A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros Selic de 10,75% para 11,75% ao ano e a do Federal Reserve – Banco Central dos EUA – de subir as taxas mantidas próximas a zero durante a pandemia em 0,25 ponto marcam um processo que será seguido por bancos mundiais em todo o mundo, principalmente na Europa.
Para os investidores consultados pelo Banco Central, a previsão do PIB, que há 30 dias estava em 0,3% passou, agora, para 0,49% neste ano. No entanto, essa projeção deve voltar a cair com a decisão de ontem do Copom e os efeitos da guerra na Ucrânia se consolidando na economia mundial. Há quem veja risco, inclusive, de nova recessão técnica.
No ano passado, o IPCA subiu pouco mais de 10%. E essas projeções não incorporam os reajustes aplicados pela Petrobras na semana passada, de 24,9% para o diesel, 18,7% para a gasolina e 16% para o gás de cozinha. Esses aumentos são um complicador, porque representam inflação de custos, pressionando repasse de preços nos setores intermediários até chegar ao bolso dos consumidores.
Outro fator que pode contribuir para reduzir pressões inflacionárias no mundo é a nova onda da pandemia de coronavírus, com aumento de casos na China e na Europa, exigindo medidas de restrição social e desaquecendo a demanda.
Por enquanto, o que se tem sãos os juros subindo, o que, para os empresários, é um desestímulo aos negócios. Mas esses já começaram o ano estagnados na construção civil e nos serviços.