Grandes consumidores de energia de Minas Gerais aceleraram a migração para o mercado livre, onde é possível negociar o contrato com fornecedores e ainda obter selo de energia renovável, o que impacta nos princípios ESG (práticas ambientais, sociais e de governança). Balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) obtido com exclusividade pela coluna mostra que, de janeiro a junho deste ano, a migração de empresas mineiras do mercado cativo para o ambiente livre cresceu 47% em relação a igual período do ano passado.
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Paradoxo da conectividade desafia o Brasil na rota da digitalizaçãoMinas terá nova ferrovia Diversificação da matriz elétrica preserva lagos de usinasA vez das médias e pequenas empresas na energia barataImportação da China volta a preocupar indústriasNo estado, segundo a CCCE, o mercado livre já representa mais de 50% do consumo de energia, contra 36,4% no país. “O consumidor tem liberdade para comprar sob demanda, flexibilidade para negociar o preço direto com o fornecedor e maior previsibilidade financeira”, explica Talita Porto, vice-presidente da CCEE.
Somattos acelera
Com presença no setor imobiliário de Minas e São Paulo, a Somattos Engenharia praticamente triplicou seu faturamento nos seis primeiros meses deste ano. A construtora faturou R$ 213 milhões no primeiro semestre, valor 191,7% superior aos R$ 73 milhões faturados de janeiro a junho do ano passado. “Estamos satisfeitos com o nosso desempenho. A Somattos está em constante processo de inovação para oferecer o melhor aos clientes”, afirma o diretor comercial da Construtora,
Humberto Mattos. O resultado da empresa foi impulsionado pelo desempenho do mercado imobiliário em Belo Horizonte e Nova Lima. Apenas em maio, segundo o Sinduscon-MG, houve 133 lançamentos nas regiões, com 15,8% deles de alto padrão e 63,2% de luxo.
Agregando potência
Minas Gerais lidera a expansão da matriz elétrica brasileira até agosto com a 1.815,7 megawatts (MW) instalados este ano, seguido pela Bahia, com 1.752 MW, o Rio Grande do Norte, com 1.664,5 MW e o Piauí, com 460,9 MW. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No ano, até agosto foram adicionados 6.925,1 MW, sendo que apenas no mês passado foram adicionados 1.238,6 MW ao Sistema Interligado Nacional. Em 2023 entraram em operação comercial 202 usinas em 18 estados, com 89,9% vindo de fontes renováveis, sendo usinas eólicas (46%) e solares fotovoltaícas (43,9%). De acordo com a Aneel, os quase 7 GW de acréscimo à capacidade de geração de energia do país corresponde a 70% da meta para este ano, de 10,3 GW de capacidade adicional à matriz elétrica.
De volta ao futuro
Depois de três anos, a Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel) voltou a ser realizada este ano e reuniu cerca de 60 empresas expondo produtos na maior mostra do setor eletroeletrônico de Minas Gerais. Com 163 empresas, o pólo de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, é o maior do estado. “Em 2023 nós triplicamos de tamanho a feira, porque com a escassez dos últimos anos há agora uma demanda muito grande por eventos de negócios, onde há calor humano”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica, Sindvel, Roberto Souza Pinto. Em Minas, o setor de eletroeletrônica conta com 323 empresas que empregam 12.994 trabalhadores.
Para tirar a mística
Com investimentos da ordem de R$ 2 milhões e a expectativa de faturar R$ 25 milhões até o fim do ano, a Cimed, terceira maior farmacêutica do país em volume de vendas, está lançando uma linha de produtos de bem-estar sexual e ampliando o portifólio da marca de lubrificante íntimo K-Med, que detém uma fatia de 60% do mercado. O lançamento leva o nome da série Sex Education, da Netflix e, além dos lubrificantes nas versões Ice e Hot, inclui preservativos e brinquedos sexuais. Com fábrica em Pouso Alegre, a Cimed quer desmitificar o comércio de itens para a saúde sexual no varejo. O objetivo é “iniciar um movimento de desmistificação da categoria e levar novos produtos de bem-estar sexual para dentro das farmácias, que é um ambiente democrático, frequentado por todos os gêneros e faixas etárias”, diz o presidente da Cimed, Adibe Marques.