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BRA$IL EM FOCO

O Brasil agora conta com energia barata para voltar a crescer

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Se sobram problemas para o próximo presidente da República, principalmente no que diz respeito à execução fiscal do Orçamento em 2023 e ao fantasma da recessão global, há energia barata e farta para suportar o crescimento econômico do país no próximo ano sem risco de medidas restritivas ao consumo.



Os reservatórios das usinas hidrelétricas, que respondem por cerca de 56% da matriz elétrica brasileira, estão iniciando o período chuvoso abastecidos de água. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas do Sudeste-Centro-Oeste, que somam 70% da capacidade de geração hídrica do país, estão fechando setembro com 51,09%, o que corresponde a um nível quase três vezes maior do que o registrado em 20 de setembro do ano passado, quando estavam em 18,05% e dispararam o alerta para o risco de racionamento de energia elétrica no país, fazendo ressurgir o fantasma do apagão de 2001.
 
Nos outros subsistemas, a situação é ainda mais confortável se considerado o estresse verificado no fim do ano passado. Nas usinas do Sul, o volume de água armazenada corresponde a 83,22% do nível das barragens, enquanto no Norte as hidrelétricas estão com 76,83% e no Nordeste, com 67,10%.

Grandes usinas mineiras também estão com bom nível de armazenamento no início do período chuvoso, indicando que a ocorrência de chuvas na primavera e verão pode permitir o uso contínuo da geração hídrica para atender à demanda. Em Furnas, que tem o maior reservatório do sistema Sudeste-Centro-Oeste e responde por 17%, o nível nesta semana está em 60,15%, enquanto Três Marias, segundo maior reservatório do Nordeste, representando 31,03%, está com 62,70% de água.




 
“Isso não acontece desde 2011 e é quase inédito, enquanto no ano passado, nessa época, se cantava a pedra do racionamento. Com isso, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD – que estabelece o valor da energia) está no piso de R$ 52 por Mwh”, afirma Walter Fróes, fundador e CEO da CMU Energia. A empresa, que comercializa energia no mercado livre, atua na autoprodução de energia e na geração distribuída (GD). Para ele, o preço da energia continuará baixo no próximo ano, por causa da situação dos reservatórios, voltando a sofrer alta em 2024.
 
Em parceria com fundos de investimento e a espanhola Solatio, a CMU investe R$ 20 bilhões na instalação de usinas solares para autoprodução de energia e com geração distribuída com capacidade total de 21 gigawatts (GW) de energia, contra 1,2GW hoje. Do total previsto, 2GW atenderão à GD e 19GW ao mercado de autoprodução, enquanto especificamente na geração distribuída os aportes somam R$ 600 milhões para elevar o número de plantas solares das atuais 49 para 140.

Hoje, a CMU tem 80 mil clientes na GD e planeja chegar a 200 mil, enquanto na autoprodução há 70 propostas em negociação. Neste ano, a CMU deve faturar R$ 300 milhões, valor 50% maior do que em 2021.
 
É esse movimento de expansão das fontes alternativas de geração de energia que explica parte da manutenção dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas no período seco. Com a geração eólica e a solar respondendo pelo acréscimo de capacidade do Sistema Interligado Nacional (SIM), há um maior balanceamento no atendimento da demanda de energia.



Eólicas e solares são mais eficientes no período seco, quando os ventos e a incidência dos raios solares são mais intensos. De acordo com o ONS, há uma complementariedade entre a geração eólica na temporada dos ventos no Nordeste (período seco) e a geração hidráulica se beneficiando com as chuvas mais intensas no Sudeste e Centro-Oeste.  Hoje, eólica e solar respondem por cerca de 15% da matriz elétrica e a perspectiva é que essa participação aumente progressivamente nos próximos anos.

Tecnologia

Os ataques hackers não poupam nem mesmo as instituições religiosas. Relatório de Inteligência de Ameaças DdoS da Netscout aponta crescimento de 78,73% desses ataques na América Latina no primeiro semestre, com o Brasil respondendo por 12,4% dos ataques negação de serviços (DdoS), que tentam derrubar um website ou torná-lo indisponível por meio de tráfego mal-intencionado. 

Em outubro

A CMU energia, em parceria com Brokfield, inaugura agora em outubro, em Janaúba, no Norte de Minas, um dos maiores complexos de geração fotovoltaica de energia elétrica, com capacidade para gerar 1.300 megawatts/pico e investimentos da ordem de R$ 4 bilhões. “São 3 mil hectares de placas, ou o equivalente a 3 mil campos de futebol”, explica Walter Fróes, CEO da CMU Energia. As obras envolveram 5 mil funcionários.

Resgate

R$ 61,2 bilhões, foi o total das retiradas líquidas dos fundos de investimento entre 19 e 23 de setembro, segundo dados da Anbima