A cada dia fica mais claro ao país que Jair Bolsonaro não tem condições para o exercício do mais alto cargo do Executivo federal. A sucessão de crises políticas tem transformado seu mandato em fonte geradora de instabilidade. Isto em um momento que o Brasil vive a mais grave crise econômica da história republicana. Ele tem demonstrado absoluta falta de preparo administrativo, de conhecimento das atribuições da Presidência da República e constantemente fere o decoro colocando em risco as nossas instituições, o Estado democrático de Direito e o pleno funcionamento dos Poderes.
Está cada dia mais próximo a necessidade de, constitucionalmente, enfrentar este grave problema. Não há mais condições de tergiversar. É fundamental, o quanto antes, responder às constantes violações da Constituição. A omissão poderá custar muito caro ao país.
Está cada dia mais próximo a necessidade de, constitucionalmente, enfrentar este grave problema. Não há mais condições de tergiversar. É fundamental, o quanto antes, responder às constantes violações da Constituição. A omissão poderá custar muito caro ao país.
Os mais recentes acontecimentos reforçam esta interpretação. É inaceitável um presidente da República postar um vídeo em uma rede social atacando as instituições, partidos políticos e órgãos de comunicação. Foi um vil ataque às liberdades garantidas pela Constituição. As ameaças foram explícitas e nominais. É incompreensível o silêncio das entidades de classe dos jornalistas, das associações dos concessionários de rádio e televisão, dos partidos políticos, da sociedade civil organizada. Ofendeu, como nenhum outro presidente na história, a Suprema Corte.
Dentro da sua tosca formação política, considerou que uma simples desculpa via rede social poderia apagar as infâmias que vituperou. Apesar das manifestações dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio, chamou a atenção o silêncio do presidente daquela corte, o ministro Dias Toffoli.
Dentro da sua tosca formação política, considerou que uma simples desculpa via rede social poderia apagar as infâmias que vituperou. Apesar das manifestações dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio, chamou a atenção o silêncio do presidente daquela corte, o ministro Dias Toffoli.
Na ofensiva bolsonarista contra as instituições, os seus filhos – sempre comandados politicamente pelo pai – são partes importantes. Eduardo Bolsonaro fez ameaças públicas, no próprio plenário da Câmara dos Deputados, à democracia. Afirmou que o governo vai reprimir possíveis manifestações de rua. Não satisfeito ainda insinuou que poderá haver um golpe de Estado patrocinado pelo pai. Isto é intolerável, inaceitável.
É caso de cassação, pelo Conselho de Ética, do mandato do deputado que diz representar São Paulo, sem ter o respectivo domicílio eleitoral neste estado, violando, mais uma vez, a legislação eleitoral. O mesmo parlamentar, sempre – é importante registrar – à mando do pai, diuturnamente age nas redes sociais estimulando grupos neofascistas que colocam em risco o Estado democrático de direito.
É caso de cassação, pelo Conselho de Ética, do mandato do deputado que diz representar São Paulo, sem ter o respectivo domicílio eleitoral neste estado, violando, mais uma vez, a legislação eleitoral. O mesmo parlamentar, sempre – é importante registrar – à mando do pai, diuturnamente age nas redes sociais estimulando grupos neofascistas que colocam em risco o Estado democrático de direito.
Já Carlos Bolsonaro tem como tarefa estimular a injúria, calúnia, difamação, a violência e o ódio através de perfis falsos, como denunciado pela ex-líder do governo no Congresso. Coordena o gabinete do ódio. Chefia três indivíduos que, no interior do próprio Palácio do Planalto, diuturnamente ameaçam os adversários do seu pai.
Ou seja, os recursos do Estado – além da estrutura governamental – são utilizados para coagir aqueles que resistem ao avanço autoritário produzido por Bolsonaro. É uma clara violação da Constituição. É mais um filho que – sempre a mando do pai – age estimulando o ódio, jogando brasileiros contra brasileiros.
Ou seja, os recursos do Estado – além da estrutura governamental – são utilizados para coagir aqueles que resistem ao avanço autoritário produzido por Bolsonaro. É uma clara violação da Constituição. É mais um filho que – sempre a mando do pai – age estimulando o ódio, jogando brasileiros contra brasileiros.
Flávio Bolsonaro tem outro papel. Foi aquele que transformou o seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em território ocupado por indivíduos acusados de relações com o crime organizado no estado. Fabrício Queiroz acabou se transformando em coordenador informal na apropriação de recursos públicos, um socialismo a la Bolsonaro.
A maior parte dos funcionários do gabinete não comparecia ao local do trabalho. Eram remunerados pelo ócio. E havia uma partilha dos salários, nem sempre salomônica, pois a maior parte do numerário era apropriado pelo deputado. O operador do esquema criminoso era Queiroz, homem de confiança de Jair Bolsonaro há mais de 30 anos.
A maior parte dos funcionários do gabinete não comparecia ao local do trabalho. Eram remunerados pelo ócio. E havia uma partilha dos salários, nem sempre salomônica, pois a maior parte do numerário era apropriado pelo deputado. O operador do esquema criminoso era Queiroz, homem de confiança de Jair Bolsonaro há mais de 30 anos.
Nesta semana, além desta breve síntese de mal feitos, o país recebeu atônito a notícia de que poderia haver uma ligação de Jair Bolsonaro com os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Os fatos ainda não estão esclarecidos. A acusação é gravíssima. Não pode pairar qualquer suspeita sobre o presidente da República. Contudo, na resposta – em vídeo – aos fatos denunciados, Bolsonaro não conseguiu – até pelo espírito exaltado – esclarecer as acusações. Pior, resolveu atacar a imprensa. E desviou sua fúria para Adélio Bispo.
Voltou a afirmar que haveria uma conspiração para ocultar os mandantes da tentativa de assassinato em 6 de setembro de 2018. Porém, não era esta questão que estava em tela. O destempero verbal e o desequilíbrio emocional ampliaram a sensação de que Jair Bolsonaro não está apto para comandar o Executivo federal. É necessária uma pronta ação das forças responsáveis – antes que seja tarde – para que o país não entre em um atoleiro político que poderá aprofundar ainda mais a grave crise econômica e social que vivemos.
Voltou a afirmar que haveria uma conspiração para ocultar os mandantes da tentativa de assassinato em 6 de setembro de 2018. Porém, não era esta questão que estava em tela. O destempero verbal e o desequilíbrio emocional ampliaram a sensação de que Jair Bolsonaro não está apto para comandar o Executivo federal. É necessária uma pronta ação das forças responsáveis – antes que seja tarde – para que o país não entre em um atoleiro político que poderá aprofundar ainda mais a grave crise econômica e social que vivemos.