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BRA$IL EM FOCO

Corte de produção na Opep pressionará valor dos combustíveis no Brasil

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A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de promover um corte de produção de 2 milhões de barris/dia a partir de novembro para recuperação dos preços da commoditie, que chegaram a US$ 120 por barril do tipo brent no início da guerra na Ucrânia e estavam em US$ 90 nos últimos dias.



Esse movimento, feito às vésperas do início do inverno no Hemisfério Norte, deve puxar as cotações porque mesmo que haja liberação de estoques estratégicos nos Estados Unidos, a demanda estará aquecida, principalmente se o inverno for mais rigoroso.

Hoje, com o ambiente recessivo na Europa há equilíbrio no mercado. Ontem à tarde, após a reunião dos países produtores, o barril era vendido a US$ 93. E num indicativo de que os preços dos combustíveis no Brasil devem aumentar, a decisão da Opep repercutiu na Bolsa de Valores de São Paulo, com as ações da Petrobras em alta de 1,18%.

Na terça-feira, a defasagem dos preços no Brasil em relação à paridade com o mercado internacional era de 3% para o diesel e de 8% para a gasolina, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), indicando que para voltar à paridade os preços deveriam ser elevados em R$ 0,17 e R$ 0,28 por litro, respectivamente.



Desde junho, quando o governo trocou o presidente da Petrobras, a estatal já promoveu quatro reduções no preço da gasolina e três do diesel, combustível cuja demanda aumenta no segundo semestre do ano.

Estimativa do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) indica aumento da demanda este mês, com piora na perspectiva de abastecimento. O boletim de monitoramento do IBP mostra um déficit de 115 milhões de litros este mês, volume maior do que a projeção de um déficit de 99 milhões de litros em outubro. Há um mês a estimativa era de um déficit de 32 milhões de litros.

Nos cálculos do instituto, a produção das refinarias brasileiras e a importação devem somar 3.274 bilhões de litros de diesel S10, enquanto a demanda total no país deve ficar em 3,389 bilhões de litros. O Instituto não prevê desabastecimento, mas o desequilíbrio entre oferta e demanda pressionará os preços.

A demanda aquecida pressionando os preços e levando a Petrobras a reajustar os combustíveis pode interromper a trajetória deflacionária dos índices de inflação. E a pressão da demanda deve continuar. No primeiro semestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,5% em relação aos seis primeiros meses do ano passado, o movimento nas estradas cresceu. 



O relatório Fretebras – O Transporte Rodoviário de Cargas, feito com base em 4,7 milhões de fretes publicados na plataforma de janeiro a junho deste ano, mostra que o volume de fretes cresceu 43,5% no Sudeste no período, o que mostra que além da frota própria usaram os serviços de caminhoneiros autônomos. Em Minas, a alta na contratação de fretes na plataforma Fretebras avançou 57,3%.

Em todo o Brasil, a plataforma registrou aumento de 38% na contratação de fretes, com as regiões Centro-Oeste e Sul apresentando altas de 67,4% e de 19,4%, respectivamente. De acordo com a Fretebras, de janeiro a junho foram movimentados R$ 49 bilhões em fretes. Com mais de 740 mil caminhoneiros cadastrados e 18 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.

Em Minas

R$ 137,7 BIlhões - É a estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira este ano, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No campo

O agronegócio puxou a oferta de fretes no primeiro semestre deste ano. De acordo com a Fretebras, a movimentação de cargas no setor respondeu por 36% dos fretes contratados, registrando avanço de 33% em relação aos seis primeiros meses de 2021. “O agro brasileiro é um modelo global de tecnologia e vemos que o transporte de grãos está cada vez mais digitalizado”, diz Bruno Hacad, diretor de Operações da Fretebras.

Mudanças

O metaverso pode ser levado a um outro patamar com o uso da tecnologia “gêmeos digitais”, avalia Paulo Miyagi, do IEEE. O gêmeo digital é a cópia digital de um produto, processo ou equipamento desenvolvido para se comportar da mesma maneira que o correspondente real.  “Se hoje a interatividade nesses ambientes digitais ainda é limitada, o uso de GD proporciona novos tipos de interação humana”, diz Miyagi.