suprimento de energia no país. Energia cara tira a competitividade das empresas e corrói a renda da população.