Pela primeira vez em 23 anos os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, que respondem por quase 70% de toda a energia elétrica gerada no país, vão terminar o mês de setembro e chegar ao fim do período seco com mais de 70% de capacidade de armazenamento. Até a última quarta-feira, o nível desse sistema estava em 76,67%, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico. O nível de armazenamento para o fim do período seco é o maior para setembro desde o início da série histórica, em 2000. O quadro marca uma recuperação em relação a 2021, quando o nível dos reservatórios chegou a 16,7% – o que levou ao acionamento das termelétricas e ao encarecimento da conta de luz. É também um nível bem melhor do que o 48,7% de armazenamento registrado no ano passado.
As grandes represas do sistema Sudeste/Centro-Oeste estão com os reservatórios bastante preservados ao fim do período de estiagem. A hidrelétrica de Furnas está com 89,68% de água, volume que preserva as atividades em torno do lago da represa, como turismo e piscicultura. Outras usinas com reservatórios grandes, como Três Marias, estão com mais de 70% de volume de água, sendo que na represa do Rio São Francisco hoje há 73,56% do volume de água. Em Mascarenhas Moraes o nível do reservatório está em 80,27%, enquanto em Emborcação e Serra da Mesa os reservatórios estão, respectivamente com 79,23% e 77,91%. Em Nova Ponte o nível está em 77,30%.
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Volta do crédito pode ser alavanca do crescimento econômicoFilantropia tem potencial para ampliar ações sociais no BrasilExpectativa de reação do comércio no segundo semestreCorrida em busca de energia barataParadoxo da conectividade desafia o Brasil na rota da digitalizaçãoMinas terá nova ferroviaPara se ter ideia do que isso representa, no ano passado, a essa época, as hidrelétricas respondiam por 61,9% da energia gerada no país, com a eólica respondendo por 11,8% e a solar por 4,4%. Agora, a geração fotovoltaica responde por cerca de 15%, a eólica por 12,1% e a hídrica por 50,5%, o que reduz a dependência do Brasil da geração hídrica, que é e continuará sendo a fonte mais barata por muitos anos e que poderá ser acionada em períodos úmidos, abrindo uma janela para compensar perdas na solar e na eólica no período. Para observar como o Brasil reduziu sua dependência das hidrelétricas, em 2011 elas respondiam por cerca de 80% de toda a energia elétrica produzida no Brasil.
Esse processo de redução da dependência dos recursos hídricos para o atendimento à demanda de energia elétrica deve continuar ao longo dos próximos anos, uma vez que não há nenhum grande projeto de hidrelétrica em construção no país, enquanto as usinas eólicas e solares se multiplicam. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mais de 90% da expansão de capacidade de geração de eletricidade no país este ano vem das fontes solar e eólica. A previsão é de que, até 2050, as hidrelétricas representem 45,65% da geração, com as outras fontes, incluindo usinas eólicas no oceano, atendendo ao restante da necessidade de carga elétrica do país.
Ventos oceânicos
700 gigawatts (GW)
É o potencial de geração de energia elétrica com usinas eólicas offshore no Brasil, o que equivale a 50 vezes a capacidade de Itaipu, segundo a EPE
Hardware
A locação de equipamentos de informática no modelo de serviço está impulsionando os negócios da Volke, que registrou crescimento de 42% na receita de contratos de locação de notebook, desktops e outros equipamentos de TI no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2022. No período, o faturamento chegou a R$ 250 milhões, contra R$ 175 milhões nos seis primeiros meses do ano passado. A Volke detém hoje 35% do mercado.
Marcha lenta
O comércio varejista tem enfrentado dificuldades para recuperar o volume de vendas, sentindo ainda os reflexos das altas taxas de juros. A 8ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo mostra queda de 3% nas vendas em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação com julho, dados com ajuste sazonal mostram queda de 0,5% na atividade. Na relação anual, só artigos farmacêuticos cresceram.