Jornal Estado de Minas

Bra$il em foco

Chuvas acima do previsto e projetos garantem oferta de energia

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O ano de 2023 começou com chuvas acima da média em praticamente todos o país, mas especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as principais usinas hidrelétricas do Brasil, que respondem por cerca de 70% da geração hídrica do país. Os reservatórios do sistema estão com 67,30%, o maior volume desde junho de 2013 (63,8%) e muito distante dos 29,3% registrados em fevereiro de 2021, ano em que o país voltou a conviver com o fantasma do racionamento de energia, o que levou a uma disparada dos preços. No ano passado, a tarifa residencial de energia elétrica teve alta de 11,35%, sendo que para algumas distribuidoras o reajuste ficou acima de 20%.





Para este ano, com a previsão favorável de que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste possam chegar ao fim do período chuvoso com mais de 70% de armazenamento, a expectativa é de que a conta de luz tenha um reajuste médio de 5,6%. Com mais chuvas, as maiores usinas da região estão com reservatórios com mais de 66% de capacidade, com a hidrelétrica de Furnas estando hoje com 92,14% de armazenamento, seguida de Serra da Mesa, com 66,49%. Juntas, elas respondem por 34,36% da capacidade do sistema.

E a situação é confortável não apenas nesta região. No Sistema Nordeste, as usinas estão com 74,53% de armazenamento, com Sobradinho e Três Marias, que juntas respondem por 89,26% da capacidade do sistema, registrando 75,53% e 79,90% de água nos respectivos reservatórios. No Sistema Sul, os reservatórios estão com 86,77% de água estocada nas usinas, sendo que G.B Munhoz tem 99,75%. A usina é a maior do sistema e representa, sozinha, 28,74% da capacidade de armazenagem das hidrelétricas da região. No Sistema Norte, os reservatórios estão com 86,42% da capacidade e a maior usina, Tucuruí, registrando 81,26% de volume.

Com os reservatórios mais cheios e o país prevendo a maior expansão da capacidade de geração de energia elétrica desde 1997, os consumidores devem passar este ano sem o acionamento da bandeira vermelha de energia elétrica, que pesa no orçamento familiar e representa um choque na inflação. Apenas em 17 dias de janeiro foram adicionados 847,4 megawatts (MW) de capacidade de geração ao Sistema Interligado Nacional, com 462MW de geração eólica, 38,50MW de hídrica e 346,90MW de fonte solar.





A previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que 10,3 mil MW sejam adicionados à capacidade instalada do Sistema Elétrico Nacional, superando o recorde até então, de 9.528MW, instalados em 2016. Esse volume é 15,5% maior do que os 8.218MW que entraram em operação no ano passado e foram adicionados à capacidade de geração de energia elétrica do país. Devem entrar em operação este ano 298 projetos, com as fontes renováveis respondendo por mais de 90% desse total. A potência instalada hoje chega a 188.980MW.

Hoje, o Brasil tem previsão de 2.445 usinas instaladas, com potência total de 105 mil MW até 2030. E a maior parte dessa expansão vai ocorrer com fonte fotovoltaica, com 1.744 usinas previstas e potência total de 75.581MW, seguida pela geração eólica, que deve adicionar 469 unidades geradoras ao sistema até 2030, com potência instalada de 17.438MW. De fonte hídrica serão 120 projetos, com total instalado de 1.813MW, e com o uso de biomassa serão adicionados 2.483MW em 60 unidades. Isso significa que do total de energia a ser acrescentada ao sistema elétrico brasileiro nos próximos anos, 92,69% dos 105 mil MW virão de fontes renováveis.

Em Minas

1,8GW

É a energia solar que deve ser instalada em Minas este ano, o que representará aumento de 80% na participação do sol na matriz elétrica do estado

Pano para fora

Com 25% das suas vendas destinadas ao mercado internacional e fornecimento para grandes marcas como Lacoste, Zara, Inditex, KVN e Levi's, a Cataguases projeta elevar em 15% a colocação de produtos em outros países este ano. Do total exportado, 80% vão para a América Latina, 10% para Estados Unidos/Canadá e 10% para a Europa. Entre os mais vendidos estão tecidos para camisaria masculina.

Barrinhas

Chegar a um faturamento de R$ 500 milhões por ano é a meta da Bold Snacks, fundada em 2018 em Divinópolis, no Centro-oeste mineiro. Em 2022, a empresa faturou R$ 80 milhões e para este ano a previsão é de uma receita de vendas de R$ 180 milhões. A Bold tem 8 mil pontos de venda físicos e 150 mil clientes pelo e-commerce. Para atender todos os públicos, a empresa lançou uma barrinha vegana.